25/11/2025
🔹 A defesa da vida e o momento decisivo que o Brasil enfrenta
Nos próximos dias, o Senado analisará a indicação de um novo ministro para o STF — uma escolha que, na prática, pode definir o futuro da proteção à vida humana no nosso país.
Pouca gente sabe, mas a discussão vai muito além de política. Trata-se de um ponto de ruptura moral e civilizatória: o ab**to tardio, realizado em bebês já viáveis, muitas vezes com 7, 8 ou até 9 meses de gestação.
Recentemente, uma decisão liminar no STF suspendeu a resolução do Conselho Federal de Medicina que impedia esse tipo de procedimento. Durante os dois meses em que essa norma esteve em vigor, mais de 200 bebês viáveis foram salvos. Após a suspensão, o número de ab**tos tardios voltou a crescer.
O parecer jurídico que deu suporte à derrubada da resolução foi assinado pelo indicado ao STF. Para ele, o ab**to no final da gestação não seria contrário à ética médica. Como médico, pai e cidadão, não consigo concordar com essa visão. Um bebê viável, com batimentos cardíacos, movimentos, sensibilidade e chance real de sobreviver fora do útero, não pode ser tratado como descartável.
A ciência é clara: a viabilidade fetal hoje é alcançada cada vez mais cedo, e neonatos prematuros de 26, 28 ou 30 semanas têm sobrevivido com qualidade graças aos avanços da medicina moderna. No entanto, paradoxalmente, esses mesmos bebês podem ser mortos dentro do útero sob o nome de “procedimento”.
A medicina existe para proteger vidas — não para relativizá-las.
Independentemente de posições políticas, o ponto central é: o Brasil precisa de instituições que protejam os vulneráveis, especialmente aqueles que não têm voz para se defender.
Que o debate no Senado seja transparente e que cada decisão seja tomada com consciência, responsabilidade e respeito à dignidade humana desde o início da vida.