Dr. Egmond Alves

Dr. Egmond Alves Neurocirurgião Titular da SBN/SBNPed e
Membro da ISPN

🔹 A defesa da vida e o momento decisivo que o Brasil enfrentaNos próximos dias, o Senado analisará a indicação de um nov...
25/11/2025

🔹 A defesa da vida e o momento decisivo que o Brasil enfrenta

Nos próximos dias, o Senado analisará a indicação de um novo ministro para o STF — uma escolha que, na prática, pode definir o futuro da proteção à vida humana no nosso país.

Pouca gente sabe, mas a discussão vai muito além de política. Trata-se de um ponto de ruptura moral e civilizatória: o ab**to tardio, realizado em bebês já viáveis, muitas vezes com 7, 8 ou até 9 meses de gestação.

Recentemente, uma decisão liminar no STF suspendeu a resolução do Conselho Federal de Medicina que impedia esse tipo de procedimento. Durante os dois meses em que essa norma esteve em vigor, mais de 200 bebês viáveis foram salvos. Após a suspensão, o número de ab**tos tardios voltou a crescer.

O parecer jurídico que deu suporte à derrubada da resolução foi assinado pelo indicado ao STF. Para ele, o ab**to no final da gestação não seria contrário à ética médica. Como médico, pai e cidadão, não consigo concordar com essa visão. Um bebê viável, com batimentos cardíacos, movimentos, sensibilidade e chance real de sobreviver fora do útero, não pode ser tratado como descartável.

A ciência é clara: a viabilidade fetal hoje é alcançada cada vez mais cedo, e neonatos prematuros de 26, 28 ou 30 semanas têm sobrevivido com qualidade graças aos avanços da medicina moderna. No entanto, paradoxalmente, esses mesmos bebês podem ser mortos dentro do útero sob o nome de “procedimento”.

A medicina existe para proteger vidas — não para relativizá-las.

Independentemente de posições políticas, o ponto central é: o Brasil precisa de instituições que protejam os vulneráveis, especialmente aqueles que não têm voz para se defender.

Que o debate no Senado seja transparente e que cada decisão seja tomada com consciência, responsabilidade e respeito à dignidade humana desde o início da vida.

👶🔍 Cranioestenose: só o exame físico é suficiente para o diagnóstico?Muitos pais ficam preocupados quando percebem que a...
14/09/2025

👶🔍 Cranioestenose: só o exame físico é suficiente para o diagnóstico?

Muitos pais ficam preocupados quando percebem que a cabecinha do bebê está “diferente” ou assimétrica. É comum surgir a dúvida: será apenas uma questão postural (plagiocefalia) ou algo mais sério, como cranioestenose – quando uma ou mais suturas do crânio se fecham antes da hora?

Um estudo recente publicado no Journal of Craniofacial Surgery acompanhou 117 crianças com suspeita de cranioestenose apenas pelo exame físico. O resultado impressiona: em cerca de 7% dos casos, a tomografia mostrou que não havia fusão das suturas, mesmo quando a avaliação clínica indicava fortemente o contrário.

📌 O que isso significa na prática?
👉 Confiar somente no exame físico pode levar a diagnósticos equivocados e até a cirurgias desnecessárias.
👉 A tomografia computadorizada com reconstrução 3D continua sendo o padrão-ouro para confirmar o diagnóstico e planejar a cirurgia com segurança.
👉 Mesmo em casos confirmados, o exame pode revelar alterações associadas, como hidrocefalia ou malformações, que mudam totalmente a conduta cirúrgica.

⚠️ É verdade que muitos pais se preocupam com a radiação do exame, mas hoje existem protocolos de baixa dose, que reduzem a exposição em até 90%, sem perder qualidade diagnóstica.

💡 Como neurocirurgião pediátrico, meu papel é justamente equilibrar riscos e benefícios, oferecendo sempre o caminho mais seguro: evitar cirurgias desnecessárias e, ao mesmo tempo, não perder tempo precioso quando a intervenção é realmente necessária.

👨‍⚕️ Pais atentos fazem toda a diferença: ao notar alterações no formato da cabeça do bebê, procure avaliação especializada. O diagnóstico correto é o primeiro passo para garantir um desenvolvimento saudável e tranquilo.

🧠💓 Cirurgia realizada. Fluxo restaurado. Esperança renovada.Esta imagem mostra o resultado de uma cirurgia delicada de r...
11/06/2025

🧠💓 Cirurgia realizada. Fluxo restaurado. Esperança renovada.

Esta imagem mostra o resultado de uma cirurgia delicada de revascularização indireta em uma criança diagnosticada com a doença de Moyamoya, condição rara e progressiva que compromete a irrigação sanguínea do cérebro.

📌 A doença de Moyamoya é caracterizada pelo estreitamento progressivo das artérias carótidas internas intracranianas, levando à formação de uma rede colateral frágil — o que pode causar acidentes vasculares cerebrais (AVCs) em crianças e adultos jovens.

A boa notícia? A neurocirurgia pode mudar essa história.

Nesta criança, optamos pela técnica indireta de revascularização cerebral. E o retorno pós-operatório trouxe alívio: melhora clínica evidente e imagem de controle confirmando o desenvolvimento de novas vias de circulação cerebral.

🧠 Segundo revisão científica de 2025, a cirurgia é recomendada precocemente após o diagnóstico, pois está associada à redução significativa do risco de AVC e melhora na qualidade de vida a longo prazo.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião pediátrico, acompanhar essa recuperação é mais do que um dado clínico: é um testemunho de como a medicina, quando bem aplicada, transforma vidas.

Seguimos firmes, com responsabilidade e ciência, cuidando de cada pequeno cérebro com amor e precisão.



📖 Referência: UpToDate – Moyamoya disease: Etiology, clinical features, and diagnosis, 2025.

🔖

🧠 Classificações da Plagiocefalia: qual é a melhor?Quando falamos em assimetria craniana nos bebês, surgem muitas dúvida...
03/06/2025

🧠 Classificações da Plagiocefalia: qual é a melhor?

Quando falamos em assimetria craniana nos bebês, surgem muitas dúvidas:
📏 Medir com régua?
📐 Avaliar com scanner 3D?
👁️ Ou confiar no bom e velho exame clínico?

Na prática e na ciência, diversos métodos de classificação têm sido usados para definir a gravidade da plagiocefalia posicional:

🔸 Argenta (2004) – a mais usada na clínica:
Classificação visual e prática, de Tipo I a V, com base no exame físico. Sem máquinas. Sem radiação.
👉 Muito útil no dia a dia e fácil de explicar aos pais.

🔸 CAI / CVAI – índice de assimetria craniana:
📏 Medem a diferença entre os dois lados do crânio com régua ou caliper.
💡 São objetivos, mas exigem medição técnica.

🔸 Scanners 3D (CVAI digital) – precisão máxima:
Tecnologia de ponta usada em centros avançados. Altamente precisa.
💰 Alto custo e pouca acessibilidade.

🔬 Mas o que diz a ciência?
Estudos comparativos mostram que a classificação de Argenta tem concordância maior que 95% entre profissionais, mesmo sem ferramentas tecnológicas.
📚 Outro estudo demonstrou que o índice CAI é o que mais se aproxima da avaliação feita por neurocirurgiões experientes — com 100% de correlação.

🔁 Ou seja:
✅ O olhar clínico treinado é eficaz.
✅ As medidas objetivas ajudam no seguimento.
✅ O mais importante é: usar um método confiável e acompanhar a evolução da criança com clareza e segurança.

👶 Porque mais do que medir a cabeça, estamos cuidando do que há de mais precioso: o desenvolvimento e o futuro de uma vida.

🩺 E se fosse o seu filho?Nenhum pai, nenhuma mãe, está realmente preparado para ouvir que seu bebê precisa de uma cirurg...
02/06/2025

🩺 E se fosse o seu filho?

Nenhum pai, nenhuma mãe, está realmente preparado para ouvir que seu bebê precisa de uma cirurgia no crânio. Por mais que se explique, por mais que se entenda o diagnóstico, por dentro... tudo se desmorona. O medo chega primeiro. Depois vêm as perguntas, as dúvidas, a culpa silenciosa — “fiz algo errado?”, “será que vai dar tudo certo?”, “ele vai ficar bem?”.

Essa foto foi feita durante a cirurgia de uma criança de apenas 8 meses de vida, com diagnóstico de plagiocefalia anterior — uma forma de cranioestenose que, se não tratada, pode trazer consequências funcionais e estéticas importantes ao longo da vida. Mas quando diagnosticada a tempo e abordada com precisão, pode ter resultados incríveis.

Como neurocirurgião pediátrico, já estive muitas vezes diante desse momento delicado: olhar nos olhos dos pais e dizer que é preciso operar. E não há frase certa, fórmula mágica ou discurso pronto que resolva. O que existe é a verdade dita com respeito, a técnica feita com amor e a escuta feita com o coração.

A medicina exige muito de nós, mas no cuidado com crianças, exige ainda mais: exige humanidade. Exige lembrar que por trás de cada exame está uma história, um nome, uma família inteira que treme por dentro.

Por isso, se você é pai ou mãe e recebeu um diagnóstico como esse: calma. Você não está sozinho. A medicina avançou. A neurocirurgia infantil é segura. E o seu filho pode ter um futuro cheio de vida e alegria.

👶🏼🙏

🧠💉 Por que alguns pacientes desenvolvem hidrocefalia após uma hemorragia cerebral?A hidrocefalia pós-hemorragia intraven...
27/05/2025

🧠💉 Por que alguns pacientes desenvolvem hidrocefalia após uma hemorragia cerebral?

A hidrocefalia pós-hemorragia intraventricular (HIV) é uma complicação grave, comum em casos de AVC hemorrágico e hemorragia subaracnoide. Mas o que exatamente causa esse acúmulo anormal de líquor?

📚 Uma revisão recente publicada no Child’s Nervous System (2025) mostra que o problema vai além do bloqueio mecânico por coágulos.

🔍 O que os estudos mostram?
▪️ Coágulos obstruem o fluxo normal do líquor e inflamam o epêndima
▪️ Citocinas inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-α) causam fibrose nas meninges
▪️ Ferro livre e trombina, liberados do sangue, danificam tecidos cerebrais
▪️ Sistema linfático cerebral disfuncional atrasa a drenagem dos resíduos
▪️ Cílios ventriculares perdem função e alteram a circulação do líquor
▪️ Proteínas como aquaporinas (AQP1/AQP4) e canais de cloro/potássio são desreguladas

Tudo isso contribui para uma hidrocefalia que não depende apenas da obstrução — mas de um verdadeiro tsunami inflamatório microscópico no sistema nervoso.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, acompanho de perto os avanços na compreensão da hidrocefalia. Além da cirurgia (como a DVP), no futuro poderemos ver terapias alvo contra esses mecanismos inflamatórios — personalizando ainda mais o tratamento.

Cuidar do cérebro é também entender sua fisiologia em profundidade.

📖 Fonte: Child's Nervous System, 2025 – DOI: 10.1007/s00381-024-06711-2



🧠✨ O VALOR DE UM CLIP EM UM ANEURISMA — E O VALOR DE QUEM O COLOCANo centro dessa imagem, um pequeno clip de titânio. Fr...
27/05/2025

🧠✨ O VALOR DE UM CLIP EM UM ANEURISMA — E O VALOR DE QUEM O COLOCA
No centro dessa imagem, um pequeno clip de titânio. Frio. Silencioso. Discreto. Mas para quem está sob a mesa cirúrgica... ele representa tudo.

💥 Representa a linha entre a vida e a morte. O instante exato em que o sangue que ameaça escapar... e a vida pode seguir.

Mas olhe com atenção.

Veja as estruturas delicadas que rodeiam esse clip: artéria carótida interna, nervo óptico, artéria comunicante posterior… estruturas que não toleram erro. Um milímetro a mais, um movimento em falso — e o irreversível aparece.

🧠 Ali está o aneurisma, com paredes frágeis como papel molhado, prestes a romper.

🫀 Ao lado, vasos vitais pulsando, delicadamente afastados para que se possa trabalhar em paz — mas nunca em segurança total.

Essa é a essência da neurocirurgia: agir com firmeza dentro da fragilidade. Dominar o caos com precisão. Tocar o invisível com responsabilidade.


E quem vê essa imagem raramente imagina o que há por trás dela.

Não vê os 10, 15, 20 anos de formação.
Não vê as madrugadas em claro, o desgaste físico e emocional, o silêncio cheio de temor antes da incisão.
Não vê a solidão de quem tem a vida de outro nas mãos.

E, muitas vezes… nem sequer vê o valor justo.

🚫 Honorários que, por vezes, não cobrem o custo de uma diária simples de hotel, enquanto aqui se trabalha com o sagrado.

🚫 Planos de saúde que reduzem atos como esse a códigos, cifras e glosas.


Mas seguimos. Seguimos por amor. Por missão. Por entender que ali, no silêncio do centro cirúrgico, não se trata apenas de um clip — trata-se de uma vida.

Porque a medicina verdadeira não se mede por tabelas, mas por almas salvas. Por filhos que continuam com seus pais. Por pacientes que voltam a andar, falar, viver.


Esse clip que você vê... custou muito mais do que parece. E ele vale — como tudo na medicina bem feita — mais do que qualquer contrato ousaria pagar.


Valorize o médico. Valorize o invisível. Valorize a vida.


🧠👶 Paralisia Cerebral Grave: Existe Esperança Além da Espasticidade?Sim. A rizotomia dorsal seletiva de nível único (SDR...
22/05/2025

🧠👶 Paralisia Cerebral Grave: Existe Esperança Além da Espasticidade?

Sim. A rizotomia dorsal seletiva de nível único (SDR) está se consolidando como uma opção segura, eficaz e transformadora para crianças com paralisia cerebral espástica severa, classificadas nos níveis GMFCS IV e V — aquelas que não andam ou precisam de cadeiras de rodas.

📚 O estudo publicado na Neurosurgical Focus (2024) reuniu dados de 274 pacientes, incluindo 11 operados na Suíça entre 2018 e 2024. O foco foi claro: reduzir a espasticidade e melhorar o conforto, a rotina de cuidados e a qualidade de vida dessas crianças e de suas famílias.

✅ O que foi observado?
✔️ Espasticidade reduzida em todos os pacientes
> Queda de até 3.2 pontos na escala de espasticidade (MAS), com efeito mantido ao longo dos anos.
✔️ Melhora da função motora (GMFM-66)
> 72% das crianças ganharam mobilidade e autonomia.
✔️ Maior controle da bexiga
> 78% passaram a ter menos incontinência e maior capacidade vesical.
✔️ Qualidade de vida em alta
> 92% dos pacientes e cuidadores relataram melhoria significativa na rotina e bem-estar.
✔️ Segurança cirúrgica
> Complicações foram mínimas (2 infecções superficiais e 1 fístula liquórica).
> Nenhum óbito relacionado à cirurgia.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, reforço: a SDR de nível único não é uma cura, mas pode ser um divisor de águas para famílias que lutam contra a rigidez, a dor e o sofrimento diário da paralisia cerebral grave. E o mais importante: com uma técnica menos invasiva, realizada com monitoramento neurofisiológico intraoperatório, os riscos foram drasticamente reduzidos.

👉 Em muitos casos, ela pode ser uma alternativa real à bomba de baclofeno, com menos complicações a longo prazo.

📖 Referência científica: Licci M, et al. Palliative single-level selective dorsal rhizotomy for children with spastic cerebral palsy GMFCS level IV and V. Neurosurg Focus. 2024;56(6):E6.

🔖

🧠💉 Hemorragia Cerebral: transfundir mais sangue ajuda na recuperação?Essa é uma dúvida real nos CTIs do mundo todo. Em p...
21/05/2025

🧠💉 Hemorragia Cerebral: transfundir mais sangue ajuda na recuperação?

Essa é uma dúvida real nos CTIs do mundo todo. Em pacientes com hemorragia subaracnoide por ruptura de aneurisma cerebral (HSA), a queda da hemoglobina é comum. Mas até que ponto vale a pena transfundir sangue para melhorar o prognóstico neurológico?

📚 O estudo SAHARA Trial, publicado agora no New England Journal of Medicine, testou isso em 742 pacientes. Os resultados surpreenderam: transfundir de forma mais liberal (quando Hb ≤10) não trouxe melhora significativa na recuperação neurológica em comparação com a estratégia mais restrita (Hb ≤8).

Sim, o grupo que recebeu mais sangue teve menos vasoespasmo, mas isso não se traduziu em mais pacientes independentes ao final de 1 ano.

💡 O que isso nos ensina? Nem sempre “mais” é melhor. Cada intervenção médica deve ser precisa, individualizada e com base em evidências.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, acompanho de perto os avanços na neurocrítica e aplico o que há de mais moderno e responsável no cuidado de pacientes com HSA. Decisões como essa — transfundir ou não — fazem toda a diferença na UTI e no desfecho do paciente.

Se você ou alguém próximo enfrentou um aneurisma cerebral, conte com orientação especializada e um olhar atento aos detalhes que salvam vidas.



🔖

🧠 Síndrome da Medula Presa (Tethered Cord Syndrome): O que muda entre crianças e adultos?📚 Um estudo publicado na Neuros...
20/05/2025

🧠 Síndrome da Medula Presa (Tethered Cord Syndrome): O que muda entre crianças e adultos?

📚 Um estudo publicado na Neurosurgical Focus (2024) analisou mais de 6.000 casos (3.315 pediátricos e 1.447 adultos), revelando diferenças importantes entre as apresentações nas faixas etárias, muitas vezes negligenciadas.

👶 Em crianças:
- Sintomas mais comuns: disfunção urinária, estigmas cutâneos, constipação e atraso motor
- Muitos casos são diagnosticados por sinais na pele (manchinhas, penugem, orifícios na linha média)
- Assintomáticos em quase 10%

🧓 Em adultos:
- Dor lombar (40,5%) e disfunção urinária (51,3%) lideram as queixas
- Frequentemente confundido com hérnia de disco, bexiga hiperativa ou outros distúrbios neurológicos

🧬 O que causa?
- Em crianças: malformações como mielomeningocele, lipoma, seio dérmico
- Em adultos: aderências pós-operatórias, filum terminale espessado, ou evolução silenciosa desde a infância

🩻 Diagnóstico
- A RM da coluna é essencial, mas pode ser normal!
- Urodinâmica ajuda em casos ocultos — alterações aparecem em mais de 80% dos pacientes
- Monitoração neurofisiológica intraoperatória é fundamental para evitar lesões durante a cirurgia

🔪 Tratamento e prognóstico
- A cirurgia de liberação da medula (TCR) é a principal abordagem
- Adultos melhoram mais da dor, enquanto crianças melhoram mais da função urinária e intestinal
- Complicações cirúrgicas são mais frequentes em adultos, principalmente fístulas e lesões nervosas

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, vejo que muitos casos poderiam ser diagnosticados mais cedo com uma anamnese detalhada, atenção aos sinais cutâneos e te**es adequados. A liberação cirúrgica precoce pode evitar sequelas neurológicas graves e melhorar muito a qualidade de vida.

📖 Referência: Tethered cord syndrome from pediatric and adult perspectives: a comprehensive systematic review of 6135 cases. Neurosurg Focus. 2024; 56(6):E18.

🔖

👶🏻🧠 Capacete craniano: Quando é realmente necessário para tratar a plagiocefalia?A plagiocefalia posicional (ou assimetr...
15/05/2025

👶🏻🧠 Capacete craniano: Quando é realmente necessário para tratar a plagiocefalia?

A plagiocefalia posicional (ou assimetria craniana postural) se tornou mais frequente após as orientações de que os bebês devem dormir de barriga para cima — medida correta para reduzir o risco de morte súbita. Mas o crescimento do crânio pode ser afetado quando o bebê passa muito tempo na mesma posição.

📚 Uma revisão sistemática brasileira, publicada em 2025 no Child’s Nervous System, analisou mais de 18 mil casos para responder à pergunta:
Quando usar o capacete craniano?
E a resposta é: nem sempre.

🔍 O que o estudo mostrou?

✔️ O capacete é eficaz para casos moderados a graves — especialmente quando iniciado antes dos 6 meses de idade
✔️ Em casos leves a moderados, o reposicionamento e a fisioterapia precoce são muitas vezes suficientes
✔️ A fisioterapia manual com orientação aos pais apresentou os melhores resultados conservadores
✔️ A adesão da família ao tratamento (capacete ou fisioterapia) é fator decisivo para o sucesso
✔️ Apenas um estudo controlado e randomizadofoi identificado — ou seja, ainda há pouca evidência de altíssima qualidade

💡 Como saber se o capacete é indicado?

Depende de fatores como:
- Gravidade da assimetria
- Idade da criança
- Presença de torcicolo
- Resposta ao reposicionamento
- Capacidade da família aderir ao uso
- Custo e acesso

Por isso, a decisão deve ser sempre individualizada.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião pediátrico, oriento pais e pediatras a ficarem atentos aos sinais de assimetria craniana logo nos primeiros meses de vida. O tratamento é mais eficaz quando iniciado cedo — e nem sempre envolve capacete. Na maioria dos casos, medidas simples e fisioterapia orientada são suficientes.

📖 Referência científica: Dalla Corte A, Rohde MA. Cranial helmet orthosis in infants with positional plagiocephaly and brachycephaly: a systematic review. Child’s Nervous System. 2025.

🔖 #

🧠💉 Hematoma Subdural Crônico: A Embolização Pode Reduzir Reoperações?O hematoma subdural crônico é uma das doenças neuro...
14/05/2025

🧠💉 Hematoma Subdural Crônico: A Embolização Pode Reduzir Reoperações?

O hematoma subdural crônico é uma das doenças neurológicas mais comuns no idoso. Tradicionalmente tratado com cirurgia, apresenta alta taxa de recorrência, principalmente em pacientes com comorbidades ou em uso de anticoagulantes.

📚 Um estudo internacional publicado no New England Journal of Medicine (2025) avaliou uma técnica inovadora: embolização da artéria meníngea média (EMM) como complemento ao tratamento padrão (cirúrgico ou conservador).

E os resultados foram animadores:

🔹 Redução de 64% no risco de falha do tratamento
🔹 Menor necessidade de reoperação
🔹 Mesmo índice de segurança (AVC ou morte em 30 dias: 3%)
🔹 Maior benefício nos pacientes que seguiram tratamento conservador

A embolização age bloqueando os pequenos vasos frágeis que alimentam o hematoma, interrompendo o ciclo de sangramentos e facilitando a reabsorção natural.

👨‍⚕️ Como neurocirurgião, vejo esse avanço como promissor, especialmente em pacientes frágeis ou com contraindicação à cirurgia repetida. A EMM não substitui a cirurgia em todos os casos, mas se mostra uma aliada poderosa para evitar recidivas e novas internações.

📖 Fiorella et al. NEJM 2025; 392:855–864.

---

🔖

Endereço

Avenida Washington Luiz 310
Bela Vista, SP
18031-000

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 09:00 - 18:00
Terça-feira 09:00 - 18:00
Quarta-feira 09:00 - 18:00
Quinta-feira 09:00 - 18:00
Sexta-feira 09:00 - 18:00

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Dr. Egmond Alves posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Dr. Egmond Alves:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria