18/05/2025
Hoje, no Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebramos mais que uma data: reafirmamos um compromisso com a dignidade, a liberdade e os direitos das pessoas com sofrimento psíquico. Essa luta, iniciada por profissionais, usuários e familiares, defende que ninguém deve ser privado de viver em sociedade por causa de sua condição mental. O cuidado em liberdade é mais que um princípio — é uma bandeira que precisa ser erguida todos os dias.
Para mim, esta data tem um significado ainda mais especial: hoje completo dois anos à frente da direção do CAPS II em Duque de Caxias. Dois anos de desafios, aprendizados e, sobretudo, de reafirmação diária daquilo que acredito como profissional de saúde mental. Estar na gestão de um serviço como o CAPS II é ter a chance de construir, junto a uma equipe comprometida, espaços de acolhimento reais, de escuta qualificada e de reconstrução de histórias.
A luta antimanicomial não se faz apenas nas ruas ou nos manifestos, mas também nas rotinas silenciosas de cada atendimento humanizado, na construção de vínculos, na promoção da autonomia e no respeito à singularidade de cada sujeito.
Hoje, mais do que nunca, sigo acreditando que é possível (e necessário) um cuidado que liberta. Seguimos lutando.