23/07/2017
REDE SÓ TUA PRESENÇA
Naamã, o rio Jordão e nós.
Não são, porventura, Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel? não poderia eu lavar-me neles, e ficar purificado? Assim se voltou e se retirou com indignação. (2 Rs 5:12).
O rio é uma marca visível da vida. De fato, toda cidade, por exemplo, tem sua existência ligada às águas de um rio. Quando esse seca, tudo em sua volta se esvai, o local empobrece, torna-se estéril, enfim, morre.
A história do comandante do exército sírio, Naamã, que tinha lepra, é muito interessante: havia uma menina, serva de sua mulher, dentre as cativas de Israel, que preocupada com a doença, contou a sua senhora acerca de um profeta de sua terra, que se quisesse ser curado, deveria procurar.
Prontamente Naamã se encheu de esperanças, e foi ao encontro do homem de Deus, Eliseu, que diante da entrada de sua casa mandou um mensageiro dizer-lhe: “Vai lavar-te sete vezes no Jordão e tua carne te será restituída e ficará limpa!” (verso 9).
Naamã sentiu-se insultado, afinal deslocara-se de longe, cheio de presentes, e nem sequer foi recebido pessoalmente, e diante da ordem de Eliseu, citou os dois rios da Síria.
Essa história nos faz refletir três pontos:
Como achegamos a Deus. Muitas vezes da mesma maneira que Naamã foi ao encontro do profeta com presentes, carta do rei e tudo mais, também nós em relação a Deus, confiando em “nossas boas obras”, ofertas e bondades pessoais (não que sejam ruins), quando o que o SENHOR requer de nós é um “coração contrito; um coração quebrantado e arrependido jamais será desprezado por Deus”! (Sl 51:17).
Como reagimos a uma aparente negativa de Deus. Quando Deus não responde prontamente, ou mesmo do jeito que esperávamos, ou queríamos ou mesmo julgávamos merecer. Tendemos a murmurar, a pensar que não estamos recebendo de Deus um tratamento adequado (Pasmem! Tem quem pense assim!!!). Naamã ficou furioso, deu de costas, afinal sequer foi recebido, nem receberam seus presentes e ainda recebeu uma resposta inesperada, e nem viu o milagre, a ação do Deus dele. Nada. Um acinte! Pensou ele. Ora, banhar-se no Jordão.
Propomos alternativas a Deus. Abana e Farfar, contrastando com o barrento Jordão, eram opções melhores aos olhos de Naamã. E nós ao invés de obedecermos prontamente, criamos desculpas, trazemos aquele jeitinho para burlar ou prorrogar em nossas vidas Suas ordens. O rio Jordão é o rio da cura, é o rio da ordem de Deus. “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração.” (Hb 4:7b)
Felizmente os servos de Naamã, convenceram-no a se banhar no Jordão e ele foi curado. É muito mais prudente obedecer ao nosso Deus, deixe-se banhar nas águas barrentas e turvas do Jordão de Deus, você pode não entender o porquê, mas Ele sabe.
Graça e Paz.