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psi.raquelrios Valorização da saúde mental e desenvolvimento emocional, através de uma psicanálise viva, afeti

Se, para o desenvolvimento do corpo, precisamos inicialmente habitar a casa/corpo de outro ser, também para o desenvolvi...
25/09/2025

Se, para o desenvolvimento do corpo, precisamos inicialmente habitar a casa/corpo de outro ser, também para o desenvolvimento psíquico precisamos de uma mente capaz de nos acolher.

Ao ler a citação de Isaías Kirschbaum, lembrei-me do belíssimo artigo de Maria Bernadete Assis: “Hospitalidade à luz da teoria das transformações de Bion”. Nele, a autora (e também minha querida supervisora) amplia essa ideia ao falar da hospitalidade analítica: para além de acolher e nomear as angústias, o analista se torna disponível para viver uma experiência emocional em uníssono com o paciente.

É desse encontro — de duas mentes que se deixam habitar — que podem nascer novas condições emocionais, abrindo espaço para que a vida psíquica se expanda. Como uma casa que se abre ao hóspede, ou como um ventre que guarda o germe da vida, a hospitalidade analítica pode oferecer abrigo ao que ainda não tem forma, até que possa nascer em palavra, sonho ou emoção.

Admiro em você o gesto de reconhecer, em si mesma, a mesma humanidade que acolhe em seus pacientes e/ou colegas de traba...
27/08/2025

Admiro em você o gesto de reconhecer, em si mesma, a mesma humanidade que acolhe em seus pacientes e/ou colegas de trabalho.
Reconheço nossos limites e potencialidades — e por isso admiro quando a dedicação e estudos são contínuos, a curiosidade pulsante e a ética preservada.
Nosso ofício não nasce de um dom inato, tampouco de uma caridade improvisada:
é humildade em exercício, é atravessar na própria pele o cuidado que nos dispomos a oferecer.
Carregamos o peso das responsabilidades, a preocupação com dores profundas que muitas vezes ecoam em nós,
andando em par e passo com nossos próprios desafios pessoais e familiares. Com nossos próprios lutos, inquietações e faltas.
Também sei do peso silencioso dos boletos, dos impostos, da agenda que nem sempre cabe em nossas mãos.
É trabalho — e, justamente por sê-lo, é ainda mais digno.
Admiro a escolha e coragem que partilhamos:
a de sustentar, dia após dia, a aposta nos vínculos,
a confiança de que, no encontro entre humanos, algo pode se transformar.
Feliz dia do psicólogo —
seguimos juntos nessa corajosa humanidade compartilhada.🌷

Visitei o Parque das Aves, em Foz, e senti que a vida resiste em cores e cantos — testemunho frágil e vibrante do que ai...
26/08/2025

Visitei o Parque das Aves, em Foz, e senti que a vida resiste em cores e cantos — testemunho frágil e vibrante do que ainda pulsa, mesmo diante do ataque humano e do abismo que nós cavamos. Me impactou descobrir a ferida aberta: apenas 8% da Mata Atlântica sobrevive.

Na sequência do final de semana, conheci também a Aripuca (“arapuca” no português) em Puerto Iguazú, e ali a metáfora ganhou corpo: uma imensa armadilha de madeiras ancestrais nos lembra que seremos prisioneiros daquilo que devastamos.

Me lembrei de Bion, quando escreveu sobre a arrogância humana que ataca os vínculos, que recusa a dependência e a humildade de reconhecer-se parte de algo maior.
O mesmo ataque que se dirige ao outro, e até a nossa própria mente, também pode ser dirigido ao ambiente como se a natureza fosse mera extensão da vaidade — e não o tecido vivo do qual fazemos parte.

Contudo, em mim insiste pulsante uma fresta de esperança: se a arrogância destrói, o vínculo pode reconstruir. Se a oca gigante da Aripuca é metáfora de nossa própria armadilha, talvez também seja convite a repensar o caminho — menos cárcere, mais abrigo.

Somos capazes disso?

Diante da grandiosidade de Itaipu, fiquei impressionada não só com a engenharia, mas com a metáfora viva que se ergue al...
22/08/2025

Diante da grandiosidade de Itaipu, fiquei impressionada não só com a engenharia, mas com a metáfora viva que se ergue ali: a força bruta das águas contida por diques que as transformam em energia. Freud nos ensinou que a psique também constrói seus próprios diques — defesas que seguram as torrentes inconscientes, para que não nos inundem de angústia.

Essas barreiras internas, quando bem dosadas, nos ajudam a viver, a transformar a intensidade da vida em criação. Mas, se se erguem altas demais, tornam-se prisões: impedem o fluxo, sufocam a vitalidade e empobrecem o ego.

Assim como Itaipu mostra a potência da água quando contida sem ser aniquilada, também nós precisamos permitir que algo de nossas profundezas encontre passagem — para que a vida não se reduza a mera contenção, mas se expresse em movimento, energia e beleza.

Para aqueles que cumprem a desafiadora e necessária função paterna, que pintam nossa vida com cores de amanhecer, que sã...
10/08/2025

Para aqueles que cumprem a desafiadora e necessária função paterna, que pintam nossa vida com cores de amanhecer, que são porto, farol e asas - abraço que acolhe e desperta coragem:
Feliz dia dos pais!

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Edifício Work Center: Avenida Afonso Pena N3111 Sala 1001
Belo Horizonte, MG

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http://www.raquelrios.com.br/

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