Rayane da Vitória - Fisioterapeuta na Saúde da Mulher e Disfunções Pélvicas

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“Aproveita porque passa rápido.”Sempre detestei essa frase.Ela cria uma expectativa silenciosa de que aproveitar signifi...
02/12/2025

“Aproveita porque passa rápido.”
Sempre detestei essa frase.
Ela cria uma expectativa silenciosa de que aproveitar significa estar feliz, plena e satisfeita o tempo todo. Como se não houvesse sacrifício. Como se a maternidade fosse leve o dia inteiro.

Mas, graças a Deus pela minha saúde espiritual e pela terapia que cuida da minha saúde mental, eu entendi que aproveitar significa viver.
E viver nem sempre é confortável, feliz ou leve.
Mas isso não quer dizer que você não queira viver aquilo.

Já são sete meses passando mal. Hoje, com 28 semanas, sigo vomitando, com enjoos e enxaqueca. E sempre que alguém diz: “Nossa, está passando tão rápido!”
Eu penso: rápido pra quem?
Sete meses assim… passa rápido pra quem?

Em todas as minhas gestações foi assim, mas essa está mais difícil: duas crianças pequenas, mais idade, mais cansaço, uma barriga mais pesada… outra fase, outra mulher.

E o mesmo vale quando seu filho está na fase das birras ou com dificuldade de sono. Sempre que você acolhe, cuida, ensina… você está aproveitando.
Mas isso não significa que seja fácil.

Então, quando dizem “aproveita essa fase”, eu penso: se você está vivendo com o seu filho, você já está aproveitando.
Porque aproveitar não é romantizar.
É estar presente, mesmo cansada, mesmo aprendendo enquanto ensina.

Na maternidade, se você não desenvolve autoconhecimento e não ressignifica certas expectativas, você adoece. Porque passa a achar que deveria estar 100% feliz e não é assim.

O que é aproveitar?
Depende da fase, da sua saúde física, mental e espiritual, do seu contexto e das demandas da vida real.

Eu aproveito, sim.
Porque vivo minha maternidade com intensidade na dor, na alegria, na entrega e na renúncia.
Mas isso não significa que está passando rápido pra mim.

O tempo é relativo. O tempo é individual.
O tempo de cada mãe é único.

E no fim, a gente segue.
Porque eu amo ser mãe, amo o dom que Deus me deu, amo todo o amadurecimento que a maternidade me proporciona diariamente, mas não significa que seja fácil para mim!

E nos dias mais difíceis eu repito meu mantra sagrado: é justo que muito custe aquilo que muito vale 🙏🏾

A massagem perineal é um tema muito popular entre gestantes, mas poucas pessoas realmente conhecem o que os estudos most...
01/12/2025

A massagem perineal é um tema muito popular entre gestantes, mas poucas pessoas realmente conhecem o que os estudos mostram sobre ela.

A revisão Cochrane (2013), que analisou quase 2.500 mulheres, encontrou resultados importantes:

🔹 Reduz a necessidade de episiotomia
🔹 Reduz o número de traumas que precisam de sutura
🔹 Pode diminuir a chance de lacerações graves (3º e 4º graus)
🔹 Não reduz lacerações leves (1º e 2º graus)

Ou seja: a massagem tem benefícios, mas não é um “escudo” contra laceração.
Ela melhora a percepção corporal, diminui a resistência dos tecidos e ajuda a gestante a se familiarizar com a sensação de alongamento: mas o parto exige muito mais que isso.

O que realmente faz diferença é a coordenação do assoalho pélvico, a capacidade de relaxar sob aumento de pressão, a sincronização com a respiração e a forma como o corpo responde às mudanças do trabalho de parto.

Por isso, nenhuma técnica isolada substitui uma preparação individualizada e baseada em avaliação.

Quando entendemos a ciência, tomamos decisões melhores.
E no parto, decisões melhores geram experiências melhores.

📚 Referência: Beckmann MM & Stock OM. Antenatal perineal massage for reducing perineal trauma. Cochrane Database Syst Rev. 2013.

Se a paciente não retorna depois da avaliação, geralmente não é porque ela “não quis continuar”.É porque, em algum ponto...
25/11/2025

Se a paciente não retorna depois da avaliação, geralmente não é porque ela “não quis continuar”.
É porque, em algum ponto da primeira sessão, ela não enxergou clareza, direção ou segurança.

👉🏾 Se você quer parar de perder pacientes por insegurança e finalmente atender com clareza clínica, acesse o link da bio e conheça o meu acompanhamento para fisioterapeutas pélvicas.

Muita gente ainda acredita que o assoalho pélvico só muda se houver parto normal.Mas a verdade é que a gestação por si s...
31/10/2025

Muita gente ainda acredita que o assoalho pélvico só muda se houver parto normal.
Mas a verdade é que a gestação por si só já causa adaptações importantes no corpo da mulher.

O aumento do peso uterino, a alteração postural, a ação dos hormônios e a sobrecarga sobre os músculos pélvicos modificam força, tônus e coordenação, mesmo quando o parto é cesárea.

Essas mudanças são naturais, mas podem gerar disfunções se não houver preparação e acompanhamento adequado: como perda de urina, dor pélvica ou sensação de peso vaginal.

Por isso, toda gestante precisa cuidar do assoalho pélvico, independentemente do tipo de parto que deseja.
A fisioterapia não é apenas para quem quer parto normal,
é para quem quer chegar no parto e no pós-parto com saúde, consciência e controle corporal.

Cuidar do períneo é cuidar da recuperação, da autoestima e da qualidade de vida no pós-parto.

Se você está gestante e quer cuidar do seu assoalho pélvico,
clique no link da bio para receber informações sobre o meu acompanhamento durante a gestação, parto e pós-parto.

Se você é fisioterapeuta, no dia 22/11, às 9h, eu vou dar uma aula gratuita e ao vivo no Zoom sobre como fazer a palpação dos músculos do assoalho pélvico em gestantes,
pra você entender, de forma prática, como avaliar e raciocinar ao fazer a avaliação das suas pacientes.

Se quer participar da aula, comente aqui “GRUPO” 👇🏾

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Rua Brumado 303, Indaiá
Belo Horizonte, MG
31270-040

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