18/08/2021
Quando desejamos deixar um sentimento ir, só o fato de fazermos algo para que ele se vá, já estamos criando resistência.
Permitir significa não odiar a dor e nem querer que ela se vá.
O sentimento existe porque precisa ser sentido por completo para entendermos o que ele está nos dizendo.
Quando entendermos o motivo, o sentimento não precisará mais estar presente.
O gatilho do momento presente que despertou o sentimento não é a causa dele. É apenas o mensageiro que está trazendo a tona algo profundamente suprimido que precisa ser completamente processado através do sentir e não através da lógica que apenas te trará mais sofrimento ou apenas uma trégua.
Quando permitimos que o sentimento aconteça sem as estorinhas da mente, estando com esse sentimento até que ele se dissipe, então estaremos transformando a necessidade do sentimento continuar retornando.
Quanto mais suprimos, mais usaremos mecanismos/hábitos para suprimir o que não queremos sentir e mais da mesma energia irá persistir.
Nós precisamos sentir a dor, não o drama. O foco deve ser no sentimento. Acolha-o em seu coração como um velho amigo.
Quando ele se for, a situação relacionada ao sentimento também irá desaparecer.
Mas Marcus, se eu ficar sentindo esses sentimentos negativos, eu não atrairei mais do mesmo?
A razão que o sentimento está surgindo através de gatilhos é que essa energia já está armazenada em você e já está atraindo mais do mesmo. A dor continuará retornando e aumentando até te forçar a lidar com ela.
A razão por que isso continua acontecendo é a resistência/rejeição/repressão/supressão ao longo do tempo.
O sentimento está gritando para que seja visto e aceito como válido. Se você continua a recusar-se, nunca será possível a cura.
Ele precisa ser totalmente experienciado e entendido.
Até que esse trabalho interno seja feito, você continuará carregando essa energia que irá te influenciar em tudo que deseja manifestar ou fazer. Essa energia já está em você. Já está atraindo mais do mesmo. Ela precisa ser encarada sem julgamentos.
É uma tarefa difícil eu sei. Cabe a cada um decidir se deseja um band-aid na fratura ou uma cirurgia restauradora.
Com amor,
Marcus Lima.
