15/12/2023
Quero propor um exercício...principalmente à vocês que pretendem ou que já iniciaram um processo terapêutico de casal.
É MUITO comum que os casais cheguem na terapia apresentando conflitos. Muitas vezes, bem intensos. As reatividades são comuns e esperadas (vou fazer um post sobre isso depois).
O terapeuta, na primeira fase da terapia, precisa ver como o casal tem interagido, pra conseguir mapear e conduzir da melhor forma.
É comum os casais estranharem essa dinâmica. Alguns dizem "a gente na terapia e continua brigando". Calma, calma! Faz parte do processo. Confie no processo!
Mas, também já vi muitos casais desistindo da terapia porque sentem que saem PIOR do que entrou. Que a terapia está tornando pior a relação. Não é bem assim.... mas, pra te ajudar a tolerar esse desconfortável primeiro momento...
Te convido a lembrar do seu motivo em buscar ajuda. Imagino que seja porque você ama a sua parceria e gostaria muito de resgatar/criar uma conexão segura e muito afetiva, de muito amor.
Muitos entram na terapia focados em vencer uma batalha contra a parceira. Provar que está certo. Tentam até "chamar" a terapeuta pra se aliar com seu ponto. Quer vencer!
Mas, quem vence de verdade?
Que tal você lembrar que está ali para colocar a relação numa terapia intensiva (uma espécie de UTI). MUITO diferente de um campo de guerra.
Lembrem: vocês vão INEVITAVELMENTE reagir, ficar na defensiva e até brigar. Mas, a postura deve ser conectada com o verdadeiro sentido da busca: conseguir um tratamento adequado, eficaz para o amor.
Afinal, quando alguém está doente ela pode até estar mal (tal como as relações), mas a gente cuida de adoecimento com gentileza, cuidado e amor.
Lembre: A terapia, na primeira fase, é bem desconfortável. Para tolerar esse momento, antes de acessar a parte mais reparadora e cooperativa, é preciso de resiliência. E a melhor estratégia para ser resiliente é lembrar de colocar a relação na UTI.
Não existe vencedores na briga entre um casal. Se um ganho....todos perdem.
Faz sentido?