Trato de Ideias

Trato de Ideias Espaço para troca de ideias sobre nosso cotidiano que molda nossas ações, determinam nossos relacionamentos e constroem nossos caminhos.

23/01/2021

A ONDA DESCANSA NOS BRAÇOS DO OCEANO
1- Só tem um lugar pra olhar, e ele começa com a pergunta: Quem é você? E acredite: você não é nada que você pense que você seja. Não importa o quão maravilhosa seja a idéia que você tenha de si mesmo, ou horrenda, ou terrível, ou medíocre. Não é questão do adjetivo, a questão é do substantivo. Você não pode ser uma idéia, porque uma idéia pode ser repetida e você é irrepetível. Você não é algo que possa ser apalpado, que possa ser tocado... Qualquer idéia que eu te der, qualquer idéia que você receba, não é o que você é. Porque você é indefinível.

2- Você pensa que você pensa, porque você pensa que você é aquele que pensa. Mas VOCÊ não pensa! Então, convide os pensamentos a f**arem. Por que você tem brigado com os pensamentos? Eles não são seus... Eles são apenas pensamentos... Como os sons dos carros que passam, os sons das vozes... E isso tudo é periférico a VOCÊ.

3- Você não pode encontrar a si mesmo, porque você é o que você está buscando. Com a idéia que lhe foi dada, subtende-se que há alguém que busca, e que tem algo a ser encontrado. Tem um sujeito e tem um objeto. Você pode escolher quem você é: o sujeito ou o objeto. E ainda assim, qualquer escolha que você faça, não é você.

4- Especular antes de se jogar no abismo é vão! O meu convite é: antes de pensar, te joga! Pensa depois! Esse abismo que eu estou falando é o abismo que você é. Confronte algo, que de alguma forma lhe foi dito que é inacessível e amedrontador - e não esqueça que isso é uma idéia emprestada de alguém.

5- Imagina se para você encontrar a paz, você precisasse que todos os carros parassem, e que todas as vozes se calassem, e que todas as chuvas não chovessem, e todos os dias quentes não fossem dias quentes, e todos os dias frios não fossem dias frios, e todas as dores de barriga não fossem dores de barriga... Assim, você teria uma possibilidade ínfima de realizar a sua paz interior. Pensando assim, você está no caminho errado. Você ainda está olhando para fora.

6- Se for dito que depois que você encontrar a Verdade você realizará milagres e poderá passear no cosmos... é dado valor, caso contrário, não. Mas observa! Tem algo a acontecer? Disseram a você que algo aconteceria, e você vive à espera de que algo aconteça. E eu estou mais uma vez repetindo: Esse algo é uma idéia. Você não vai ver luzes e nem sentir uma explosão de êxtase. E você tem buscado quem você é, esperando por isso. Mas não se engane! Não há nenhuma idéia que se assemelhe Àquilo o que você é.
7- De repente você se depara com o vazio, com o indefinível, com o sem-forma, com o sem nome... com o infinito. Que não pode ser medido, sentido ou compreendido. E aí, você f**a de cara com Aquilo, e diz: "Não! Não pode ser isso. Isso é um desastre!" Será que é mesmo um desastre? A mente concebe a idéia de algo vazio como vazio; mas será que o vazio é vazio, mesmo? E se o vazio for cheio, e o cheio que a mente concebe for vazio?

8- O desejo enche de vazio a sua vida. Quem sabe então, só o vazio enche realmente a sua vida? Questione-se! E não esqueça que o primeiro passo para esse vazio é saber quem é você.

9- Existe uma tendência em procurar no lugar errado. Você tem que perceber algo que não pode ser percebido, por você ser aquele que percebe. Não tem saída! Por isso: pare de buscar! Pare! Stop! Zera tudo! E não esqueça: não é um zerar, pois não há alguém que zere. Não há nada fora do Todo, fora do Divino, da Essência, da Consciência...

10- Nem mesmo somos separados de Deus, senão uma emanação daquilo que está em descanso... Que emana-se, manifesta-se, e que quando termina o processo de manifestação, retorna. Assim como uma onda no corpo do oceano, que sobe e desce... E tudo o que existe é o oceano. Não existe onda! Foi dado um nome a algo que é o próprio oceano. E quando foi dado um nome para aquilo, foi feita uma separação entre a onda e o oceano. E isso explica, talvez, você estar identif**ado com o seu nome e sua forma.

Fonte: A onda descansa nos braços do Oceano, Satsang em Salvador/julho 2000

19/01/2021

O conto
A MONTANHA E A ÁGUIA
Conta um conto, que à base de uma imensa montanha, montanha essa que possuía um pico, pico esse que ultrapassava em muito as nuvens do céu, existia uma planície.
Sobre a montanha alguns diziam ser fácil chegar aos seus pés, apesar da grande distância a se percorrer e das muitas pedras a se desviar durante o caminho.
Sobre o pico muitos diziam ser improvável chegar ao seu topo. A altura que ele atingia era tão grande que ele ultrapassava as nuvens. E para se chegar ao topo teria de se ultrapassar o frio implacável do cinturão de nuvens. Se junta a isso, o sopro incansável dos ventos, que acompanharia o caminhante até quase o topo. Digo quase o topo, pois de um determinado ponto em diante os ventos se acalmavam, pois o ar se tornava rarefeito.
Contam que uma pessoa, que dizem ter conseguido alcançar o topo, um dia revelou que o cume, por ser acima das nuvens, é iluminado pela mais clara luz emitida pelo sol e também alimentado pela mais pura água que jorra de uma fonte infinita e que desce por sobre a planície.
Sobre a planície, sabe-se que se estende por uma distância muito grande em um de seus lados, tão grande era a distância, que em alguns momentos ao se olhar, tinha-se a impressão que ela se juntava ao céu no horizonte longínquo. Toda ela era cortada por um riacho, que tinha seu inicio aos pés da montanha. Pela sua beleza e pureza de suas águas era chamado, o rio da vida.
Em alguns pontos dessa planície existiam grandes árvores, cujas copas tocavam as nuvens, quando essas no inverno intenso abaixavam ao solo, em sua brancura. E toda a vida que ali existia seguia seu curso, dia após dia, assim como as águas do rio chamado rio da vida, fluíam incessantemente. E foi em uma alta copa de uma destas grandes árvores que nasceu uma águia.
Assim, como qualquer outra águia, cresceu e aprendeu a voar. Aprendeu a fazer os voos mais altos, assim como os mais profundos mergulhos em direção à planície. Um dia, porém, em um dos seus voos, percebeu a existência da montanha, e mais ainda, a presença do grande pico acima das nuvens. Seus voos continuaram sobre a planície, mas a ideia da existência de paragens mais altas foi se tornando a cada dia mais chamativa. A ideia da existência do alto pico se tornou uma constante. E foi em uma manhã de sol radiante que a águia buscou dar seu voo mais alto. Abandonou a planície e partiu em direção as altas paragens, a alta montanha. À medida que ia ganhando altura, a planície f**ava mais distante e as grandes árvores pareciam apenas uma mancha no solo.
Mas, e na vida sempre tem um, mas, á distancia não dava para se avaliar o tamanho e a altura da majestosa montanha. E a águia se viu muito distante do solo e também muito distante ainda do topo da montanha. Distante ainda do cinturão onde f**aram as nuvens, quando lá estavam. Apesar do cansaço que já ia aparecendo, ela continuava implacável em sua intenção de chegar ao topo. Ao olhar para o solo, descobriu que a planície não era mais seu lugar. E que uma verdadeira águia deveria viver nos altos picos em meio as grandes montanhas.
Porém, em pouco tempo, surgiu o frio congelante do cinturão de nuvens e também o vento forte e incessante. Mas nem isso a fez desistir de sua intenção, que naquele momento já não era mais uma simples intenção e sim uma aspiração. E assim atravessou o cinturão, suportou o frio e prosseguiu o seu caminho.
Por fim, o topo se fez visível, tal como dito, lá estava iluminado por uma luz indescritível e imutável, como as leis que conduzem a vida neste mundo. Mas tal qual o destino e a própria vida, nada é linear e simples. Ao encontrar-se a certa distancia do pico, o ar se tornou rarefeito drasticamente e os ventos se esgotaram. E nessas condições o voo se tornava praticamente impossível, pois o bater de asas não provocava o mesmo efeito. Voltar seria a única possibilidade.
Neste momento ela se lembrou de toda a luta para chegar aquele ponto, se lembrou da planície que ficou pra trás, do grande esforço desprendido para chegar até onde estava, e da falta de alternativas em que se encontrava para chegar ao seu propósito.
Mas mesmo quando nos encontramos sem saída, ainda assim existe uma saída. Saber que os altos picos faziam parte de sua própria natureza, compreender que o vento e o frio faziam parte de seu ser e que os altos e isolados picos eram e sempre foi seu destino, bem antes de seu nascimento, lhe causaram uma compreensão instantânea. Que, apesar de parecer impossível seguir em frente, bastava firmar seu coração e se entregar completamente ao propósito de servir ao seu destino. E assim, tal como um metal é atraído e puxado por um imã, ela foi sugada e absorvida pela montanha e seus altos e límpidos picos. E a águia, que um dia saiu das planícies, e a imutável montanha com seus altos e majestosos picos, se tornaram um só e o mesmo. E seu destino de viver entre as alturas dos ventos e dos picos foi então selado pelo destino, pela convicção da aspiração e pelo desejo de atingir seu objetivo.
Sobre a águia, alguns dizem que congelou em um frio inverno que se sucedeu alguns poucos anos após sua chegada, e hoje faz parte da própria montanha. Outros dizem que ela ainda voa entre os picos da grande montanha e que nos dias claros e sem nuvens pode ser vista em sues voos, mas o fato é que ela nunca mais foi vista voando pelas planícies.
Sobre a montanha e seus picos, assim como as antigas rochas que habitavam as profundezas do mar, continua imutável como as leis que regem este mundo.
E quanto a mim, apenas olho com admiração para as montanhas, sua grandeza e seus picos e penso humildemente um dia poder atingi-la.

16/10/2020

SOBRE O VIRTUAL E O ENCONTRO COM O REAL
REFLEXÃO 41
Quem nunca assistiu a uma comédia chamada IRMÃOS GEMEOS, com Danny Devito e Arnold Schwarzenegger? Quase todo mundo! Ele conta a história de dois irmãos gêmeos, fruto de uma experiência científ**a, que não deu muito certo, já que o resultado dessa experiência são dois gêmeos ao invés de um único bebê e ainda existia uma grande discrepância física e intelectual entre os dois. Diante do segundo nascimento inesperado, os dois irmãos são separados no nascimento, um deles é criado em uma ilha, afastado da sociedade em geral, junto com grandes cientistas da época, que lhe passaram o todo conhecimento possível sobre a vida, assim como o maior conhecimento teórico possível de ser transmitido. No entanto por morar isolado da sociedade, todo seu grande conhecimento eram apenas teorias.
Por outro lado, o segundo irmão é dado a um orfanato para a adoção e é criado passando por grandes dificuldades e tem a vida como sua maior escola. Tudo que sabia e possuía era resultado de suas interações com as pessoas e com o mundo. Seu conhecimento era empírico e resultado do sofrimento humano.
Mas o interessante desse filme é o encontro dos dois irmãos, um era culto e sabia sobre qualquer assunto e o outro não possuía conhecimento teórico nenhum, mas sabia se virar diante dos desafios que a vida lhe empunha e em muitas situações. Um dos irmãos nunca tinha tido uma namorada, nem ao menos tinha conhecido uma mulher, mas sabia todas as etapas de fabricação da cerveja. Não sabia cozinhar, mas sabia sobre a origem dos alimentos.
O outro em compensação, conseguiu sobreviver a todos os intemperes da vida usando somente o conhecimento adquirido através da prática, da experiência de vida, com seus acertos e erros. O que não possuía em conhecimento teórico, ele compensava em vivencia experimental. Muito legal e engraçado esse filme. Pra quem não assistiu, vale apena assistir.
Mas, por que abordamos questões relativas a esse filme? Pois nos dias de hoje estamos vivendo algo parecido, só que em escala global. Mas será possível? Sim é possível. Temos hoje uma geração denominada, GERAÇÃO Z. E o que vem a ser essa tão falada geração Z? Sociologicamente falando, a geração Z é composta de pessoas nascidas por volta da metade dos anos 90, até aproximadamente 2010. São pessoas que nasceram em meio a computadores, tablets, smart fones e em especial a internet. Dessa forma essa geração tem contato com o mundo todo em tempo real, pela tela de um computador.
Essa geração tem informação sobre tudo e sobre todas as coisas, em questão de milésimos de segundos, mas toda essa informação não trás conhecimento, e muito menos experiência. Assim, de um modo geral, não é uma unanimidade, mas a grande maioria tem suas experiências de forma virtual e não real. Conhecem todo o planeta, o espaço e as estrelas através dos sites, conhecem a guerra, a violência e a competição usando um joystick de um vídeo game.
A tecnologia e o avanço trazem grandes benefícios, mas a experiência do encontro com o real não é uma delas. Assim temos pessoas que conhecem sobre a gastronomia do mundo, mas não sabem preparar sua própria refeição. Conhecem as mais belas praias, paisagens e trilhas do planeta, mas não conseguem andar a pé por sua própria cidade. Sabem tudo sobre ecologia, preservação da natureza, mas não colocam o lixo na rua no dia da coleta.
Mas todo esse conhecimento virtual leva a algo bem pior, a banalização da realidade. Quando se trava uma guerra on line e virtual com os amigos contra um inimigo também virtual não se tem ideia de como seria isso no plano do real. Não se tem ideia dar dor, do sofrimento e de todo impacto que algo desse tipo causa na psiquê humana. E existem muitos outros tipos de experiências virtuais que escondem, ou diminuem o impacto de uma vivencia real, ou seja, o encontro com o real.
A vivência experimental nos trás a realidade do encontro com a vida como ela é. E assim, somos bombardeados com a realidade, com a verdade do momento, com o impacto do contato e que nos deixa marcas, que levamos conosco por toda uma existência, e a isso chamamos conhecimento.
E esse conhecimento que é repassado para as gerações futuras, de pessoas a pessoa, de experiencia a experiencia é que constroem as bases de nossa cultura. Da cultura dos povos. Longe da chuva de informações que nos é trazida através do espaço virtual, o conhecimento se consolida através da vivência de cada experiência individual.
Não há muito o que fazer diante de toda maratona tecnológica que estamos expostos e ainda seremos expostos, mas o importante é nunca confundir o real e o virtual, não trocar uma vídeo chamada por um abraço apertado de uma pessoa amada. Não deixar de lado o contato e a experiência de uma situação real por algo que apenas vive na tela de um laptop.
O que é melhor, mergulhar nas águas geladas de uma cachoeira, ou conhecer pelo PC as mais belas cachoeiras? A resposta f**a com cada um!

28/09/2020

NA VERDADE, NADA IMPORTA
Na verdade, nada importa. Nem mesmo a perfeição. O que realmente conta é somente a consciência. Quando ainda pequeno, com mais ou menos 7 anos, detestava ir à escola e nem ao menos sabia ao certo por quê. No entanto minha mãe sempre zelosa me pegava pela mão e me levava para a aula. Ano após ano ela me matriculava na escola, me levava e me buscava, assim como conferia minhas notas, exercícios, pagava as mensalidades e tantas outras coisas.
Com o passar do tempo ela não mais precisava me levar, nem me buscar. Às vezes conferia as notas, não olhava mais os exercícios, mas continuava a me matricular e pagar as mensalidades. Pouco depois eu mesmo me matriculava e pagava as mensalidades (mesmo que ainda fosse com dinheiro dela). Na última vez que frequentei uma escola, ou melhor, uma pós-graduação, fiz tudo, desde escolher o curso, até o pagamento, transporte e tudo mais.
Todo este caminho, desde a escolinha lá atrás até a pós-graduação, apesar de parecer simples foi o resultado de anos de luta pela busca da consciência ou de consciência. Anos estes que não foram solitários, teve a ajuda de muitos que me amavam e se importavam comigo. Estes me conduziram quase que até o final e me conduzem de certa forma até hoje.
Mas as coisas vêm e vão. Hoje não detesto mais a escola e tenho compreensão de sua importância. Assim também foram os estados transcendentais, muitos vieram e se foram. Muitos dos que se foram nunca mais se repetiram. Mesmo estados de amor intenso não mais se repetiram. O que signif**a dizer que não se abre mão dos estados, assim como não se deixa de brincar como na infância, apenas as coisas passam.
Ao invés disto o que eclodiu foram pequenos estados de compreensão, estados de conhecimento, estados estes que muitas vezes te fazem sentir tocar a verdade. A estes estados chamamos CONSCIÊNCIA. Tais estados de CONCIÊNCIA ao contrário do estado de compreensão são vividos em solidão total.
E como tudo é igual a tudo, como foi dito, a CONSCIÊNCIA assim como a mente abstrata surge como uma fagulha de luz, que apesar de seu pequeno tamanho e potência passa a se expandir em todas as direções, em busca do maior espaço possível, da maior CONSCIÊNCIA possível. SEM PRESSA NEM PAUSA, perene como um rio que conhece o seu curso.
E este PODER que expande a CONSCIÊNCIA em direção ao infinito é o mesmo que impulsiona os raios do sol em direção a terra para fertiliza-la. É o mesmo ainda, que direciona os espermatozoides em direção ao óvulo para fecunda-lo. É o mesmo que faz o bailar das marés dia após dia.
Assim como a CONSCIÊNCIA se expande em direção ao CRIADOR, os espermatozoides e os raios de sol se direcionam à sua função, mostrando que O QUE EXITE EM CIMA TAMBÉM EXISTE EM BAIXO. É um eterno movimento, cíclico e imutável.
Assim como não tenho vontade de voltar ao jardim da infância, também não desejo buscar estados que já se foram, que passaram. No entanto, em meus momentos de solidão sinto a CONSCIÊNCIA fluindo pouco a pouco como em uma bica de água cristalina e permanente.
Mas ainda falta perguntar o que signif**a então as palavras de Jesus quando disse: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso pai que estais no céu.” Não se deve buscar a perfeição, a perfeição não é o objetivo final?
A perfeição só tem valor em si mesma, ou seja, você ou qualquer um só pode ser perfeito dentro da sua função. Por exemplo, um leão é perfeito enquanto um leão, ele caça, protege seus filhotes e seu território, assim como nunca vai deixar de ser perfeito naquilo que foi programado para ser dentro de sua capacidade e função. A função, a perfeição e a CONSCIÊCIA andam juntas.
Tome para si a sua função, ela o tempo todo se apresenta a você. Conscientemente a desenvolva. Não queira ser algo que você não é. Seja conscientemente uma mãe, um pai, um amigo, um profissional, uma dona de casa e etc. Não se importe muito com seus defeitos, eles vão desaparecer em meio aos meandros e as águas do rio da vida, que nunca para de fluir. Apenas viva com consciência sem pressa nem pausa. Isto já é perfeito.
Não se ligue e nem se prenda a nada. Siga em frente e vá onde sua

CONSCIÊNCIA te levar. E se ainda assim, achar que algo tem alguma importância e isso te incomodar, pense apenas em amar mais que ser amado, ser mais compreensivo que ser compreendido, se colocar no lugar daqueles que cruzarem seu caminho e se tornar um ser humano melhor.
Por fim, todos os dias levo meu filho à escola, talvez seja minha função.

25/09/2020

REFLEXÃO 39 SOBRE A INTUIÇÃO.
Durante toda a história da humanidade, quantas não foram as vezes que tivemos relatos de descobertas feitas por cientistas, pesquisadores e outros que foram no mínimo estranhas pelo fato de que essas descobertas foram feitas de forma inusitada. Assim foi por exemplo a história da maçã que caiu na cabeça de Isaac Newton e ele instantaneamente pensou na teoria da gravitação universal.
Houveram outras até mesmo engraçadas, como a de Arquimedes que estava tomando banho em uma banheira e intuitivamente percebeu a resposta para um dilema proposto pelo rei, que queria saber o volume de ouro de sua coroa. Conta a estória que Arquimedes ao descobrir como calcular o volume de ouro da coroa do rei, saiu correndo molhado, ensaboado e nu pelas ruas da cidade gritando: “EUREKA, EUREKA”.
Por fim, temos a mais celebre de todas essas narrativas, Dizem que Albert Einstein, estava andando de bicicleta e quando olhou para o movimento da corrente que passava pelas engrenagens da bicicleta, engrenagens essas que possuíam tamanhos diferentes mas recebiam a mesma quantidade de corrente, teve um INSIGHT e desenvolveu a “teoria da relatividade”.
Mas o que todos esses relatos tem em comum? Quem respondeu que todas essas descobertas foram ocasionadas por algo que chamamos de INTUIÇÃO, acertou. Mas o que é a intuição? A intuição é um conhecimento automático, instantâneo, quase que supra mental, que surge do contato direto com o objeto ou com o problema a ser solucionado e não está ligada ao intelecto. É um estado de compreensão instantânea.
A intuição é o momento em que a consciência se apossa do conhecimento, é o instante em a consciência toma a frente da lógica e da dedução, minimizando a análise e o raciocínio.
Todas as vezes em que estamos em estado de meditação e temos uma intuição, ligamos isso a algo divino. Associamos tal fenômeno a uma interferência externa em nosso pensamento. Nunca pensamos ser um flash de nossa consciência, ou uma faísca de nós mesmos.
Dessa mesma forma imaginavam os antigos pensadores e filósofos. A intuição é algo divino, sobrenatural, tendo uma origem desconhecida. Mas o que se sabe atualmente sobre a intuição?
Muitos são aqueles que estudam sobre a intuição. A maioria deles abordam aspectos místicos da intuição, no entanto existe um outro grupo de pessoas, físicos, matemáticos e cientistas que partiram para uma outra abordagem, através da física quântica. E é a física quântica que tem estudado a intuição com maior propriedade.
A física quântica está longe de fechar seus estudos a respeito da intuição, no entanto, algumas afirmações já podem ser ditas. De acordo com a física quântica a intuição é um estado especial e privilegiado da consciência. E mais ainda, a física quântica afirma que as partículas quânticas também tem comportamento intuitivo, isso comprovadamente.
Através de experimentos realizados com partículas Quantum, ou seja, subatômicas, foi possível perceber e provar que as partículas tinham comportamento intuitivo. No experimento as partículas de alguma forma percebiam a presença de um anteparo em seu caminho e simplesmente mudavam sua trajetória, se desviando do anteparo e agindo como vidente.
A justif**ativa para tal comportamento ainda não foi totalmente explicado e compreendido, mas as primeiras hipóteses e mais prováveis apontam para a possibilidade de que os quanta, através da energia se comunicam uns com os outros e também com todo o universo. O que é chamado meta física da relação. A ciência e a física quântica esperam que essas descobertas possam nos levar realizar projetos, resolver problemas, em fim dar um salto utilizando o comportamento intuitivo das partículas.
E quanto a nós, o que podemos fazer para desenvolver e utilizar a intuição para ao nosso favor? A intuição em nós de um modo geral se desenvolve através da meditação, do silencio mental e da reflexão. No nosso dia a dia a intuição pode nos ajudar e até mesmo nos afastar de situações desagradáveis e difíceis, mas para isso é necessário estarmos sempre atentos àquela “vozinha” que sussurra no interior de nossa mente e de nosso coração.
No entanto a física quântica nos mostra e ao mesmo tempo nos abre uma nova porta para desenvolver, ou melhor, ampliar a intuição. E essa porta está em interagir com os seres e objetos que estão ao nosso redor e posteriormente com o universo. Pois como foi dito, tudo é formado de energia, e assim a intercessão dessas energias provocam uma comunicação entre todos os seres, objetos e o próprio universo. E essa comunicação pode nos transferir o conhecimento a respeito de tudo ao nosso alcance em forma de intuição.
Finalizando, todas as vezes que se sentar para meditar ou refletir sobre algum assunto ou situação, abra seu coração, não julgue os pensamentos que surgirem, apenas deixe os passar livremente. Torne se um expectador de seus próprios movimentos. Ponha se aberto e atento a tudo que surgir, a todas as possibilidades, pois você pode estar ou entrar em comunhão com tudo que te rodeia, assim como com o universo. E acima de tudo escute aquela voz interior a que chamamos INTUIÇÃO.

19/09/2020

REFLEXÃO 38
SOBRE A VAIDADE E SEUS CAMINHOS

Quem gosta de cinema e de filmes, certamente já assistiu a um filme chamado O ADVOGADO DO DIABO, este filme é estrelado por Keanu Reeves, Charlize Theron, além claro, do super ator Al Pacino, que faz o papel do Diabo encarnado e que leva as pessoas a cometerem as maiores atrocidades.
Neste filme, que é muito bom, tem uma cena em que John Milton, (Al Pacino) o demônio em carne e osso, diz o seguinte: “A VAIDADE É O MEU PECADO FAVORITO.” Esta fala é realmente interessante. Vamos pensar um pouco sobre ela: Independentemente de a vaidade ser um pecado ou não, de ser o pecado predileto do “chifrudo”, o que chama a atenção sobre a vaidade, é que a vaidade é um traço da personalidade que aparentemente não se mostra prejudicial. O fato de uma pessoa cuidar de sua própria aparência, a princípio, parece ser muito favorável. No entanto, a vaidade, assim como outros traços da personalidade, pode desencadear em nós vários outros sentimentos e emoções. E esses podem ser desfavoráveis e se tornar muitas vezes descontroláveis.
Esquecendo o cinema de lado, assim como o medo que leva à raiva e ódio, a vaidade pode levar a outros sentimentos que podem marcar sua personalidade por muito tempo ou por uma vida toda.
Para que possamos melhor entender onde a vaidade pode nos levar, vamos pensar o que é vaidade. A vaidade é um traço da nossa personalidade que nos faz valorizar nossa própria aparência, seja ela física ou intelectual, assim também como posses e objetos, com o objetivo que tais qualidades e objetos sejam admirados por outros, insuflando assim nosso EGO.
A vaidade faz com que o centro da atenção, que deveria ser você mesmo, passe a ser o outro, para que o outro possa focar em você, criando assim uma posição de espelho invertido. A vaidade completa seu ciclo, quando o outro desloca a atenção dele mesmo para aquele que foi tocado pela vaidade, e que passa a se ver através do olhar e do comportamento do outro.
A vaidade provoca em nós o orgulho, a ostentação e a idolatria, que segundo o filósofo Nietzsche é “o senso mais amplo do egoísmo.” A vaidade por afastar seu olhar de você mesmo é também a inimiga número um do autoconhecimento. Pois como você passa a se ver somente pelo olhar do outro, você passa a perguntar para o outro o que ele acha de você em todos os aspectos, passa a questionar ao o outro sobre características de você mesmo , que já só se vê pelos olhos do outro.
A vaidade faz com que você tenha uma preocupação excessiva consigo mesmo e te leva ao pior de todos os vazios, a valorização ilusória. E como você passa a se ver somente através da atratividade que causa no outro e passa a se valorizar somente pelo que o outro acha de você, você se abstém de se auto conduzir.
A vaidade, faz com se busque causar no outro admiração e inveja. Mas, e se uma outra pessoa nos ultrapassa em um aspecto qualquer, digamos, a aparência física e a beleza do corpo? Daí, pode causar em nós a rivalidade, a raiva, o despeito, a cobiça, o ciúme, e outros. E aquela inveja que queríamos no outro, passa a ser nossa!
Mas, vamos um pouco mais além: E se tal qualidade, que é o motivo de nossa vaidade, não for notada ou for tratada com desdém? Aí então, fazemos pior, passamos a atribuir e sentir pelo outro, todos esses sentimentos negativos que sentimos, quando o objeto de nossa vaidade não recebe a devida valorização.
E quanto a vaidade, aquela que segundo o filme é o pecado favorito do Diabo, o que fazer para desfaze lá? Para se combater a vaidade trabalha se a simplicidade. Com a simplicidade você não é notado, não se destaca, torna se invisível. E seus caminhos se abrem, pois não existirão pessoas para interromperem sua caminhada, pois você será como uma pequena pedra pelo caminho.
Para finalizar e demonstrar todo o estrago que a vaidade exacerbada pode provocar, me permito aqui parafrasear Caetano Veloso, que em uma de suas inúmeras canções disse: “ NARCISO ACHA FEIO TUDO AQUILO QUE NÃO É ESPELHO.”

12/09/2020

REFLEXÃO 37
Imagine que você está fazendo uma caminhada em uma linda trilha de uma amanhã ensolarada. Quando, de repente, você se depara com um urso. Imediatamente seu coração dispara, seu estomago embrulha, você começa a suar e f**a gelado.
Vejamos o que acontece no nosso cérebro quando ele recebe a informação da figura que você acabou de ver: um urso! Seu cérebro inicia um processo complexo de identif**ação e reação mandando comados para diferentes partes de seu corpo, como os descritos acima, para você agir rápido para garantir a sua sobrevivência. E o interessante é que isso tudo ocorre em menos de um segundo. E o que acabou de ocorrer chama se medo.
Assim, entendemos o que são emoções. Emoções são programas de ações coordenadas pelo cérebro, elas são automáticas e não as controlamos com a nossa vontade conforme explicado pelo Dr. Antônio Damásio, neurocientista especializado em emoções e sentimentos.
Emoções estão sempre associadas a estímulos, como a situação citada, mas existem emoções que vem de ideias ou memórias, por exemplos se você pensar no seu filho ou na sua mão você imediatamente sente emoções.
Conforme o Dr. Pedro Calabrez, nossas emoções operam em uma escala que vai do positivo ao negativo. Chamamos isso de escala de valência. Emoções de valência positiva são aquelas que provocam em nós um comportamento de aproximação já os de valência negativa provocam um comportamento de afastamento. No exemplo do urso que nos gerou medo, valência negativa, somos levados a afastar da situação ou objeto. Vale ressaltar que as emoções provocam mudança em nosso comportamento.
Outra característica das emoções é que elas são inconscientes, ou seja, elas ocorrem de forma automática e fora do nosso campo de percepção. Mas então, eu não estou consciente quando eu vejo um urso na minha frente e saio correndo? De início, não! Você não tem consciência das alterações fisiológicas, como sua pupila dilatando. Agora, algumas emoções se tornam conscientes e nesse momento elas se transformam sentimentos.
Ainda fazendo referência aos estudos do Dr. Pedro Calabrez, nosso sentimento é a percepção consciente e parcial das nossas emoções. Parcial porque nem sempre as emoções se tornam conscientes.
Os sentimentos e emoções ocorrem em estruturas distintas do nosso cérebro. Os sentimentos são psicologicamente mais complexos porque eles ocorrem a nível consciente, e por exemplo, podem envolver suas memórias. Quando sentimos amor, buscamos memorias de situações que sentimos amor antes. Livros que lemos, musicas que ouvimos, cheiros etc...
Sentimentos também podem envolver ideias e planejamentos que fazemos para o futuro. Planejamos nosso futuro porque temos determinados sentimentos de medo de falta, por exemplo. Assim planejamos uma carreira, uma família e outros.
Além disso a nossa percepção de nós mesmos, nossa identidade, personalidade são influenciadas pelos nossos sentimentos.
Nossas emoções e sentimentos compõe nosso sistema afetivo.
A psicologia diz que o ser humano traz ao nascer algumas emoções básicas como o medo, a tristeza, a raiva e a alegria. Como já mencionado, nossas emoções são responsáveis pelo processo adaptativo da pessoa ao ambiente, bem como um processo adaptativo do homem aos contextos dinâmicos sociais. Com o tempo, nossas emoções evoluíram e conseguimos verif**ar, por exemplo, que as emoções primárias se combinaram e se desdobraram em uma variedade enorme de emoções, mas não podemos esquecer que as emoções existem para garantir a nossa sobrevivência que hoje incluem sistemas mais complexos de cognição, de relacionamentos intra e inter pessoais, e variadas adaptações a um ambiente complexo.
Sendo assim, nenhuma emoção é boa ou ruim, na acepção da palavra. Mas, o desequilíbrio dessas emoções pode trazer consequências indesejadas para nossa vida.
Se você pudesse, você escolheria ser ansioso, depressivo ou explosivo?
Com certeza não! O problema é que, às vezes, isso acontece inconscientemente.
O que ocorre é que o nosso lado emocional do cérebro funciona mais rapidamente do que o lado racional. Ou seja, enquanto estamos agindo no calor da emoção, nossa razão ainda está processando o fato e analisando.
A partir do momento que começamos a perceber que somos movidos principalmente pelas emoções, começamos a tomar consciência delas.
Então vejamos, como disse mestre Yoda, do filme Star Wars, “o medo leva a raiva”. E a raiva leva ao ódio, como sabemos, e o ódio leva a magoa, a magoa macula sua alma e deixa nela uma cicatriz difícil de tirar.
O ódio, pode levar a outros sentimentos que podem marcar sua personalidade por muito tempo ou por uma vida toda.
Vários são os sentimentos que se transformam em outros, alguns mudam para melhor outros para pior. A empatia, gratidão, bondade, caridade e mais alguns podem ser transformar em Amor, no AMOR verdadeiro. Da mesma forma que o orgulho, arrogância, soberba e outros podem se transformar desprezo. E daí por diante....
Mas porque chegamos até aqui? Trilhamos esse caminho, pois muitas vezes vemos as pessoas se perguntando e também perguntando a outros, como fazer para se livrar e combater determinados sentimentos e emoções que claramente são negativos e prejudiciais, no entanto insistem em nos acompanhar e são difíceis de se combater.
A resposta é simples, mas o caminho trabalhoso e muitas vezes difícil. Não se combate ao fogo com gasolina e sim com água, da mesma forma que um sentimento danoso, ou prejudicial deve ser combatido com seu oposto.
Com isso, e antes de tudo devemos ser transparentes conosco mesmo e identif**armos o sentimento que nos acompanha e nos incomoda. Depois disso devemos buscar sua origem em nós mesmos, e por fim seu oposto. Ou seja, para eliminarmos um sentimento danoso devemos trabalhar o seu oposto, e automaticamente o sentimento será diminuído em nós, desaparecer, ou não ser mais notado.
Assim, se sentirmos ciúme e isso nos incomodar, devemos compreender que a origem do ciúme é o apego ou a menos valia e assim trabalharemos o desapego e a valorização. Se for o egoísmo, trabalharemos o desapego, se for o pessimismo, usamos a confiança, o medo, a coragem, o orgulho, a humildade, a culpa, trabalhamos o perdão. Onde houver paixão, trabalha-se o amor. E onde surgir tristeza deve se trabalhar a fé e a esperança.
Desse jeito, podemos nos tornar mais produtivos para nós mesmos e mais úteis àqueles que cruzarem nosso caminho.
E quanto ao urso, acho que não devemos preocuparmos com ele, pois já fazem séculos que o homem não se encontra mais com ursos! No entanto estamos sempre nos encontrando.

Endereço

Belo Horizonte, MG

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Trato de Ideias posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com A Prática

Envie uma mensagem para Trato de Ideias:

Compartilhar

Share on Facebook Share on Twitter Share on LinkedIn
Share on Pinterest Share on Reddit Share via Email
Share on WhatsApp Share on Instagram Share on Telegram

Categoria