05/10/2021
O câncer é considerado um problema de saúde pública mundial, e por mais que a diferença seja pequena, atinge mais mulheres do que homens. O câncer de mama é o segundo no ranking mundial, atrás apenas do câncer de pulmão.
Mas, Mari! Você é psicóloga, não médica. Por qual razão vai abordar o assunto? 😅
Bem... Junto com a possibilidade do adoecimento do corpo físico, o aparelho psíquico entra em angústia. Algumas vezes o corpo físico adoece porque o psíquico não é tratado. Já dizia Lacan: "Doenças são palavras não ditas."
Claro que no caso do câncer, existem inúmeros fatores considerados favorecedores da incidência da doença, alguns hábitos de vida, consumo de alimentos, cigarro, entre vários outros que não são determinantes para "fulano ter câncer", mas podem corroborar para que isso aconteça.
A palavra câncer é inscrita na sociedade como algo terrível, que tem a ver com sofrimento, morte, dor. Algumas pessoas com certeza diante de um check-up geral ou sintoma "estranho" podem pensar: "E se for câncer?". Isso gera uma série de angústias que afetam o sujeito de várias formas. E quando o diagnóstico é mesmo esse, então? O quanto é necessário poder falar abertamente sobre isso, sobre as angústias e medos, sobre a quebra de paradigmas estabelecidos durante uma vida toda para que seja possível o enfrentamento da situação?!
Você mulher, não está sozinha! Você familiar, companheiro (a), irmã (o), amigos, não estão sozinhos.
Tanto a possibilidade quanto o diagnóstico podem causar traumas que são evitáveis ou muito menores quando recebem o devido acompanhamento, não só o corpo fisiológico, mas para a mente também.
Se eu pudesse dar algum conselho?
1° - Se informe, se toque, conheça seu corpo. Isso não é pecado, não é errado, não é passível de julgamento.
2° - Se (re) conheça como a pessoa que você é. Busque auto-conhecimento. A psicoterapia é capaz de auxiliar em muitos processos da vida, enfrentamentos, ressignif**ações.
Vamos falar sobre isso?
Marilice Minzoni
Psicóloga Clínica
CRP 12/21565