Psicóloga Mariana Bonsaver

26/05/2019

Novos cursos!

06/04/2019

Perdas são perdas e o sofrimento deve ser sempre respeitado

Mas pelo menos foi no comecinho.
Mas pelo menos não sofreu.
Mas pelo menos não deu tempo de amar.
Mas pelo menos não viveu pra sofrer.
Mas pelo menos não veio com problema.
Mas pelo menos não foi mais pra frente,
Mas pelo menos você é nova.
Mas pelo menos já faz tempo.
Mas pelo menos você está bem, eu não suportaria.
Mas pelo menos você tem outros filhos.
Mas pelo menos você pode ter outro um dia.

Não há nenhum "mas pelo menos" que faça sentido.
Perder um filho dói, seja um ab**to inicial ou tardio, seja na barriga ou já nos braços. São planos frustados, uma vida que não será vivida, os primeiros passos que não serão dados, as roupinhas que não serão usadas, um ventre vazio, um berço vazio, dois braços vazios, um amor que f**a no peito sufocado, sem ter para onde ir, uma dor que dói no peito, dói na alma, dilacera! .
Se você não sabe o que dizer a uma mãe de anjo, ofereça um abraço em silêncio ou um "eu sinto muito, estou com você", mas nunca, jamais, em hipótese alguma, minimize e desrespeite nosso luto, pois isso machuca e faz doer ainda mais!!!
Nosso luto é para sempre, não tem prazo de validade, assim como nossa dor, que não tem cura. Isso não é fraqueza, é fato! Nós, mães de anjos, somos os seres mais fortes que vocês poderiam conhecer. Nos esforçamos desde o amanhecer para sair da cama e encarar mais um dia, nos esforçamos para continuar vivendo, para ver pessoas, para trabalhar, para encarar as lembranças que vêm à mente a todo momento, ao ver outro bebê e não ter o seu em seus braços. Somos transformadas pela dor, guiadas pelo amor. .
Perder um filho dói. Vai doer para sempre!!

RESPEITE NOSSO LUTO!!

(a todas mães de ANJOS) ❤️

17/11/2018

Hoje se comemora o dia mundial da prematuridade.

Ter um bebê prematuro é ser pai e mãe antes do tempo. É ter que lidar com as perdas daquilo que era idealizado e planejado, das visitas a maternidade, daqueles 3 dias de internação e de ir para casa com o bebê. É ver aquele bebê tão pequeno, envolto em fios, tubos e cateteres. É lidar com o incerto, com o medo e com o desconhecido. É ver seu bebê ser cuidado pela equipe de saúde e sentir-se impotente. É, não é fácil....Mas, ao mesmo tempo, é ver seu bebê se desenvolvendo na sua frente, ver todas as suas conquistas. É ver que, apesar do tamanho, ele é imensamente forte. E você também é. Lidar com a prematuridade é conhecer o desconhecido todos os dias, é crescer, é desenvolver a empatia, é se superar diariamente.
Parabéns a todas as famílias que enfrentaram e enfrentam tudo isso! Vocês são gigantes!

29/01/2018

Compartilho um trecho do capítulo que escrevi para o livro "Histórias de amor na perda gestacional e neonatal", da equipe Do Luto a Luta. Tenho orgulho de fazer parte desse projeto e de poder divulgar a importância de falarmos sobre esse tipo de perda.

Queridos (as) seguidores (as)

Publicamos hoje trechos de mais um texto de uma profissional da área de Psicologia Hospitalar - Mariana Bonsaver - co-autora do nosso livro coletivo "Histórias de Amor na perda gestacional e neonatal". Mariana é psicóloga e trabalha numa maternidade, prestando atendimento em casos de perda gestacional e neonatal. em seu texto, ela nos fala como o luto a este tipo de perda também é velado e pouco discutido. E como os profissionais estão despreparados para lidar com a morte num ambiente onde a vida é esperada.

"...Quando os profissionais da saúde se deparam com uma mãe que perdeu um bebê, há
uma paralisação. Os nossos medos e angústias também vêm à tona. O que fazer? O que falar? Para nós também é difícil. Porém, como a própria palavra diz, a paralisação não nos leva para frente. Cuidar do outro é cuidar de si mesmo, é se tornar uma pessoa diferente a partir do contato com a dor. Não posso falar que sei o que esses pais sentem, pois nunca passei por essa perda e sei que a dor é individual e pessoal, mas nós profissionais também somos transformados nesse contato.
..Palavras e silêncio são cruciais nesse momento. Espero que estejamos mais preparados para lidar com esse tipo de perda, resgatando a humanidade e a empatia enquanto profissionais. Que saibamos ouvir, sem nos anteciparmos em falar clichês desnecessários, sem julgamentos, autorizando o luto muitas vezes não reconhecido, com acolhimento e carinho. Espero que possamos auxiliar esses pais a construir um novo chão, um lugar para esse filho nesse vazio, a signif**ar a história dele.
..Enquanto profissionais da saúde, devemos nos despir de nossos medos e preconceitos ao lidar com a morte. Devemos nos abrir para o compartilhamento de experiências, para o contato com os sentimentos reais expostos. É preciso estar com esses pais em nosso
conhecimento e em nossa ignorância, dividindo e aprendendo com eles. É preciso resgatar a palavra “cuidado”..."

Os exemplares impressos do livro "Histórias de Amor na perda gestacional e neonatal" estão esgotados. Nos ajude a financiar a reimpressão de novos exemplares através do link abaixo para uma vaquinha eletrônica que o grupo Do Luto à Luta está fazendo. O grupo trabalha 100% de forma voluntária a partir de doações. O dinheiro a ser arrecadado com a venda dos novos exemplares será revertido para ações de divulgação do próprio livro e outras iniciativas do grupo para ajudar mães e pais enlutados pela perda gestacional e neonatal.

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/nova-tiragem-historias-de-amor-na-perda-gestacional-e-neonatal

Caso queira adquirir a versão digital do livro, clique no outro link abaixo para comprá-lo na loja Kindle da Amazon.
https://www.amazon.com.br/gp/aw/d/B071DFH1SW/ref=mp_s_a_1_1?ie=UTF8&qid=1492558030&sr=8-1&pi=AC_SX118_SY170_QL70&keywords=historias+de+amor+na+perda+gestacional+e+neonatal

07/12/2017

Sim, os homens também podem sofrer de depressão pós-parto e precisam ser cuidados

Pais podem ter depressão pós-parto? Publicado em 7 dezembro por admin A Depressão Pós-Parto é uma condição exclusivamente materna ou pais podem sofrer dela? A psicóloga Mariana Bonsaver, da Pro Matre Paulista, esclarece a respeito do tema. De acordo com ela, os homens também estão expostos...

16/10/2017

27/09/2017

Assunto super importante. Por mais acolhimento em casos de perdas

Perder um filho é dilacerante para pais e mães. Mas famílias que perderam seus bebês --antes mesmo do nascimento ou logo após-- relatam dificuldade de encontrar espaço físico e acolhimento para viver o se