07/08/2025
Você já parou para pensar em quantas coisas fazemos automaticamente todos os dias, simplesmente porque aprendemos que era o jeito certo sem nunca questionar? Quantas portas deixamos de abrir por medo de tentar algo fora do comum? Quantas vivências cheias de cor, riso e significado perdemos porque não seguiam o roteiro previsto? E quantas conexões deixamos de viver por alguém não se encaixar no padrão que esperávamos?
É natural que, como seres humanos, busquemos certa previsibilidade. A rotina nos dá um senso de segurança, uma base onde nos apoiamos para viver. Seria exaustivo e até insustentável se cada dia fosse completamente novo e instável. Mas isso não significa que devemos permanecer presos a práticas e pensamentos que, embora tenham feito sentido em outro tempo, hoje talvez já não nos sirvam mais.
Minha intenção aqui não é sugerir uma revolução total ou abandonar tudo o que já sabemos. Mas convido você a refletir: será que o que seguimos fazendo ainda tem valor? Ainda nos alimenta por dentro? Ainda queremos isso?
Proponho algo simples e poderoso: perguntar “por quê?” não uma vez, mas três. Na primeira, a resposta costuma ser automática. Na segunda, já titubeamos. Na terceira, pode ser que o silêncio revele mais do que qualquer palavra. E então, vem a pergunta mais importante: “para quê?”. Qual o propósito disso na minha vida hoje?
Nem sempre é confortável se questionar. Pensar dói, rever dá trabalho. Mas é melhor do que despertar um dia e perceber que tudo ao redor evoluiu… menos a gente. Que a vida andou, e nós seguimos no modo repetição, refazendo velhos caminhos, cometendo os mesmos enganos.
É claro que há coisas que permanecem princípios, valores, amores verdadeiros. Mas são poucas. E justamente por serem poucas, são preciosas.