04/12/2025
O que começa com um “você tá exagerando”, “se acalma”, “você é muito histérica” raramente f**a só nisso.
A misoginia cotidiana não mora apenas nos grandes crimes que viram manchete, ela se instala primeiro nos pequenos gestos de deslegitimação, nos silenciamentos, no gaslighting que diz que a mulher sente “demais” ou entende “de menos”.
Em Falo, a Carne Doce faz aquilo que tantas mulheres já fizeram na vida real: fala com um homem que invalida, que distorce, que tenta reduzir sua voz a um ruído incômodo.
Mas ali, na ironia da letra, aparece algo sério:
o mesmo homem que chama uma mulher de histérica é o homem que sustenta a cultura que permite o feminicídio.
Porque o feminicídio não nasce do nada.
Ele nasce desse caldo.
Dessa estrutura.
Desses discursos que parecem pequenos, mas que organizam o mundo a favor da violência.
Esse post é para que principalmente homens vejam e quero mais que se incomodem.
Porque o feminicídio é um problema de toda uma sociedade mas principalmente dos homens, um problema que só muda quando eles olham para aquilo que preferem não ver.