18/11/2025
Quando o TDAH está mais regulado, muitas pessoas conseguem acessar o melhor delas.
Mais empatia, mais humor, mais expressão autêntica, mais capacidade de se conectar e de colocar energia onde importa.
Quando está desregulado, o cenário muda.
Atenção dispersa, alimentação caótica, fala impulsiva, dificuldade de ouvir.
Não é porque a pessoa “não liga” ou “não quer se controlar”.
É porque o sistema inteiro está sobrecarregado: sono, rotina, emoções, estímulos, demandas.
O problema é que, visto de fora, o mundo costuma interpretar assim:
No dia regulado, “olha como você é capaz, é só querer”.
No dia desregulado, “preguiçoso, sem foco, dramático, desorganizado”.
E isso alimenta exatamente o que mais desregula: culpa, vergonha, autocrítica.
Em vez de perguntar “por que você não tenta mais?”, a pergunta mais útil é “O que está te desregulando agora?”.
Sono, estresse, cobrança, falta de pausa, medicação irregular, ambiente caótico, excesso de estímulos, tudo isso pesa.
Você não é menos TDAH num dia bom.
Nem mais “defeituoso” num dia ruim.
É o mesmo cérebro, respondendo a contextos diferentes.