31/05/2023
A origem da doença ainda é pouco conhecida, pois envolve fatores genéticos e ambientais.
É comum que a doença se manifeste em adultos jovens, dos 20 aos 50 anos de idade, com pico aos 30 anos. A Esclerose Múltipla é duas vezes mais comum em mulheres e apresenta menor incidência na população afrodescendente, oriental e indígena.
Segundo o Ministério da Saúde, a predominância da doença aumenta conforme a latitude, tanto ao norte quanto ao sul da linha do Equador, sendo mais alta na Europa e América do Norte e mais baixa na região da África Subsaariana e na Asia Oriental. No Brasil, assim como no mundo a prevalência varia de acordo com a região, sendo menor no Nordeste – 1,36 por 100.000 habitantes e maior na região Sul – 27,2 por 100.000 habitantes.
Na maior parte das vezes, a doença se manifesta através de surtos ou ataques agudos, entrando em remissão de forma espontânea ou com uso de medicação.
O diagnóstico de Esclerose Múltipla é complexo, pois não existe um teste diagnóstico especifico da doença. Atualmente, os critérios de McDonald são mais utilizados. O diagnóstico é baseado em dois ou mais episódios sintomáticos, que devem durar mais de 24 horas e ocorrer separadamente por um período de no mínimo um mês. Exames laboratoriais de radiológicos, principalmente a ressonância magnética, juntos com as evidencias clinicas, ser essenciais para o diagnóstico.
De acordo com os critérios de McDonald, é considerado um surto todo evento reportado pelo paciente que seja típico de um evento inflamatório desmielinizante agudo de duração de 24 horas com ausência de febre ou infecção. Relatos de sintomas paroxístico (histórico ou recorrentes) deve consistir em múltiplos episódios com ocorrência superior a 24 horas. O diagnóstico deve ser feito baseado nos critérios de McDonald de 2017 (mais recente), de acordo com esses critérios, não há necessidade de exames adicionais se o paciente apresentar dois ou mais surtos, porém, qualquer diagnóstico de Esclerose Múltipla pode contar com exames de neuroimagem (ressonância magnética).
Fonte: Ministério da Saúde