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💛 Setembro Amarelo e o poder da música para a saúde mentalA música faz parte da nossa vida em todos os momentos — mas vo...
19/09/2025

💛 Setembro Amarelo e o poder da música para a saúde mental

A música faz parte da nossa vida em todos os momentos — mas você sabia que ela também pode ser uma aliada no tratamento de doenças neurológicas e no cuidado da saúde mental? Pesquisas mostram que músicas calmas reduzem a ansiedade, aliviam sintomas de depressão e até aceleram a recuperação em casos de AVC, Parkinson e Alzheimer.

No Setembro Amarelo, essa força ganha ainda mais sentido, reforçando o papel da música no suporte emocional e na prevenção do suicídio.

Nosso diretor clínico, Dr. Ricardo Afonso Teixeira, participou de uma reportagem especial da Rádio Senado, onde falou sobre o impacto da música e da musicoterapia no bem-estar e na neurologia.

👉 No portal do ICB você pode ouvir o áudio completo da entrevista e conferir a matéria na íntegra publicada pela Rádio Senado. Acesse: [link do ICB]

Se a crise da meia idade acabou, algo pior tomou o seu lugar.Pesquisa aponta que a crise da meia-idade, considerada uma ...
16/09/2025

Se a crise da meia idade acabou, algo pior tomou o seu lugar.

Pesquisa aponta que a crise da meia-idade, considerada uma entidade da psicologia humana de alcance universal, agora não existe mais. Desde 2008, tínhamos evidências que na juventude e na velhice apresentávamos os maiores índices de satisfação com a vida e felicidade passando pela meia-idade com índices menores. O que essa nova pesquisa nos traz é que esse declínio na meia-idade foi substituído por uma redução da satisfação ainda na juventude com incrementos progressivos ao longo da vida.

A análise foi feita inicialmente nos Estados Unidos e Reino Unido e depois estendida a outros 42 países envolvendo o período entre 1993 a 2025. Mais de doze milhões de pessoas participaram do estudo com seus perfis de saúde mental. 

São várias as possíveis razões para uma maior concentração de insatisfação com a vida na juventude. Entre elas os autores elencam a redução do mercado de trabalho para jovens, desafios para a saúde mental com a pandemia de COVID-19, menor disponibilidade de serviços de saúde mental, e aumento do uso das mídias sociais.

O estudo foi publicado na última semana pela revista PLOS Mental Health.

* Extraído da coluna semanal Neurônios em Dia, parceria entre o Instituto do Cérebro de Brasília e o Correio Braziliense. Confira mais sobre esse assunto e outros conteúdos acessando nosso site (link na bio): http://www.icbneuro.com.br

O altruísmo pode reduzir o risco de doenças e aumentar a  Ricardo Afonso Teixeira*Além de terem uma maior sobrevida, as ...
11/09/2025

O altruísmo pode reduzir o risco de doenças e aumentar a

Ricardo Afonso Teixeira*

Além de terem uma maior sobrevida, as pessoas que se dedicam a trabalhos têm a percepção de terem um melhor estado físico e psicológico. A literatura médica ainda aponta que há uma associação com menor risco de depressão e demência.

Mas quais seriam os mecanismos que explicariam a promoção de todos esses efeitos benéficos do ? Incremento das interações sociais é uma possibilidade. Além disso, o voluntariado é capaz de aumentar a motivação e promover uma sensação mais profunda de sentido na vida. Quando a motivação é para ajudar o outro, vive-se o sentimento de dedicação a algo maior do que a si próprio. Quando um é orientado pelo , este tem maior chance de apresentar um melhor equilíbrio psicossocial.

Toda forma de voluntariado é legítima, mas quando a razão é focada em interesses próprios, a chance de frustração é maior, com uma expectativa de retorno que não é alcançada. Além disso, alguns tipos de voluntariado com alto de grau de andam na contramão do equilíbrio mental e da saúde como um todo.

* Extraído da coluna semanal Neurônios em Dia, parceria entre o Instituto do Cérebro de Brasília e o Correio Braziliense. Confira mais sobre esse assunto e outros conteúdos acessando nosso site (link na bio): http://www.icbneuro.com.br

🧠 Alzheimer ainda é um tema cercado de mitos e informações equivocadas – e isso pode atrasar diagnósticos, prejudicar o ...
02/09/2025

🧠 Alzheimer ainda é um tema cercado de mitos e informações equivocadas – e isso pode atrasar diagnósticos, prejudicar o tratamento e impactar pacientes, familiares e cuidadores.

Em entrevista, o neurologista Dr. Ricardo Teixeira, diretor do Instituto do Cérebro de Brasília (ICB), participou de uma matéria especial do portal que esclarece os 8 principais mitos sobre o Alzheimer que incomodam os especialistas.

✔️ O artigo aborda desde falsas crenças sobre tratamentos e exames até a ideia equivocada de que perda de memória é “normal” do envelhecimento.
✔️ Traz também a importância do precoce e do cuidado multidisciplinar para garantir qualidade de vida.

Exemplo de mitos que você vai desvendar:

"Perda de memória é normal do envelhecimento."

"O canabidiol cura o Alzheimer."

"Uma pessoa sozinha consegue cuidar de um familiar com ."

Ficou curioso? 👉 Confira a lista completa em nossa seção de notícias: icbneuro.com.br (link na bio), e descubra a verdade sobre esses e outros mitos!

E agora mais esta: psicoterapia pela inteligência artificial. Isso é ef**az e seguro?Nos últimos meses ouvi alguns relat...
01/09/2025

E agora mais esta: psicoterapia pela inteligência artificial. Isso é ef**az e seguro?

Nos últimos meses ouvi alguns relatos de pessoas que procuraram o ChatGPT como se fosse um psicoterapeuta. A maioria revelou uma experiência positiva o que não é surpreendente. Riscos? A plataforma pode ter o viés de validar e reforçar ações negativas do usuário. Ela não julga e não coloca o dedo na ferida. Além disso, elas não têm nenhuma obrigação legal de proteger os dados.

Eficácia? O Therabot, um software de inteligência artificial desenvolvido especif**amente para apoio psicológico pela Universidade de Dartmouth, nos EUA, teve os resultados de uma intervenção por 8 semanas publicados este ano no prestigiado New England Journal of Medicine. Os achados pioneiros foram considerados comparáveis aos resultados da psicoterapia cognitivo comportamental. Pacientes com transtorno depressivo melhoraram em 51% dos seus sintomas, aqueles com transtorno de ansiedade generalizada tiveram melhora de 31% e os com transtorno alimentar apresentaram 19% na redução de preocupação de imagem corporal e peso. Além disso, eles reportaram uma ótima aliança terapêutica com o Therabot, demonstrado pela confiança e colaboração com o software.

Esses resultados abrem horizontes para apoio psíquico para tantas pessoas que jamais conseguiriam ter acesso a um psicoterapeuta e para aqueles que precisam de um apoio imediato. Nos EUA, calcula-se que para cada psicoterapeuta existem 1600 pessoas com os diagnósticos de ansiedade e depressão.

Se o Therabot que foi desenvolvido junto a profissionais da saúde mental ainda precisa passar por validação, imagine o ChatGBT. O Therabot até acende um botão na tela para acesso a versões americanas do SAMU ou CVV (Centro de Valorização da Vida) no caso de conteúdos de alto risco, como ideação suicida.

* Extraído da coluna semanal Neurônios em Dia, parceria entre o Instituto do Cérebro de Brasília e o Correio Braziliense. Confira mais sobre esse assunto e outros conteúdos acessando nosso site (link na bio): http://www.icbneuro.com.br

Abuso verbal na infância tem o mesmo impacto na saúde mental do adulto que o abuso físicoO abuso verbal pode ser menos ó...
21/08/2025

Abuso verbal na infância tem o mesmo impacto na saúde mental do adulto que o abuso físico

O abuso verbal pode ser menos óbvio que o físico, mas seus efeitos deletérios não são menores. Esta é conclusão de um grande estudo intergeracional publicado este mês pelo prestigiado periódico British Medical Journal Open. Aqui podemos refletir se é certo mesmo o provérbio “pé de galinha não machuca pinto”.

A prevalência de abuso físico na infância tem diminuído globalmente ao mesmo tempo que o abuso verbal tem aumentado. Uma em cada seis crianças sofre de abuso físico por familiares/cuidadores enquanto uma em cada três sofre de abuso verbal. As iniciativas para prevenção de violência contra crianças têm o foco na violência física que gera maiores índices de ansiedade e depressão na vida adulta, assim como mais comportamentos de risco, violência e até aumento de doenças cardiovasculares. O presente estudo nos mostra que a violência verbal traz repercussões mentais negativas na idade adulta da mesma magnitude que a violência física.

É bem demonstrado que os maus tratos na infância podem culminar também em alterações estruturais no cérebro adulto. Aqui quando falamos em maus tratos devemos incluir abuso físico, violência verbal, abuso sexual, negligência física, negligência emocional e presenciar atos de violência contra irmãos. Adultos ou adolescentes que apontam um maior índice de maus tratos na infância têm a redução do volume da sustância cinzenta e da integridade da substância branca em diferentes áreas do cérebro, áreas responsáveis pelas emoções e cognição.

* Extraído da coluna semanal Neurônios em Dia, parceria entre o Instituto do Cérebro de Brasília e o Correio Braziliense. Confira mais sobre esse assunto e outros conteúdos

💡 Não há criatividade sem ócio No marco dos 30 anos do conceito de “Ócio Criativo”, criado pelo sociólogo Domenico De Ma...
18/08/2025

💡 Não há criatividade sem ócio

No marco dos 30 anos do conceito de “Ócio Criativo”, criado pelo sociólogo Domenico De Masi, o tema ganha ainda mais relevância diante do aumento de casos de ansiedade e burnout. A ideia vai muito além de “não fazer nada”: trata-se do equilíbrio entre trabalho, estudo e lazer, no qual pausas e momentos de descanso são essenciais para manter a mente saudável e impulsionar a criatividade.

Na matéria publicada pelo Revista Gama no portal , o  Dr. Ricardo Teixeira, diretor clínico do Instituto do Cérebro de Brasília, destaca como pausas regulares, até para um simples chimarrão, podem “turbinar” o funcionamento cerebral, destravar ideias e proteger contra o estresse excessivo.

🌐 Confira mais detalhes sobre o artigo em no nosso site (link na bio): www.icbneuro.com.br

Conteúdos digitais podem deixar o cérebro das crianças menos eficientes.Imagine um estudo que compara o efeito que difer...
14/08/2025

Conteúdos digitais podem deixar o cérebro das crianças menos eficientes.

Imagine um estudo que compara o efeito que diferentes conteúdos na tela podem ter sobre o cérebro de crianças. Dividiram as crianças de quatro anos de idade em três grupos. O primeiro assistiu a um vídeo de nove minutos do popular Bob Esponja, cartoon com ritmo acelerado em que a mudança completa da cena acontecia em média a cada onze segundos (exemplo: cena na piscina passando para cena no quarto). O segundo grupo assistiu ao cartoon Caillou, com a mesma duração, mas que tem um ritmo mais lento, com mudanças de cena em média a cada 34 segundos. Um terceiro grupo passou os mesmos nove minutos numa atividade de desenho livre com giz de cera e canetinhas.

Imediatamente após o término das atividades, as crianças foram submetidas a uma testagem de habilidades cognitivas que envolviam funções executivas como a atenção, controle da impulsividade e capacidade de resolução de problemas. Os resultados apontaram que as crianças que assistiram ao Bob Esponja tiveram um pior desempenho nos te**es do que os demais grupos. Aquelas que assistiram ao vídeo mais pausado tiveram uma performance semelhante àquelas que f**aram desenhando.

Uma hipótese para explicar essa maior dificuldade executiva após uma experiência de rápida sucessão de eventos é que o cérebro disponibiliza muitos recursos para sua decodif**ação e f**a relativamente desfalcado por um período. O estudo deixa várias perguntas no ar. Esses efeitos persistem por quanto tempo? Será que são mesmo transitórios? Será que crianças mais velhas são influenciadas da mesma maneira por esses cartoons acelerados? O estúdio de animação Nickelodeon que transmite o Bob Esponja defende que o cartoon é destinado a crianças de 6 a 11 anos.

* Extraído da coluna semanal Neurônios em Dia, parceria entre o Instituto do Cérebro de Brasília e o Correio Braziliense. Confira mais sobre esse assunto e outros conteúdos acessando nosso site (link na bio): http://www.icbneuro.com.br

Enxaqueca: medicina alternativa/complementar é aliada do tratamento convencional O tratamento da   tem dois alvos princi...
12/08/2025

Enxaqueca: medicina alternativa/complementar é aliada do tratamento convencional 

O tratamento da tem dois alvos principais. O primeiro é o controle da crise de dor com medicações sintomáticas e o outro é o tratamento profilático com medicações que modularão os neurotransmissores para reduzir a frequência e intensidade das crises.

Uma boa parte das pessoas que sofre de enxaqueca dá preferência a tratamentos não farmacológicos, muitas vezes por serem mais congruentes com seus valores, crenças e orientações filosóf**as. Além disso, podem representar uma ótima opção em situações específ**as como na gravidez ou em casos de intolerância, contraindicação ou ausência de resposta aos medicamentos habituais. Alguns estudos avaliaram a combinação da medicação profilática com intervenções não medicamentosas e o resultado foi melhor do que o tratamento apenas com a medicação. Entre os tratamentos ditos não convencionais, os que tiveram melhores resultados em pesquisas científ**as foram alguns fitoterápicos, acupuntura, e as “mente-corpo”, estas têm , e técnicas de relaxamento como exemplos. 

O processo de provocar a manifestação do paciente quanto às suas expectativas no tratamento, crenças e preferências, faz com que a relação médico-paciente tome um corpo mais forte. Muitas dessas terapias têm forte comprovação científ**a, como é o caso da , no caso da enxaqueca, e o médico deve sim transmitir esses detalhes ao paciente. Medicina alternativa/complementar com evidências científ**as pode andar de mãos dadas com a medicina convencional, e a essa abordagem mais plural foi dado o nome de Medicina Integrativa. Então essa é a do futuro? Não. Essa é a melhor medicina de qualquer tempo: do passado, do presente e do futuro.

* Extraído da coluna semanal Neurônios em Dia, parceria entre o Instituto do Cérebro de Brasília e o Correio Braziliense. Confira mais sobre esse assunto e outros conteúdos acessando nosso site (link na bio): http://www.icbneuro.com.br

Divagar os pensamentos durante uma tarefa simples pode até facilitar“Deve existir algo para estimular sua imaginação, su...
06/08/2025

Divagar os pensamentos durante uma tarefa simples pode até facilitar

“Deve existir algo para estimular sua imaginação, sua determinação e convicção. Sua realidade é muito limitada. Prefiro viver em um estado de sonho acordado. Um sonho acordado perpétuo” – no documentário Carlos, 2023.

Você está lavando a louça, no piloto automático, e a mente começa a vaguear, o pensamento foi para sua próxima viagem de férias. Para tarefas pouco complexas, manter o pensamento em outro lugar pode fazer o trabalho f**ar mais ágil porque nesse estado o cérebro consegue processar detalhes que f**am escondidos nas entrelinhas. É um estado semiacordado com aumento do contingente de ondas lentas características do sono profundo e que são crucias para a consolidação da memória.

Isso tudo nos faz pensar que um cérebro com boa atenção e processamento rápido é importante, mas as fugidinhas do pensamento podem também ser muito interessantes, especialmente para a criação e consolidação da memória. E o que seria do nosso equilíbrio mental sem boas doses de fantasia? Isso me fez lembrar de outro documentário, este de Kleber Mendonça, Retratos Fantasmas. Após mostrar a substituição dos cinemas de rua do Recife por farmácias e igrejas, o motorista de aplicativo nas cenas finais fala a Kleber, seu passageiro, que ele tem um superpoder de se tornar invisível e o documentário termina com o carro andando sem ninguém ao volante. Tiraram do cidadão o convívio diário com os cartazes dos filmes fantásticos no centro da cidade e seu aparelho psíquico logo se incumbiu de repor a dose de fantasia. Não tem mais King Kong, Tubarão, mas tem homem invisível.

* Extraído da coluna semanal Neurônios em Dia, parceria entre o Instituto do Cérebro de Brasília e o Correio Braziliense. Confira mais sobre esse assunto e outros conteúdos acessando nosso site (link na bio): http://www.icbneuro.com.br

A   poderá deixar nosso cérebro mais preguiçoso?Um estudo do MIT divulgado recentemente, ainda sem avaliação dos pares, ...
30/07/2025

A poderá deixar nosso cérebro mais preguiçoso?

Um estudo do MIT divulgado recentemente, ainda sem avaliação dos pares, mas com grande repercussão na mídia, analisou o desempenho de estudantes e seus sinais eletrencefalográficos enquanto faziam uma redação com ou sem o ChatGPT. A inteligência artificial (IA) reduziu o engajamento dos estudantes fazendo com que eles tivessem menor capacidade de falar sobre o que escreveram. Linguistas que avaliaram as redações em que o foi usado classif**aram os textos como privados de alma. Além disso, os sinais eletrencefalográficos dos que usaram a ferramenta eram menos robustos, refletindo uma menor conexão entre as diferentes regiões do .

O estudo está longe de ser definitivo, com número limitado de participantes e com resultados que permitem diferentes interpretações. Sem alarde até que tenhamos dados de repercussões do uso da inteligência artificial no médio e longo prazo. Acredito que muito provavelmente teremos demonstrações de discretos prejuízos no desempenho cognitivo dos seus usuários, mas a tese de que os benefícios serão maiores me parece bem plausível.

Sócrates alertou de que a escrita comprometeria a memória, no século passado houve grande preocupação de que calculadora viria a atrapalhar nossas habilidades matemáticas simples, mais recentemente o google foi colocado sob suspeita de provocar restrição da nossa memória e agora temos a insegurança de como o cérebro será influenciado pela . Sigo acompanhando com o norte do psicólogo educacional dinamarquês Guido Makransky que defende que a IA será ótima para guiar os estudantes a ampliar suas perguntas reflexivas e não para dar-lhes as respostas.

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Ver estrelas durante o orgasmo pode não ser só uma figura de linguagem.Algumas pessoas relatam visões coloridas, em padr...
11/07/2025

Ver estrelas durante o orgasmo pode não ser só uma figura de linguagem.

Algumas pessoas relatam visões coloridas, em padrões ou com apresentação caótica, por vezes até cenas, na proximidade do orgasmo, durante o clímax e até no período imediato de recuperação após o orgasmo. A isso se dá o nome de sinestesia sexual, um tipo aparentemente incomum de sinestesia que tem chamado a atenção dos cientistas nos últimos anos, apesar de ter sido descrito ainda na década de 1970.

Sinestesia é uma condição que afeta cerca 4% da população e é reconhecida como um fenômeno de circuitos sensoriais cruzados. A leitura de uma determinada letra ou número, por exemplo, pode ativar a percepção de uma cor. Outra forma que não é rara são determinados sons que evocam experiências de cores.

Ainda temos poucos estudos explorando a sinestesia sexual, mas os relatos já nos mostram que ela é mais comum com parceiros habituais em que existe uma relação de confiança e raramente ocorre no s**o casual ou na masturbação. Quase todos têm uma relação positiva com o fenômeno e dizem que a experiência sexual f**a mais rica. Alguns têm a percepção visual associada a sons e relatam receio de ser uma manifestação de um quadro psiquiátrico como a esquizofrenia. É muito frequente também a percepção distorcida de um estímulo sensorial fora da atividade sexual. Um exemplo é a síndrome de Alice no País das Maravilhas em que a pessoa percebe as coisas maiores ou menores do que realmente são. Esses pontos foram extraídos da tese de doutorado de Cathy Lebeau da Universidade de Quebec, no Canadá, em que entrevistou 16 pessoas com sinestesia sexual e que foi descrita na última semana por Kate Evans na revista Scientific American.

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