01/12/2025
Às vezes a vida nos atravessa com tanta força que parece até debochar da nossa tentativa de controle. É o caos do cotidiano, as pequenas e grandes vicissitudes que vão se empilhando, bagunçando nossos planos, testando nossa paciência, virando tudo de cabeça para baixo como se quisessem provar um ponto.
E, ainda assim, existe um instante, quase sempre inesperado, em que a gente solta um riso. Um riso que não nega a dor, não disfarça o cansaço, não apaga a dificuldade. Ele apenas nos lembra que, apesar de tudo, ainda estamos aqui.
Achar graça em meio ao caos não é romantizar o sofrimento, nem fingir que está tudo bem quando não está. É reconhecer que há uma espécie de sabedoria silenciosa nesse gesto: quando rimos, mesmo que por um segundo, deixamos de ser engolidos pela situação e retomamos um pouco do nosso próprio eixo. É como se disséssemos para a vida: eu te vejo, eu entendo o jogo, mas não vou me perder de mim.
E talvez seja esse o segredo das travessias mais profundas: a capacidade de manter uma fresta aberta para o leve, mesmo quando tudo pesa. Porque o riso, nesses dias turbulentos, vira um tipo de resistência. Uma brecha de respiro.
Uma lembrança de que nada é tão absoluto assim, que nenhum caos é eterno, que dentro de nós existe algo que continua criando sentido, mesmo quando o mundo parece sem sentido nenhum.
A graça que aparece no meio do caos é a prova de que seguimos vivos, e lúcidos. É a vida dizendo que, apesar de imprevisível, difícil e, às vezes, profundamente caótica, ainda há motivos para continuar, para não endurecer, para não perder o nosso próprio jeito de existir. É a alma sussurrando que ainda dá para iluminar, mesmo nos dias nublados.
Vamos sorrir!!
Meu carinho, meu afeto. Ana Matos 💜
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