05/11/2025
“Eu queria muito conseguir me dar bem com a minha família… mas é mais forte do que eu.”
Essa frase, dita com culpa, aparece muito nas sessões.
Nem sempre o afastamento acontece por conta de algo visível, escancarado.
Às vezes, é uma sensação interna de incômodo, de esforço excessivo, de peso.
A psicanálise nos ajuda a entender que a forma como fomos olhados, ou não olhados, impacta diretamente no quanto conseguimos estar inteiros nos vínculos hoje.
Muita gente cresceu sem espaço pra expressar sua subjetividade. Sem escuta. Sem acolhimento real.
E aprendeu a se moldar, silenciar, agradar, para manter o “amor” funcionando.
Com o tempo, esse funcionamento começa a doer.
Você sente que precisa se podar, se esconder, se distanciar da sua própria verdade para caber ali.
E aí, estar junto deixa de ser vínculo. Vira sobrevivência.
O afastamento, nesse caso, não é egoísmo.
É um ato de preservação psíquica.
A terapia vem pra te ajudar a entender por que aquilo te atinge como te atinge. E, principalmente, o que você quer fazer com isso.
Às vezes, dá pra ressignificar.
Às vezes, é preciso colocar limites claros.
E às vezes, sim, é preciso se afastar.
Mas o mais importante: que esse movimento parta de um lugar consciente. E não mais do automático da dor.
Se esse conteúdo te tocou, aqui é um espaço seguro pra continuar essa conversa.
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