Neurologista em Brasília, Dr. Heitor Felipe Lima

22/11/2025

Em entrevistas recentes concedidas sobre dislexia, tenho reforçado um ponto importante na quebra de paradigmas e preconceitos em relação ao tema, que o transtorno não está ligado à falta de inteligência, e sim a uma forma diferente de o cérebro processar sons e símbolos.

Muitas vezes, os primeiros sinais aparecem ainda na infância, quando a criança encontra dificuldade para reconhecer letras ou confunde sons semelhantes.

A identificação precoce faz grande diferença, já que intervenções específicas, estratégias pedagógicas adaptadas e o uso de recursos tecnológicos podem transformar o processo de aprendizagem.

Também é importante lembrar que muitos pacientes desenvolvem habilidades criativas e um raciocínio visual muito forte.

Te convido a conferir os cinco pontos essenciais sobre dislexia, presente na matéria completa. O link estará nos stories.

07/11/2025

Em entrevistas concedidas recentemente, tive a oportunidade de falar sobre como a epilepsia pode se manifestar de formas muito diferentes, nem sempre com crises visíveis. Em alguns casos, o cérebro “sorri, treme ou silencia” por alguns segundos, revelando atividades elétricas anormais que passam despercebidas por quem está ao redor.

É importante notar que a epilepsia não é uma doença única, mas um grupo de condições com causas diversas, como: genéticas, estruturais, infecciosas ou metabólicas. O diagnóstico exige atenção clínica, exames como o eletroencefalograma e a ressonância magnética, além de uma escuta cuidadosa sobre o que o paciente e a família observam no dia a dia.

Falar sobre epilepsia é também falar sobre empatia e informação. Quanto mais entendemos suas manifestações, menos espaço deixamos para o estigma e mais chances temos de promover diagnóstico precoce, tratamento eficaz e qualidade de vida.

O link com a íntegra da matéria estará nos stories.



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28/10/2025

Cuidar de alguém com demência é um ato de amor, mas também de grande entrega emocional.

Lidar diariamente com a perda progressiva de memória, de autonomia e, em muitos casos, de reconhecimento da própria identidade é algo que exige paciência, resiliência e um tipo de presença que vai além do físico. O cuidador se torna a ponte entre o que a pessoa foi e o que ainda é possível preservar dos afetos, gestos, olhares, pequenas rotinas.

Mas esse papel, embora nobre, pode ser profundamente desgastante. O cansaço emocional, o isolamento social e a sobrecarga são experiências comuns entre cuidadores familiares, que muitas vezes se sentem culpados por sentir exaustão.

É fundamental compreender que o cuidado não deve ser um caminho solitário: buscar apoio psicológico, dividir tarefas e ter momentos de descanso são atitudes de autocuidado, não de egoísmo.

Cuidar bem de alguém exige estar bem. A empatia precisa valer para todos os lados, inclusive para quem cuida.

22/10/2025

Foi recebida com bastante euforia e ampla divulgação na mídia e na comunidade médica a informação sobre um novo medicamento para Alzheimer, aprovado pela Anvisa, chamado donanemabe (Kisunla). Trata-se de um anticorpo monoclonal que trabalha diretamente sobre as placas de proteína beta-amiloide, que se liga a esses acúmulos no cérebro e ajuda a removê-los, com o objetivo de desacelerar o progresso da doença.

O tratamento é indicado para fases iniciais da doença, com comprometimento cognitivo leve ou demência leve, desde que confirmada a presença da patologia amiloide por meio de exames específicos. O tratamento consiste na administração, nos primeiros meses, de duas infusões mensais, e depois a quatro por mês, até o término do protocolo, que pode durar até 18 meses.

Os estudos de fase 3 indicaram que ele pode reduzir a carga amiloide cerebral e retardar o declínio cognitivo e funcional em pacientes elegíveis, com uma diminuição de cerca de 35% no declínio clínico em comparação ao placebo em algumas populações estudadas.

Porém, é fundamental enxergar também as nuances. O custo estimado é altíssimo (cada unidade pode variar entre R$ 5 mil e R$ 6 mil) e o tratamento completo pode custar dezenas de milhares de reais por mês, dependendo da fase do protocolo. Os efeitos adversos não são desprezíveis: há risco de edema cerebral (inchaço), micro-hemorragias, crises convulsivas e reações de infusão, especialmente em pacientes com determinadas características genéticas (como homozigotos para APOE4) ou alterações vasculares prévias.

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18/10/2025

Ser médico é viver a ciência, mas também é viver a escuta, o acolhimento e o cuidado.

Como neurologista, aprendo todos os dias com meus pacientes sobre resiliência, esperança e a complexidade da vida.

Hoje, no Dia do Médico, celebro essa escolha e parabenizo todos os colegas que compartilham dessa missão!

16/10/2025

15/10/2025

Hoje, 15 de outubro, celebramos o Dia do Médico Neurologista, data reconhecida oficialmente pela Academia Brasileira de Neurologia para homenagear os profissionais que dedicam missão, conhecimento e empatia ao cuidado do sistema nervoso.

Nesta jornada de alta complexidade, atuamos na linha fina entre sinais e doenças: deciframos dores de cabeça, desequilíbrios, crises convulsivas, distúrbios de memória, doenças de movimento e tantas outras manifestações que o cérebro, nosso órgão mais misterioso, nos apresenta.

A todos os colegas neurologistas que atravessam plantões, leem neuroimagens, estudam biomarcadores e fortalecem a neurologia no Brasil: minha admiração e gratidão. Que continuemos avançando pela ciência, pela formação contínua e por pacientes que confiam em nosso olhar.



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09/10/2025

O conteúdo não para por aqui! Estou também no YouTube, compartilhando mais conversas, entrevistas e informações sobre saúde neurológica de um jeito simples e direto.

Passa lá, se inscreve e vem comigo aprender mais! Porque se o cérebro é cheio de conexões, por que não ampliar as nossas? Te aguardo por lá, o link estará nos stories.



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02/10/2025

A toxina botulínica, mais conhecida pelo uso estético, surgiu originalmente na neurologia como uma ferramenta terapêutica.

Sua ação se dá pela inibição da liberação de acetilcolina, um neurotransmissor essencial para a contração muscular. Esse bloqueio controlado permite reduzir movimentos involuntários, aliviar a rigidez e até modular a percepção da dor em condições crônicas.

Entre as aplicações neurológicas mais consolidadas estão o tratamento da enxaqueca crônica, das distonias e da espasticidade associada a doenças como paralisia cerebral, esclerose múltipla e sequelas de AVC.

Nesses contextos, a toxina botulínica ajuda a restaurar funcionalidade, reduzir incapacidade e melhorar a qualidade de vida, sempre em associação a outras medidas de acompanhamento.

Cada paciente é único. Descubra, junto ao especialista, se esse recurso pode ser indicado para você.

18/09/2025

Grande parte do estigma em torno da epilepsia vem da falta de informação. A doença, que afeta milhões de pessoas no mundo, pode ser controlada com tratamento e não impede uma vida ativa e plena.

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas recorrentes, que acontecem devido a descargas elétricas anormais no cérebro. Essas crises podem se manifestar de diferentes formas: desde episódios discretos de ausência (quando a pessoa “desliga” por alguns segundos) até convulsões mais intensas, com movimentos involuntários.

Apesar de ser uma das doenças neurológicas mais comuns, afeta cada pessoa de maneira única. Com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível ter controle das crises e qualidade de vida na grande maioria das vezes.

Saber o que fazer diante de uma crise pode mudar tudo. Mantenha a calma, deite a pessoa de lado, afaste objetos perigosos e nunca coloque nada em sua boca. Pequenos gestos podem salvar vidas. Quanto mais falamos sobre epilepsia, menos espaço damos ao preconceito. Informação é a melhor forma de cuidado.

Salve este post e compartilhe para espalhar conhecimento. E em caso de dúvidas, procure avaliação neurológica.

09/09/2025

Na data em que celebramos o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (30 de agosto), participei de entrevistas esclarecedoras sobre essa doença que, apesar de ainda não ter cura, tem tratamento.

Nas publicações, falei sobre os sintomas, como fadiga, alterações sensoriais e cognitivas, e como o diagnóstico precoce pode mudar o curso da doença para melhor. Também foi abordada nas publicações a prevalência da Esclerose Múltipla no Brasil, que atinge cerca de 40 mil pessoas e a importância da intervenção neurológica o quanto antes.

A sua atenção a pequenos sinais pode fazer toda a diferença. Se quiser saber mais sobre as entrevistas, acesse os links nos stories.

E lembre-se: informação não cura, mas definitivamente abre caminho para o cuidado. Agende sua consulta e cuide da sua saúde com prioridade!