15/11/2025
A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre em Belém (PA) até 21 de novembro, configura não apenas um marco diplomático e ambiental, mas também um desafio multissetorial que envolve energia, transporte, urbanismo, segurança, turismo e saúde pública. Ao sediar o maior fórum global de negociação climática, que reúne chefes de Estado, representantes de governos, cientistas, organizações internacionais e membros da sociedade civil, a capital paraense ganha destaque internacional como vitrine da sustentabilidade amazônica e da transição climática justa. Ao mesmo tempo, o evento impõe exigências ambientais, logísticas, urbanas e sanitárias, e evidencia o potencial da região como fonte de soluções para as mudanças do clima e para a saúde planetária.
A combinação entre aquecimento global, chuvas intensas associadas ao El Niño, mobilidade humana e exposição a patógenos emergentes transforma a COP30 em um possível hotspot de infecções, exigindo do sistema de saúde uma resposta integrada em vigilância, biossegurança e atendimento. A infectologista Dra. Tânia Chaves, coordenadora do Comitê de Medicina de Viagem da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), destaca a importância de aplicar as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde no planejamento de eventos de grande porte.
Segundo ela, encontros dessa dimensão demandam ações coordenadas de diversos setores. A preparação envolve segurança, transporte, mobilidade e ações em saúde, com vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental. Hospitais ampliam leitos, enquanto laboratórios e centros de monitoramento em portos, aeroportos e fronteiras fortalecem a segurança sanitária. A comunicação também é estratégica, a imprensa tem papel de destaque ao informar com responsabilidade e combater a desinformação, fatores decisivos para o êxito do planejamento.
Saiba mais: https://sbmt.org.br/cop30-impoe-reforco-na-vigilancia-contra-doencas-infecciosas-em-estrangeiros-e-populacao-local/