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Centro de Fisioterapia Avançada - Cfa

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25/10/2025

Como o cérebro modula o movimento e a dor.

O cérebro planeja o movimento antes de você se mover
Antes mesmo do corpo agir, o cérebro cria um mapa motor, uma sequência organizada de quais músculos serão ativados, em qual intensidade e em qual tempo.

Esses mapas são moldados por experiência, repetição e segurança percebida. Se o cérebro entende que aquele movimento é habitual e seguro, ele libera execução fluida.

Mas se identifica risco (instabilidade, dor, medo), ajusta o padrão deixando mais rígido, diminuindo amplitude de movimento ou cria compensações.
Ou seja, mover é um ato de confiança neural.

Movimento e dor compartilham os mesmos circuitos de proteção
Quando o cérebro percebe uma região como vulnerável, aumenta a vigilância sensorial, altera padrões motores e reduz performance para evitar possível lesão.

Aqui nasce o ciclo: dor gera medo de mover, o medo gera restrição de movimento, a restrição reforça a ideia de perigo e o cérebro mantém o padrão protetivo.

Então, reabilitar é também ensinar o cérebro a confiar novamente
Ao restaurar mobilidade com segurança, melhorar controle motor e criar experiências positivas de movimento, reprogramamos o cérebro para confiar.
E quando a ameaça diminui, ele devolve fluidez e reduz a dor.

E reabilitar é exatamente isso: transformar ameaça em confiança e restabelecer a harmonia entre cérebro e corpo.

24/10/2025

Qual a relação entre ombro e cervical?

A coluna cervical oferece mobilidade, mas também serve como base de sustentação para o ombro e a escápula, através de vários músculos.

Quando há rigidez cervical ou desequilíbrio muscular, a escápula perde mobilidade.
Estando o ombro sobrecarregado, por esforço, má postura ou disfunção escapular, a cervical pode pagar o preço.

Os trapézios, elevadores da escápula e esternocleidomastoideos, formam uma verdadeira ponte muscular entre essas regiões.

É comum a dor cervical surgir como reflexo de um ombro que perdeu coordenação ou o inverso. A boa notícia é que o tratamento também pode seguir esse caminho, ou seja, ao equilibrar o ombro, muitas vezes a cervical se liberta.

O corpo age por conexões e, por serem vizinhos, o ombro e o pescoço só vivem em paz quando se movem em harmonia.

23/10/2025

Como a respiração pode aliviar dores nas costas

Respirar é mobilizar o corpo por dentro.
É o movimento mais simples e, ao mesmo tempo, o mais poderoso que temos.

O diafragma, principal músculo da respiração, se conecta diretamente à coluna lombar, costelas e vísceras.
A cada inspiração, ele cria uma sutil tração e mobilização nessas estruturas,
uma massagem interna constante que equilibra pressões, solta tensões e convida o corpo ao relaxamento.

Mas quando a respiração é curta e alta, típica de quem vive em estado de tensão,
o diafragma perde mobilidade e a lombar perde um de seus maiores aliados no controle da estabilidade e da dor.

Respirar bem é regular o sistema nervoso, ativar o parassimpático e reduzir a hiperatividade muscular reflexa que sustenta tantas lombalgias silenciosas.

Ao restaurar o padrão respiratório com o diafragma livre, costelas móveis e pelve funcional, o corpo reencontra seu ritmo natural: equilíbrio, espaço e alívio.

22/10/2025

Você sabe qual é a ligação entre tensão cervical e formigamento nas mãos?

Nem sempre o problema está onde o sintoma aparece. O formigamento nas mãos, por exemplo, pode começar no pescoço.

A região cervical é o ponto de passagem dos nervos que formam o plexo braquial, responsável por inervar ombros, braços e mãos. Quando há tensão muscular, rigidez articular ou compressão miofascial nessa região, o fluxo neural pode ser alterado.

Isso pode levar a sensações como formigamento, dormência, fraqueza ou dor irradiada que descem pelo braço, mesmo sem lesão local.

Músculos como o escaleno, peitoral menor e trapézio superior podem atuar como “gargalos” para os nervos cervicobraquiais. Encurtamentos e tensões nesses músculos podem amplificar essa compressão.

Liberar a tensão cervical, restaurar o espaço neural e reeducar a postura pode reduzir o sintoma e devolver fluidez ao movimento.

21/10/2025

Qual a conexão entre tornozelo rígido e lombar dolorida?

O corpo funciona em rede e quando um elo perde movimento, outro pode acabar pagando a conta, ou seja, caso o tornozelo esteja rígido, a lombar pode sofrer.

Durante a marcha, o tornozelo é a primeira articulação a absorver impacto, ajustar o corpo ao solo e garantir o equilíbrio dinâmico a cada passo.

Mas quando há perda de mobilidade, principalmente na dorsiflexão, o movimento que deveria acontecer no tornozelo, será compensado por outras regiões, como joelho, quadril e lombar. Essa situação leva a sobrecarga, compensação e dor.

Com o tempo, essas adaptações geram microinstabilidades, fadiga muscular e sobrecarga articular. A lombar passa a trabalhar mais para estabilizar aquilo que o tornozelo não conseguiu movimentar.

E, neste caso, restaurar a mobilidade do tornozelo é fundamental para restabelecer a estabilidade da lombar.

No corpo, quando falta movimento em um ponto, sobra esforço em outro.
E a dor, muitas vezes, é uma forma que o corpo encontra para pedir o equilíbrio.

18/10/2025

O papel da fáscia toracolombar na força e na dor.

Entre os músculos das costas, há uma estrutura essencial: a fáscia toracolombar.
Ela é mais do que um “tecido de sustentação”, é uma verdadeira rede de comunicação e força entre tronco, pelve e membros.

Essa fáscia conecta o latíssimo do dorso, glúteo máximo, eretores da espinha, transverso do abdômen e até o oblíquo interno, formando um sistema que estabiliza o tronco e integra os movimentos.

Ao correr, levantar peso ou girar o corpo, é ela quem transmite a força entre a parte superior e inferior do corpo. Mas quando perde elasticidade ou se torna rígida, o cenário muda, a força deixa de fluir, a coordenação se rompe e a dor aparece, especialmente na lombar e quadril.

A fáscia toracolombar funciona como um “colete natural” que mantém a eficiência dos movimentos. Se ela está bem hidratada, móvel e ativa, o corpo responde com potência e estabilidade. Mas quando está aderida ou tensa, transforma-se num freio silencioso da performance.

17/10/2025

Sacro, o maestro silencioso da pelve.

O sacro é o elo que dá sentido ao movimento entre a coluna e a pelve.
Apesar de parecer fixo, ele é surpreendentemente móvel, dinâmico e estável, tudo ao mesmo tempo.

A cada passo, salto ou respiração, o sacro realiza movimentos sutis, ajustando a base da coluna e equilibrando as forças entre o ilíaco e o quadril.

Graças a ele, o peso do tronco se distribui de forma eficiente, fazendo com que o assoalho pélvico, o abdômen e os glúteos trabalhem em perfeita harmonia.

Mas quando o sacro perde mobilidade ou se posiciona mal, toda a pelve desafina.
O quadril perde amplitude, a lombar compensa e o corpo responde com dor, rigidez ou desequilíbrio.

O sacro pode não se mover muito, mas é ele quem decide como o corpo se comporta.
Se o sacro não estiver “afinado”, o corpo inteiro sai do ritmo.

16/10/2025

O papel oculto do diafragma na postura.

Quando pensamos em postura, logo imaginamos coluna, abdômen e pelve, mas raramente nos lembramos do diafragma. Ele é muito mais do que um músculo da respiração, o diafragma é um centro de equilíbrio entre tórax, abdômen e pelve.

A cada inspiração, ele desce, pressuriza o tronco e dá estabilidade interna à coluna.
A cada expiração, ele sobe e coordena o retorno da musculatura profunda, como o transverso, assoalho pélvico e multífidos.

Quando ele perde mobilidade, por tensão, estresse, dor lombar ou respiração superficial, o corpo busca compensações aumentando a rigidez lombar, sobrecarregando a cervical e levando ao desequilíbrio entre as forças abdominais e paravertebrais.

Logo, isso acaba causando uma postura “travada”, menos eficiente e mais propensa à dor.

Por isso, reeducar o diafragma é otimizar o eixo do corpo. E respirar bem é organizar o movimento de dentro para fora.

15/10/2025

Você conhece a diferença entre alongar e mobilizar?

Muitos acham que alongar e mobilizar são a mesma coisa, mas não é bem assim.
Entender essa diferença muda completamente a compreensão do movimento.

Alongar é trabalhar o comprimento muscular. Você leva o músculo até seu limite elástico, mantendo a posição por alguns segundos para aumentar sua extensibilidade.

Mobilizar é diferente. Envolve movimento articular ativo, controle neuromuscular e estímulo das estruturas que cercam a articulação, cápsula, ligamentos e fáscias.
Não é sobre esticar, é sobre fazer o corpo se mover melhor.

A verdade é simples: alongar sem mobilizar é como abrir espaço sem saber usá-lo.
O corpo precisa de liberdade, mas também de direção.

14/10/2025

A importância da Cadeia Posterior para a performance.

Quando falamos em força e desempenho, muitos olhares se voltam diretamente para o abdômen ou os músculos mais visíveis.
Mas na verdade, é a cadeia posterior, dos pés à cabeça, que sustenta, estabiliza e impulsiona cada movimento.

Glúteos, isquiotibiais, paravertebrais e eretores da espinha formam um sistema integrado que absorve impactos, gera potência e mantém o corpo alinhado.

Quando essa engrenagem falha, surgem compensações, perda de eficiência e até dor. Se o glúteo estiver inibido, por exemplo, sobrecarrega o quadrado lombar.

Assim como, se os isquiotibiais estiverem encurtados alteram a mecânica da pelve e reduzem a amplitude do quadril. Além disso, panturrilhas rígidas mudam o padrão de apoio e limitam a propulsão.

Treinar toda a cadeia posterior não é só fortalecê-la, é restaurar o elo entre estabilidade e performance.

13/10/2025

✨ Hoje é um dia muito especial: o Dia do Fisioterapeuta. ✨

Aqueles que escolheram transformar vidas com as próprias mãos, guiados pelo toque, pela escuta e pelo coração.

Parabéns a todos os fisioterapeutas que seguem em constante evolução, buscando conhecimento e cultivando um olhar atento e humano.
Parabéns a esses profissionais que, através do amor pela profissão, deixam marcas que curam, inspiram e transformam.

Que possamos seguir sempre fazendo mais e melhor — com propósito, sensibilidade e amor.
Porque tudo o que é feito com amor, é bem feito. 💚

Feliz Dia do Fisioterapeuta!
Com admiração e carinho,
Célia Cursino

11/10/2025

Dor não é só fraqueza muscular, pode ser falta de coordenação também.

Nem toda dor vem da falta força. Muitas vezes, vem do movimento desorganizado de músculos que não se entendem, articulações que não se comunicam corretamente e do cérebro que se perdeu no mapa do corpo.

Quando o corpo se move sem sincronia, surgem microconflitos de controle, ou seja, o que deveria ser suave se torna tenso, o que deveria ser estável vira esforço. E isso pode causar dor.

Então, não basta apenas fortalecer, mas reeducar o corpo a se coordenar.
Treinar a força com consciência, precisão e controle.
Ou seja, é necessário prover a reorganização dos movimentos para devolver harmonia a todo o sistema.

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