Psicóloga Aline Brum

Psicóloga Aline Brum CRP 05/56057
♀️ Saúde Mental Feminina
Acolhimento para quem quer se reencontrar

Na mitologia grega, Procusto era um homem que vivia na beira da estrada e oferecia abrigo aos viajantes. Mas havia uma c...
13/10/2025

Na mitologia grega, Procusto era um homem que vivia na beira da estrada e oferecia abrigo aos viajantes. Mas havia uma condição: todos deveriam caber perfeitamente em sua cama de ferro. Se o hóspede fosse maior, ele cortava o que sobrava, se fosse menor, esticava o corpo até o tamanho do leito. Ninguém saía ileso, porque ninguém era exatamente do tamanho da cama de Procusto.

Assim também fazemos, muitas vezes, com as pessoas. Tentamos encaixá-las nas nossas medidas, nas nossas fantasias, nas imagens que criamos delas. Queremos que falem, sintam e ajam do jeito que imaginamos. E quando não cabem, nos frustramos, como se o problema fosse delas, e não da nossa cama mental estreita.

As pessoas não têm que caber nas suas expectativas. Cada um é um universo próprio, com ritmos, desejos e limites diferentes. Quando tentamos moldar o outro às nossas idealizações, deixamos de vê-lo de verdade.

As expectativas que criamos falam mais sobre nós do que sobre quem as recebe. Respeitar a individualidade é aceitar que o outro não existe para viver o nosso roteiro.

Aline Brum
Psicóloga | CRP 05/56057

Ser uma mulher adulta neurodivergente é viver entre mundos. É sentir demais, pensar demais, e ainda assim achar que nunc...
06/10/2025

Ser uma mulher adulta neurodivergente é viver entre mundos. É sentir demais, pensar demais, e ainda assim achar que nunca é o bastante para caber nas expectativas.

É passar anos tentando se encaixar, até perceber que o problema nunca foi você, e sim o molde apertado que a sociedade ofereceu.

É ser chamada de distraída, sensível, intensa, desorganizada, quando na verdade você está travando batalhas internas que ninguém vê, tentando entender como o mundo funciona e como funcionar dentro dele.

É lidar com o cansaço de mascarar comportamentos, de parecer “normal”, de esconder a confusão mental e emocional que vem de tentar sobreviver num ritmo que não foi feito pra você.

Mas também é descobrir uma força silenciosa, uma inteligência única, uma criatividade que nasce do caos.
É se olhar com mais gentileza e começar, aos poucos, a reconstruir o que o mundo tentou quebrar.

Ser mulher e ser neurodivergente é aprender a existir do seu jeito, sem pedir desculpas por isso.

Aline Brum
Psicóloga | CRP 05/56057

Desistir é muitas vezes visto como uma falha, mas do ponto de vista psicanalítico, pode ser entendido como um gesto de r...
29/09/2025

Desistir é muitas vezes visto como uma falha, mas do ponto de vista psicanalítico, pode ser entendido como um gesto de reorganização interna. Quando interrompemos algo, não estamos apenas abandonando uma ação ou meta, estamos respondendo a tensões internas, a desejos conflitantes e a limites subjetivos que emergem do inconsciente.

Há algo do inconsciente que insiste, mesmo quando a consciência tenta avançar. Desistir pode ser a manifestação de uma frustração tolerável ou de uma resistência que aponta para caminhos mais coerentes com nossa vida psíquica. Não é sobre coragem ou fraqueza, mas sobre o modo como o sujeito lida com suas próprias contradições.

O que se perde e o que se mantém ao desistir nunca é neutro. Cada abandono traz consigo um recorte de experiências, afetos e escolhas que moldam o sujeito. Observá-lo, sem julgamento, permite perceber não apenas o fim de algo, mas o deslocamento de desejos, a reorganização de modos de existir e de se relacionar consigo mesma e com o mundo.

Aline Brum
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Uma das pequenas grandes dificuldades da vida adulta é entender que as coisas passam. Na medida que nos tornamos adulto,...
22/09/2025

Uma das pequenas grandes dificuldades da vida adulta é entender que as coisas passam. Na medida que nos tornamos adulto, vemos pessoas partindo, amizades se desfazendo, a paisagem muda, a cidade muda. Nosso apego a um cenário estável, nos faz questionar a impermência das coisas. Questionar e estranhar. É um incômodo que vem de supetão diante do novo e do diferente.

Eu particularmente, sempre tive uma certa resistência a mudanças. Mas a vida me trouxe tantas delas e tantas ao mesmo tempo, que eu já me habituei (um pouco). Mas quando elas chegam são sempre um evento novo na minha alma. Aí é preciso tempo para aceitar e assentar.

A Roda da Fortuna sempre gira, queiramos acompanhá-la ou não. Estejamos prontos ou não. Às vezes, recuamos, mas nunca permanecemos os mesmos.

Como você lida com as mudanças da vida?

Aline Brum
Psicóloga | CRP 05/56057

Oi, prazer! 😊✨ Sou Aline Brum, psicóloga desde 2018 e quero te contar um pouco sobre meu trabalho. Minha trajetória me l...
15/09/2025

Oi, prazer! 😊

✨ Sou Aline Brum, psicóloga desde 2018 e quero te contar um pouco sobre meu trabalho. Minha trajetória me levou por diferentes caminhos: trabalhei com crianças e jovens autistas, atendi mulheres com câncer de mama e sempre tive como norte a escuta sensível e o acolhimento.

☀️ Hoje, em constante aprendizado, aprofundo meus estudos com pós-graduação em Psicanálise e Psicologia Junguiana, buscando unir teoria e prática para compreender de forma mais ampla as experiências que nos atravessam.

🌜 Depois dos 30 anos, vivi uma virada importante na minha vida como mulher. Passei a entender melhor meu próprio lugar no mundo, com todas as luzes e sombras que isso implica, e senti o chamado para acompanhar outras mulheres nessa jornada.

🪷 Atualmente, meu trabalho é dedicado a atender mulheres adultas que desejam se conhecer mais profundamente, cuidar da saúde emocional e encontrar caminhos para lidar com os desafios do ser feminino.

Seja bem-vinda ao meu espaço de escuta e acolhimento. 🩷

A vida acontece em ciclos. Nascimentos e despedidas, começos e finais, quedas e recomeços. No amor, na profissão, nas re...
08/09/2025

A vida acontece em ciclos. Nascimentos e despedidas, começos e finais, quedas e recomeços. No amor, na profissão, nas relações e na nossa própria história, nada é linear. Tudo pulsa, respira, se move.

Para a psicanálise, cada ciclo traz uma oportunidade de reencontro com nós mesmas: antigas feridas podem reaparecer, desejos escondidos ganham voz, novas possibilidades se abrem. O inconsciente nos convida a revisitar aquilo que ainda pede elaboração.

No corpo feminino, esse movimento é ainda mais visível. Nossos ciclos biológicos nos lembram, mês após mês, que somos feitas de chegadas e partidas internas. Sangrar, renovar, criar, descansar. Cada fase do ciclo menstrual pode revelar aspectos diferentes do nosso psiquismo: há momentos de introspecção profunda e outros de expansão e abertura para o mundo.

Quando olhamos para nós mesmas com esse cuidado, percebemos que os ciclos da vida e os ciclos do corpo não são opostos, eles se entrelaçam, dançam juntos. Entender esse ritmo pode nos ajudar a respeitar nossos tempos internos, acolher nossas pausas e dar espaço para o novo florescer. 🌷

Aline Brum
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Freud já apontava que a palavra tem um caráter de ato, capaz de deslocar e ressignificar conteúdos psíquicos. Ao escreve...
01/09/2025

Freud já apontava que a palavra tem um caráter de ato, capaz de deslocar e ressignificar conteúdos psíquicos. Ao escrever, damos forma ao que antes era apenas fluxo interno, criando espaço para que novos sentidos possam emergir.

A escrita nos convida a desacelerar e olhar para dentro. Ao colocar no papel nossos sentimentos, medos e desejos, conseguimos nos afastar um pouco deles e enxergá-los com mais clareza. É um exercício de escuta de si, um diálogo silencioso que transforma.

Quando revisitamos o que escrevemos, percebemos mudanças sutis na forma como nos narramos. A escrita se torna, então, uma ponte entre o inconsciente e a consciência, permitindo que antigos padrões sejam reconhecidos e novas possibilidades se abram.

💬 E você, já experimentou escrever para se conhecer melhor? Compartilhe nos comentários ou salve este post para lembrar de reservar um tempo para si!

Aline Brum
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A “boa menina” não ocupa espaço, não se impõe, não chora alto, não sente raiva. E talvez, você esteja cansada de ser sem...
28/08/2025

A “boa menina” não ocupa espaço, não se impõe, não chora alto, não sente raiva. E talvez, você esteja cansada de ser sempre essa mulher.

Muitas foram ensinadas, desde cedo, que precisam agradar, cuidar, se moldar, tudo isso pra garantir afeto. Mas o custo de manter esse papel o tempo todo pode ser alto demais.

💬 Você sente que precisa ser “boazinha” o tempo todo pra ser aceita?

Aline Brum
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Nem todo hobby precisa ter um “porquê”.A gente cresce ouvindo que nosso tempo deve ser sempre bem aproveitado, nesse cas...
25/08/2025

Nem todo hobby precisa ter um “porquê”.

A gente cresce ouvindo que nosso tempo deve ser sempre bem aproveitado, nesse caso, ser produtivo, gerar algo, servir a alguém. E isso também se estende ao prazer.

É por isso que tantas mulheres sentem culpa por fazer algo só porque gostam. Porque foram ensinadas a transformar o prazer em meta e o descanso em obrigação.

Mas o que alimenta a alma não precisa fazer sentido pra ninguém. Hobbies, tempo livre e prazer também são formas de existir com verdade.

💬 Qual foi a última vez que você fez algo só porque queria sem culpa?

Aline Brum
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Muitas mulheres cresceram ouvindo que precisavam ser fortes, resilientes, segurar tudo sem reclamar. E foram elogiadas p...
21/08/2025

Muitas mulheres cresceram ouvindo que precisavam ser fortes, resilientes, segurar tudo sem reclamar. E foram elogiadas por isso. Por aguentar, por não desmoronar, por “dar conta”.

Mas ninguém ensinou como sentir. Como acolher a dor. Como pedir ajuda.

Por trás da armadura, muitas vezes existe uma mulher exausta, que se acostumou a se calar, a se adaptar, a não ter tempo pra si. Não porque ela quis, mas porque nunca lhe foi permitido ser vulnerável.

Na terapia, a gente escuta essa história com respeito, porque sentir também é parte do cuidado.

💬 Você também aprendeu a não desabar?

Aline Brum
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Você sente que está sempre correndo contra o tempo?A cobrança para “ter a vida resolvida” até certa idade: casar, ser be...
18/08/2025

Você sente que está sempre correndo contra o tempo?

A cobrança para “ter a vida resolvida” até certa idade: casar, ser bem-sucedida, ter filhos, estar feliz…Pode não vir em voz alta, mas vai sendo plantada nas comparações, nas expectativas e nos olhares.

E quando você não cumpre esse cronograma invisível, parece que tem algo errado com você. Como se fosse necessário compensar o “atraso” com pressa, esforço dobrado, culpa.

Mas… e se você não estiver atrasada? E se essa corrida nem for sua?

Na psicanálise, a gente abre espaço pra questionar esses roteiros. Porque nem toda meta é desejo. Nem todo caminho que te aplaudem é realmente seu.

Você não precisa correr pra alcançar uma ideia de felicidade que não foi construída por você.

Aline Brum
Psicóloga | CRP 05/56057

Essa frase, que parece tão generosa, muitas vezes esconde uma urgência: ser amada sem precisar pedir. É como se, ao se t...
14/08/2025

Essa frase, que parece tão generosa, muitas vezes esconde uma urgência: ser amada sem precisar pedir. É como se, ao se tornar essencial, você tentasse garantir que ninguém vá embora.

Mas a verdade é que estar sempre disponível, sempre cuidando, sempre dizendo sim… tem um custo: você se apaga aos poucos e se sobrecarrega.

E no fundo, vive com medo de que, se parar de ser útil, deixem de te querer por perto. Mas você não precisa se provar o tempo todo pra merecer carinho, presença, afeto. Você também merece cuidado.

💬 Você se reconhece nesse lugar de quem cuida de todo mundo?

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