RF Psi Ricardo de Araújo Fragoso - Psicólogo
CRP: 05/61313
Formação em Psicologia e Educação Física.

Chega janeiro, e com elas as férias escolares. Neste período prolongado de descanso e lazer surge uma situação: como pre...
11/01/2022

Chega janeiro, e com elas as férias escolares. Neste período prolongado de descanso e lazer surge uma situação: como preencher o tempo livre das crianças e desfrutar as tão esperadas férias com momentos de qualidade em família? Durante essa época a maioria das crianças nem quer ouvir falar em livros e cadernos escolares, no entanto é importante encontrar formas de estimular a criança a aprender fazendo programas diferentes. Podemos então planejar os dias de férias e ocupar o tempo livre das crianças com atividades bem elaboradas, transformando este período em algo pedagógico e divertido para todos da família.

Quem sabe viajar, passear por algum lugar diferente, visitar um museu, monumento, praça... O mais importante é aproveitar ao máximo o convívio familiar de forma a estreitar laços e tirar proveito da companhia de estar com os seus filhos. Existem diversos programas que se pode fazer nas férias, como inscrever as crianças em atividades artísticas, musicais, de dança, desportivas, etc. Assim, estas atividades tornam-se uma componente educativa e lúdica, de forma a desenvolver o funcionamento cognitivo da criança.

Hoje em dia a maioria das crianças e adolescentes só quer ficar no celular e o computador, práticas que empobrecem o desenvolvimento de relações construtivas. Por esses motivos, muitas crianças têm dificuldades nos relacionamentos intergrupais, estando mais viradas para a introspecção do que para a ação, o que poderá dificultar os seus relacionamentos interpessoais, sociais e comprometer o seu aproveitamento escolar.

Ocupar com qualidade o tempo livre das crianças possibilita a elas terem histórias interessantes para contar aos colegas e aos professores ao retornarem às aulas. A partilha e a troca de experiências são fundamentais para o desenvolvimento integral da criança. Acima de tudo, aproveite as férias para descansar e não se estressar!

Tem feito algo de diferente para deixar as férias de seus filhos mais produtivas?

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Imagine você realizar uma mudança de casa: tirar tudo o que tem guardado nos armários, acomodar em caixas, separar o que...
10/01/2022

Imagine você realizar uma mudança de casa: tirar tudo o que tem guardado nos armários, acomodar em caixas, separar o que é frágil, realizar o transporte, depois desfazer e organizar tudo ao chegar à sua nova casa. Essa analogia nos permite refletir como mudanças podem ser trabalhosas, trazendo-nos inseguranças, medos e traumas perante ao novo, nos transportando de um lugar de "conforto" para um outro onde ainda não possuímos sensação de domínio e segurança.

Uma das razões mais complexas que muitas das vezes nos impede de praticar mudanças é a resistência em mexer em sentimentos que há muito tempo estão esquecidos ou negligenciados. O medo de mudar pode nos paralisar diante de sentimentos e traumas que achávamos já ter superado e esquecido, mas que na verdade estavam apenas mascarados ou afastados da nossa consciência.

Durante a graduação ouvi de um prof. a seguinte frase: "ninguém pode dar uma festa com o defunto na sala”. Essa expressão vem da época em que as pessoas velavam os seus mortos em casa, com o caixão colocado no centro da sala. Depois de velado o defunto era levado para o cemitério. A moral dessa história é que precisamos ressignificar certos sentimentos dolorosos, para então podermos viver outros sentimentos. Muitas pessoas não levam os seus “defuntos” para o cemitério, elas apenas os deslocam para outros cômodos na esperança que ali sejam esquecidos, mas o cheiro da decomposição acaba se espalhando por toda a casa. Da mesma forma, quando deslocamos os nossos sentimentos traumáticos para "outros cômodos", o “cheiro” desses sentimentos acaba penetrando por nossas “narinas emotivas” e nos trazem à lembrança dores passadas. E como para carregar um caixão são necessárias ao menos 4 pessoas, é quase impossível livrar-se desse peso sozinho.

O medo de mudar, inevitavelmente, atinge a todos nós. O problema se dá quando isso torna-se irracional. Assim, uma das funções da psicoterapia é ajudar na percepção e ressignificação dos mais profundos sentimentos do paciente. Em algum momento de nossas vidas precisaremos encarar o medo da mudança, e nunca estaremos totalmente aptos para mudar.

Dessa forma, porque continuarmos a adiar o inevitável?

A Psicologia possui uma história digamos que "ingrata" com o campo educacional. Isso porque ela emerge na Educação atrav...
13/10/2021

A Psicologia possui uma história digamos que "ingrata" com o campo educacional.

Isso porque ela emerge na Educação através da Psicologia Diferencial, marcando sujeitos como diferentes e desajustados, compactuando com segregações e preconceitos. Ao longo do tempo foram criadas mazelas onde podemos considerar que, caso a Educação fosse uma pessoa, indagaria:

- Psicologia, você está no campo educacional para quê?

Após enveredar-se por discussões na Psicologia Sócio-Histórica, chegou-se ao consenso de pensar uma Psicologia Educacional-Escolar ético-politicamente comprometida com a coletividade, onde essa coletividade não ignora a heterogenidade dos alunos e das demandas apresentadas pela escola ao psicólogo, combatendo qualquer forma de exclusão ou alienação.

Ela é Educacional, quando busca agregar no campo da gestão, e é Escolar quanto atua na prática do processo de ensino-aprendizagem.

Dessa forma, podemos pensar na Psicologia Educacional-Escolar como uma ferramenta facilitadora que irá procurar englobar a comunidade escolar e também repensar as práticas cotidianas educacionais para além do viés clínico-patologizante.

Ou seja: uma Psicologia Educacional-Escolar que preze por uma leitura intercultural, onde as diferentes culturas, saberes e práticas encontram-se, trocam-se, afetam-se e transformam-se mutuamente, considerando os alunos como indivíduos ativos do seu processo de ensino-aprendizagem, e não tratando o conhecimento como algo bancário e que deve ser meramente depositado no outro.

Taí uma fala bem corriqueira que escutamos daqueles que convivem com quem está em psicoterapia, ou que os nossos analisa...
27/03/2021

Taí uma fala bem corriqueira que escutamos daqueles que convivem com quem está em psicoterapia, ou que os nossos analisandos nos trazem para a sessão: “minha mãe/pai/namorado(a)/amigo(a) agora deu para falar que eu estou mais arrogante, que eu estou mais questionador(a), que eu quero sempre debater..."

Compreender essa "chatice" ou "prepotência" irá depender de quem está avaliando. Muitas das vezes o ganho da psicoterapia pode ser, por exemplo, o aprendizado de não mais se deixar dominar, de procurar ser mais independente, de ter voz, ou seja, de posicionar-se. Sendo assim, é possível que esta mudança de comportamento por parte do analisando cause estranhamento àqueles que o rodeiam.

Vale destacar também que  em muitos dos casos algumas dessas pessoas que estejam à volta de quem realiza um processo psicoterapêutico sejam pessoas de personalidade mais dominadora, e assim fiquem frustrados por não mais poder dominar ou influenciar aquele indivíduo.

Já passou por alguma situação semelhante? Compartilhe conosco! 😉

A síndrome do ninho vazio é caracterizada pela saída do filho da casa de seus responsáveis, onde estes que possuiam uma ...
27/03/2021

A síndrome do ninho vazio é caracterizada pela saída do filho da casa de seus responsáveis, onde estes que possuiam uma vida organizada a partir da educação e da criação dos filhos começam a sentir-se sem sentido por terem passado décadas dedicando-se ao filho. Ou seja, é o sofrimento associado à perda do papel parental com a saída dos filhos de casa.

Ocorre que quando os filhos vão morar longe, mudam de país ou vão para a faculdade em outra cidade, a perda de uma dinâmica familiar apenas se constata de maneira mais clara. As vezes, o casal se suporta por causa da presença dos filhos, e quando esses filhos saem de casa os responsáveis regridem à sua vida de casal, se dando conta que faz "x" anos que eles vivem como pais. Precisando reaprender a viver como casal, nem sempre eles desejam que isso aconteça.

Então, a síndrome do ninho vazio muita das vezes é um sintoma ruim para um casal que terá agora que conviver com um filho a menos, cuidando de um outro filho que eles não prestavam muita atenção, ou cuidar de um casal que estava descuidado até agora porque o papel que viviam, a dinâmica que viviam, era apenas a dinâmica de pai e mãe. É importante salientar também a possibilidade do casal justificar as suas falências conjugais, mesmo que inconscientemente, nas demandas de um filho. Se esse filho sai de casa, logo, perde-se a justificativa.

Muita das vezes na clínica conseguimos acolher as demandas de um adolescente, eles empoderam-se, passam no vestibular,  vão trabalhar e saem de casa. E daí, não demora muito tempo e os pais separam-se. Evidencia-se, então, que muita das vezes a sobrevivência daquela família era justamente a demanda psíquica daquele adolescente.

Isso também tem que ser levado em conta quando a gente fala da síndrome do ninho vazio: a saída de um filho de casa pode terminar a única função que um casal possuía na vida.

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Uma das maiores dúvidas que cerca o trabalho do psicólogo é se nós podemos emitir atestados, e se eles podem abonar falt...
27/03/2021

Uma das maiores dúvidas que cerca o trabalho do psicólogo é se nós podemos emitir atestados, e se eles podem abonar faltas no trabalho ou na escola. Visando elucidar essa dúvida falarei aqui sobre o atestado psicológico.

O atestado psicológico é um documento que expedimos com a finalidade de afirmar sobre as condições psicológicas de quem o solicita, ou seja, atestado é o ato de um profissional ou técnico afirmar alguma coisa sobre o serviço que ele está fazendo. Deve cumprir algumas formalidades, como emissão em papel timbrado, ou ser carimbado (nome do psicólogo com o número de seu CRP), e também deverá ser assinado (em nenhuma circunstância o carimbo substitui a assinatura do psicólogo).  

E para que serve o atestado psicológico? Serve para JUSTIFICAR (atenção com essa palavra) faltas ou impedimentos, justificar aptidão para atividades específicas após a realização de avaliação psicológica e para solicitar afastamento ou dispensa.

AGORA VAMOS AO PONTO QUE MAIS CARREGA DÚVIDAS: o atestado psicológico pode ser usado para efeito de JUSTIFICATIVA de falta, e não para o abono de falta. Esse documento é reconhecido pelo CFP (Conselho Federal de Psicologia), mas não é obrigatório que as instituições o acolham, porque a lei abre esse precedente apenas para atestados médicos ou odontológicos.

Então vamos lá: se você, trabalhador/estudante, recebe um atestado psicológico, significa que o profissional alegou que você não foi ao trabalho/aula por uma razão que tem a ver com seu tratamento psicológico, e com isso a sua ausência é justificada, não necessariamente abonada. Abonar falta ou não dependerá da instituição em que você trabalha/estuda.

Como sugestão: o diálogo é sempre recomendado. Se você tem em mãos um atestado psicológico o ideal é que você converse com a sua instituição, explique o que está acontecendo, tire as suas dúvidas e busque orientar-se. Se existe um profissional da saúde, independente de qual área, atestando que você não pode trabalhar/estudar, é preciso que isso seja conversado da melhor forma possível.

Dúvidas? Comente! 😊

Adolescência: fase de medos, de angústias, de indefinições, de buscas e de descobertas. Hormônios em disparada levando o...
23/03/2021

Adolescência: fase de medos, de angústias, de indefinições, de buscas e de descobertas. Hormônios em disparada levando o corpo a passar por transformações intensas e incontroláveis. Para melhor compreensão da adolescência do presente, e para vislumbrar a adolescência do futuro, é preciso voltarmos no passado e entendermos a constituição daquilo que se tornou a adolescência e do que é ser adolescente.

Visando clarear mais o assunto colocarei de forma bem sintética uma linha do tempo sobre este assunto. Para saber mais é só arrastar para o lado.

Vamos nessa?!

No século XIX, Freud procurou tratar os indivíduos que sofriam psiquicamente para além da visão clássica da medicina tra...
23/03/2021

No século XIX, Freud procurou tratar os indivíduos que sofriam psiquicamente para além da visão clássica da medicina tradicional, ou seja, aquela que busca sanar os sintomas que se apresentam. Ele observou que seria muito mais interessante se fosse possível acessar a causa do aparecimento das dores emocionais de seus pacientes. Após estudar maneiras de acessar as memórias destes, Freud se deu conta que mesmo dispensando o uso da hipnose, por exemplo, seria possível trazer alívio psíquico a estes indivíduos através da investigação, instigação do indivíduo a falar, escuta e análise. Ficou evidente que a insistência de que o indivíduo sabia o que trazia o sofrimento a ele resultaria em encontrar o problema. Desse modo, foi criado o método de associação livre (“fale-me tudo o que vier em sua mente, qualquer coisa, sem nenhuma inibição”).

O sofrer faz parte do desenvolvimento do indivíduo. Apenas medicar ou anestesiar não dá conta das dores da alma e do sofrimento humano. O que Freud deixou como legado foi a possibilidade de se solucionar diversos males através da fala e da escuta, permitindo assim não uma cura para a dor, mas sim um tratamento para o sofrimento que é inerente do ser humano. Se o sofrer faz parte do desenvolvimento humano, e o desenvolvimento humano se dá desde a mais tenra idade até o confronto com a nossa própria morte, é possível dizer que não há cura para as dores da alma. Face a dor, nós podemos ter os mais variados destinos psíquicos possíveis. Alguns podem ser mais mortíferos, mais negativos, experiências mais duras, mais desvitalizantes, enquanto que outros destinos podem ser mais criativos e mais vitais.

Podemos pegar como exemplo a pandemia de Covid-19: durante esse período tão sofrido e angustiante, muitas pessoas utilizaram essa situação para poder estudar mais, aprimorar ou descobrir um novo talento, controlar e planejar melhor as suas finanças, ter mais tempo para cuidar de si, ficar mais tempo com a sua família, entre outras situações. Tudo irá depender de como lidaremos com os atravessamentos inevitáveis do sofrer humano.

E quanto a você? O que acha sobre o tema? Fique à vontade para comentar e interagir conosco!

A encoprese se refere à imperícia da criança de controlar a emissão f***l, e costuma ser mais comum em meninos. Essa fal...
23/03/2021

A encoprese se refere à imperícia da criança de controlar a emissão f***l, e costuma ser mais comum em meninos. Essa falta de controle é problemática quando ocorre em locais inadequados, independentemente de ser uma incapacidade voluntária ou intencional. Chamamos de encoprese retentiva quando há ocorrência de constipação (prisão de ventre), falta de eliminação e impactação f***l. Chamamos de encoprese não-retentiva quando as fezes não são retidas no intestino e ocorre diarreia.

O momento da vida em que as crianças já devem ter aprendido a controlar sua emissão f***l costuma ser por volta dos 4 anos de idade. As causas associadas à encoprese podem ter origens orgânicas, ou serem o resultado de um treinamento pouco adequado, estresse ambiental ou familiar. Por exemplo, a criança pode estar sofrendo uma angústia muito forte e a encoprese pode ser um sintoma disso. Outra característica a ser levada em consideração no diagnóstico da encoprese é se o descontrole da emissão f***l é contínuo ou descontínuo: existem crianças que nunca conseguem controlar sua evacuação, e outras que conseguem durante um período, mas depois voltam a apresentar incontinência. Isso é muito relevante, visto que as causas podem ser diferentes: se a criança nunca aprendeu a controlar, o sintoma pode ser considerado mais fisiológico, enquanto que aprender e desaprender a controlar a evacuação pode estar relacionado com fatores ambientais.

Devido à natureza do problema, a encoprese costuma impactar fortemente a autoestima e o autoconceito da criança. Também é algo muito dificultoso para os responsáveis e para toda família, o que é problemático, visto que o curso do tratamento depende do apoio que a criança receberá. É preciso focar a atenção para o que a encoprese pode estar querendo dizer, pois ela pode ser o sintoma de outra condição.

É importante que a encoprese seja diferenciada de causas orgânicas de perda f***l, ou seja, de doenças ou alterações da evacuação que possam ser as responsáveis pelo quadro. Por ter causas variadas, avaliações tanto médicas quanto psicológicas são indispensáveis. Quando nenhuma causa orgânica é encontrada, o tratamento psicológico é recomendado.

O Acompanhamento Terapêutico (AT) é uma prática clínica desenvolvida fora dos espaços tradicionais de tratamento (consul...
27/01/2021

O Acompanhamento Terapêutico (AT) é uma prática clínica desenvolvida fora dos espaços tradicionais de tratamento (consultórios) e que acontece no contexto de vida de quem é acompanhado, utilizando o cotidiano como território privilegiado para suas experiências e intervenções. É um dispositivo clínico bastante presente no processo de reabilitação psicossocial, tendo como um dos seus objetivos o resgate dos vínculos sociais, cidadania e circulação dos portadores de sofrimento mental nos diferentes espaços físicos e sociais. Surgiu como uma técnica de trabalho direcionada ao auxílio no tratamento psiquiátrico, originando-se na década de 1950, nos movimentos da Reforma Psiquiátrica da Europa e dos EUA. Dez anos depois, chegou à América Latina, via Argentina.
O AT é uma prática itinerante, onde o profissional é quem se desloca para encontrar o acompanhado (paciente). Assim, o tratamento é feito em movimento, onde os atendimentos, frutos de uma escuta clínica, se dão tanto em espaços privados como em uma residência, um quarto, uma cozinha, quanto em espaços públicos como o consultório, o banco, a igreja, etc. O objetivo é promover encontros que possibilitem o estar e o fazer junto, a fala e o compartilhamento de experiências. Vale ressaltar que muitas vezes Freud atendia seus pacientes caminhando pelos parques vienenses.
O AT tem objetivos, projetos, início e término dos trabalhos, e a questão da transferência psicanalítica como mola propulsora do trabalho, visando uma reconstrução da própria existência. Pode possuir tarefas específicas a cumprir ou a função de criá-las junto ao acompanhado, permitindo novas formas de relacionar-se com as pessoas e com os espaços, através da experimentação e expansão de seu cotidiano. 
O AT implica um corpo a corpo constante, uma disponibilidade para o encontro com outro. Esse trabalho, aparentemente tão distante do modelo encontrado em consultórios, só pode se dar a partir do momento em que leva-se em conta o lugar do desejo e da subjetividade.

"Política de avestruz" é uma expressão que se refere à tendência de ignorar perigos e problemas óbvios, fingindo que ele...
27/01/2021

"Política de avestruz" é uma expressão que se refere à tendência de ignorar perigos e problemas óbvios, fingindo que eles não existem. A expressão deriva do suposto hábito dos avestruzes enfiarem a cabeça na areia ao invés de enfrentarem o perigo.
Freud recomendava aos educadores que não seguissem essa tendência, pois seria mais nocivo do que falar a verdade nua e crua às crianças. Posteriormente a Freud, a médica pediatra e psicanalista Françoise Dolto também percebeu os efeitos terríveis que poderiam ocorrer à criança que sabia, inconscientemente, sobre a verdade dos fatos sem que nada lhe fosse dito sobre eles. Isso obrigaria a criança a supor que, se ninguém lhe dissesse nada sobre o que todos sabiam, então ela deveria calar-se ou fingir que tudo desconhecida, não fazendo senão imitar nesse sentido os adultos.
A criança está envolta com uma grande problemática que é a verdade: é preciso dizer a verdade às crianças, não caindo na tentação da “política de avestruz” de não falar ou tentar esconder algo delas por considerar que elas não compreenderão do que se trata. A criança, de certa forma, sempre sabe da verdade, e sofre porque ”sabe sem saber que sabe”, porque sabe sem ter esse saber reconhecido, ou seja, as crianças sabem, porém são diminuídas nesse saber. Assim, a psicoterapia infantil irá trabalhar visando favorecer à criança no seu trajeto em relação à enunciação da verdade.
Os pressupostos básicos que norteiam esse trabalho são:
– As crianças, incluindo bebês bem pequenos, são “pessoas”, que precisam ser vistas e escutadas.
– Os adultos devem conversar com a criança: “o silêncio provoca mais danos que a palavra”.
– A criança é um sujeito de plenos direitos, não um “objeto”.
– Uma criança nunca deve ser julgada.
– Sem coerção ou manipulação com a criança.
– Deve-se falar com franqueza com a criança, sem jamais enganá-la.

A psicoterapia não é uma conversa: é um trabalho desenvolvido pelo profissional de psicologia através da utilização de t...
27/01/2021

A psicoterapia não é uma conversa: é um trabalho desenvolvido pelo profissional de psicologia através da utilização de técnicas e procedimentos metodológicos. Assim, o trabalho psicoterapêutico possibilita aos indivíduos múltiplas oportunidades de transformações em sua vida. Por mais que um colega, familiar ou cônjuge tente ajudar e ofereça acolhimento, é totalmente diferente o indivíduo ter um momento e um espaço para falar e ser escutado de maneira imparcial por uma pessoa que estudou e se capacitou para aquilo.
Nós sabemos que falar de saúde psíquica ou saúde mental é um tabu. Constantemente observamos pelo mundo a fora pessoas que, pelo fato de não terem tratados seus traumas e questões sintomáticas, passam ao ato. Esse tabu existe porque muitas pessoas creem que falar de saúde mental é falar da fraqueza do sujeito, da loucura do sujeito, logo, elas não querem adentrar nesse assunto por receio de serem julgadas. Isso está envolto em muitos estereótipos, tais como “psicólogo é coisa de louco”, “é coisa de fraco”, além de considerarem que psicoterapia despende muito tempo e dinheiro. Quem diz isso é porque verdadeiramente não sabe o que é e como funciona uma psicoterapia.
Uma pessoa que inicia um trabalho psicoterapêutico poderá se autoconhecer melhor, amenizar ou acabar com sintomas psicossomáticos, ressignificar suas crenças, compreender melhor as suas relações, ser mais seguro, e assim cuidar da melhor maneira possível da sua saúde mental. Isso só se faz possível quando o indivíduo assume que necessita da ajuda de um profissional e firma o compromisso consigo mesmo em fazer a análise ocorrer.

Endereço

Rua Osvaldo Rui Marques, 131/Papucaia
Cachoeiras De Macacu, RJ
28695000

Horário de Funcionamento

Segunda-feira 07:00 - 22:00
Terça-feira 07:00 - 22:00
Quarta-feira 07:00 - 22:00
Quinta-feira 07:00 - 22:00
Sexta-feira 07:00 - 22:00
Sábado 08:00 - 16:00

Telefone

+5521966738909

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