30/11/2025
Pedro completa 14 anos hoje e eu fiquei olhando para ele como quem vê o tempo passear pela casa. Não faz barulho, mas muda tudo de lugar.
Pedro é um menino bom. E ser bom, hoje em dia, é quase um talento. Amigo dos amigos, querido sem esforço, desses que carregam uma luz discreta que não cansa ninguém. Meus filhos o admiram como se ele fosse uma versão adiantada da vida — e talvez seja mesmo.
Ele é meu amigo também. Companheiro de conversa, desses conselhos que a gente dá achando que o vento leva, mas que às vezes encontra vivendo dentro dele, em gestos pequenos e grandes. Isso me emociona: perceber que algumas palavras criam raiz.
Pedro, do seu jeito quieto, sempre defende o padrasto da própria mãe — coisa rara e das mais bonitas. Não faz alarde, não sobe o tom, não faz discurso. Defende como quem cuida.
É também um bom aluno, de notas firmes, desses que a gente vê estudando sem fazer cena. E eu coloco fé no seu caminho — seja ele qual for. Ao certo, daria um excelente psiquiatra ao meu lado, com essa escuta clara e esse olhar que entende antes de julgar.
Pedro tem ainda essa graça natural com as meninas e esse entendimento tranquilo com os esportes. Coisas que não se aprendem em lugar nenhum.
Hoje ele faz 14. E eu só desejo que siga o seu caminho — que é sempre de um só, ainda que a gente caminhe ao lado. Estaremos aqui, por perto, para acolher quando ele cansar e para bater palmas quando ele voar.
Feliz aniversário, Pedro.
Que a vida te seja leve como você é para o mundo.