27/05/2013
O que é “Stress” ou “Estresse”? Podemos dizer que se trata de um estado de tensão patogênico do organismo. O que em termos simples significa que nossa mente e corpo encontram-se com acumulo de tensão.
Quais as causas?
Tem-se conhecimento de algumas causas comuns aos que apresentam nível de stress acima do que se considera saudável. Isso porque a tensão ou stress se faz necessário para a realização de atividades cotidianas. Por exemplo, não poderíamos caminhar sem causar estresse/tensão aos músculos de nossa perna. Nem prestar atenção a um acontecimento sem causar estresse aos nervos oculares para acompanhar os movimentos de uma cena, etc. O primordial é saber controlar o stress de tal modo que ele não ultrapasse a nossa zona de conforto, o nosso limite de tolerância e resistência.
Retomando o assunto. Dentre as causas observáveis a que eu me referia no parágrafo anterior estão: culpas indevidas, percepções enviesadas por experiências passadas, competição, incertezas, pressa, perfeccionismo, mágoas antigas e expectativas exageradas para si e para os outros estão entre as causas mais comuns do stress. Essas características pessoais são ainda mais poderosas como fontes de stress quando a pessoa possui também vulnerabilidade física ou psicológica para se estressar.
A sensação de desgaste físico e mental, acompanhada de falhas da memória, questionamentos sobre a nossa própria competência (autodúvidas), apatia e desinteresse pelas coisas que antes davam prazer se também são sinais de que sua tensão está excessiva.
Quais os efeitos?
Quando não se consegue mais lidar com a tensão emocional, o corpo e a mente dão sinais visíveis de alerta. A memória começa a falhar, coisas pequenas e corriqueiras são esquecidas como se nunca tivessem acontecido. Não se consegue lembrar fatos, nomes ou tarefas, mesmo as mais simples. O outro sinal do corpo é acordar de manhã, após uma boa noite de sono, muito cansado.
Caso os fatores estressores se agravem ou se prolonguem se pode chegar a um nível crítico no qual uma série de doenças começa a aparecer, como: gripes, gastrite, retração de gengiva, problemas dermatológicos. Outros desenvolvem hipertensão, outros ainda têm crises de pânico, de herpes, de psoríase ou vitiligo, etc.
Não é o stress que causa essas doenças, mas ele propicia o desencadeamento daquelas para as quais a pessoa já tinha uma predisposição ou, ao reduzir a defesa imunológica, ele abre espaço para que doenças oportunistas se manifestem.
Como tratar?
Quando o stress já atingiu o nível de propiciar o aparecimento de doenças, o aconselhável é um tratamento interdisciplinar em que o médico, especialista no órgão adoentado, e o psicólogo, especialista na área do stress, se unam para melhor tratar o paciente que sofre de uma condição em que corpo e mente se mesclam em união completa.
Ninguém se recupera para sempre de um stress pronunciado somente com o tratamento medicamentoso. É fundamental descobrir a causa do problema e desenvolver estratégias de enfrentamento para lidar não só com o episódio presente mas também com futuras ameaças de stress excessivo.
A medicação pode, sim, ajudar a pessoa a se recuperar no momento, porém não a inocula, não a protege de futuras dificuldades. Quem teve uma forte crise de stress possui uma grande probabilidade de reincidência, a não ser que aprenda a: (1) entender o que o estressou, (2) reconhecer os sintomas, (3) identificar seus limites de resistência e (4) lidar com as causas.
Além das etapas mencionadas acima, o tratamento indicado no livro “O stress está dentro de você” se baseia no que designa-se de quatro pilares do controle do stress: (1) alimentação; (2) relaxamento; (3) exercícios físicos e (4) reestruturação de aspectos emocionais.
Referência: LIPP, Marilda. O estresse está dentro de você, 1999.