16/02/2021
Salve, !✊🏼
Gratíssima!
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.desacato
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Hoje completaria 116 anos. Psiquiatra alagoana, Nise foi uma das primeiras médicas brasileiras, sendo a única mulher em uma turma de 157 homens. Referência na , Nise foi , tanto no campo da como na sua atuação política, sendo presa em 1936 junto a Olga Benário e Graciliano Ramos pela polícia do Getúlio Vargas.
Nise atuou na psiquiatria na época dos métodos de eletrochoque, lobotomia, choque de insulina e de cardiazol. "Tratamentos" violentos, dolorosos, que mexem com a personalidade da pessoa e podem causar morte.
Nise se recusou a aplicar o eletrochoque. Na Terapia Ocupacional, criou um lugar onde os doentes podiam se expressar livremente. Faziam passeios e festas, e os médicos se espantavam ao ver os doentes dançando e cantando. Insipirada nos Trabalhos de C. G. , Nise buscou tratamentos através da , com ateliês de pintura, desenho e modelagem. Para ela, “a loucura está profundamente ligada ao desamor. Portanto, é preciso amor para salvar alguém da loucura.”
A médica escreveu os livros “Imagens do Inconsciente” e “Gatos: A Emoção de Lidar”. Também produziu com o cineasta Leon Hirszman a triologia “Imagens do Inconsciente”, retratando os casos de três de seus pacientes, Fernando Diniz, Adelina Gomes e Carlos Petuis. No , no Rio de Janeiro, estão expostas mais de 300 mil peças dos trabalhos artísticos de pacientes.
Hoje em dia, apesar do grande avanço da , os doentes mentais são tratados com megadoses e alojados em hospícios.
Sobre os novos tratamentos, Nise nos deixa uma mensagem: "Tanto remédio, pra quê?! Remédio é ir dançar no carnaval. Um sedativo, em dado momento, vá lá – mas entupir uma pessoa com medicação por 30 anos?... De todas as ciências, acho a medicina a mais resistente a modificações. A doença e a morte são uma das principais fontes de lucro do mundo – e os médicos fazem parte da categoria mais reacionária.” (Nise).