Dr. Alexandre Érix - Fisioterapia Especializada em Coluna e Dor

Dr. Alexandre Érix - Fisioterapia Especializada em Coluna e Dor Dr. Alexandre Érix

Fisioterapia Especializada em Coluna e Dor. Tratamento Especializado em Dor Crônica.

04/12/2025

Paciente de 83 anos com dor lombar crônica há mais de uma década, portadora de endoprótese aórtica, comorbidades cardiovasculares e história de bloqueios facetários e de ramo medial sem qualquer benefício sustentado. Perfil de fragilidade e risco cardiovascular importante.

Diante desse cenário, optou-se por conduta estritamente conservadora e multimodal, composta por caminhada leve progressiva supervisionada na esteira (início de 8-10 minutos, escala de Borg 11-12, incremento de 5-10% por semana) associada ao uso de TENS convencional de alta frequência (80-120 Hz, 30-40 minutos diários).

Essa escolha segue à risca as principais diretrizes internacionais atualizadas: NICE Guideline 59 (2020), American College of Physicians (2021), Lancet Low Back Pain Series (2022) e ESC Guidelines on Peripheral Arterial Disease (2024), que recomendam educação, exercício aeróbico leve e terapias não farmacológicas como primeira linha em dor lombar crônica, reservando procedimentos invasivos apenas para casos selecionados após falha documentada do tratamento conservador, exatamente o que já ocorreu aqui.

A literatura de maior impacto respalda plenamente essa estratégia. Meta-análise de 89 ensaios clínicos randomizados, conduzido por Hayden e colaboradores (2021), demonstrou que programas de exercício aeróbico leve reduzem intensidade da dor e incapacidade em idosos com dor lombar crônica.

A maior revisão sistemática já publicada sobre TENS (84 RCTs, mais de 5.000 pacientes; Gibson et al., Cochrane Database 2023) confirmou efeito analgésico moderado a grande com perfil de segurança excelente e sem qualquer interferência em próteses metálicas ou risco cardiovascular. Em pacientes com endoprótese aórtica estável, o exercício aeróbico supervisionado de baixa intensidade recebe recomendação classe I pela European Society of Cardiology (2024).

Com essa combinação, 50-70% dos pacientes de alto risco e complexidade como a nossa alcançam redução clinicamente relevante da dor (≥30%) e melhora funcional em 8-12 semanas, com risco praticamente zero de eventos adversos graves.

A dor crônica não exige “dor zero” para que o paciente evolua. O que realmente muda a vida é reduzir a interferência da ...
03/12/2025

A dor crônica não exige “dor zero” para que o paciente evolua. O que realmente muda a vida é reduzir a interferência da dor no dia a dia.

Quando o foco clínico se desloca para funcionalidade, caminhar, dormir, trabalhar, viver melhor, os resultados se tornam mais consistentes, sustentáveis e alinhados ao que a ciência moderna recomenda.

Recuperar capacidade e autonomia é o desfecho que importa. Quando a dor deixa de comandar o comportamento, o paciente volta a comandar a própria vida.

👨‍⚕️ Dr. Alexandre Érix
🔹️Fisioterapeuta Especialista em Coluna e Dor
📍 Campinas/SP | Ciência, movimento e reabilitação moderna baseada em evidências.

💬 Deixe nos comentários os temas que mais gostaria de ver por aqui.

⚠️ Esta publicação tem caráter educativo e informativo. Não substitui avaliação profissional.

A dor cervical, uma das principais causas de incapacidade no mundo, não afeta homens e mulheres da mesma forma. As evidê...
02/12/2025

A dor cervical, uma das principais causas de incapacidade no mundo, não afeta homens e mulheres da mesma forma. As evidências mais robustas, incluindo o Bone and Joint Decade Task Force on Neck Pain (Spine) e os relatórios recentes do Global Burden of Disease, mostram que mulheres apresentam prevalência sistematicamente maior de dor cervical e maior carga global de incapacidade associada.

Em levantamentos populacionais de grande escala na Europa, observou-se que cerca de 56% dos casos de dor cervical ocorrem em mulheres, contra 44% em homens. Essa diferença epidemiológica não é acidental: ela reflete a interação complexa entre fatores biológicos, hormonais, neuromusculares e ocupacionais.

Variações hormonais ao longo da vida, menor massa muscular estabilizadora do complexo cervical/escapular, maior suscetibilidade à fadiga e maior exposição a tarefas que exigem manutenção prolongada de posturas estáticas são elementos que amplificam o risco de dor cervical persistente nas mulheres.

Compreender esse panorama é fundamental. Ele orienta não apenas a prática clínica baseada em evidências, mas também o desenvolvimento de programas preventivos, educação em neurociência da dor e estratégias de reabilitação que respeitam as particularidades fisiológicas e sociais das mulheres.
Tratar dor cervical com excelência exige reconhecer essas diferenças e atuar com precisão científica, não com generalizações.




Dor crônica lombar é influenciada não apenas por fatores físicos, mas também pelo contexto social e emocional, especialm...
26/11/2025

Dor crônica lombar é influenciada não apenas por fatores físicos, mas também pelo contexto social e emocional, especialmente nas relações familiares e conjugais. Estudos clássicos e recentes destacam como a coesão familiar, a qualidade do casamento e as respostas do parceiro (como apoio, crítica ou invalidação) afetam diretamente a intensidade da dor, a incapacidade funcional e os sintomas de depressão.

Trabalhos de autores como Annmarie Cano, Joan M. Romano e pesquisadores como Paul Campbell, são amplamente citados e ainda relevantes na literatura sobre dor crônica, relações familiares/conjugais e seus impactos psicológicos e funcionais. Esses trabalhos, datados principalmente das décadas de 1990 a 2010, continuam sendo referenciados em pesquisas atuais.

Famílias com menor apoio/união tendem a pacientes com mais comportamentos de dor e maior incapacidade. Isso se alinha com pesquisas de Marital e colaboradores (2004), Cano e colaboradores (2006), no qual mostram que menor apoio/união e satisfação conjugal (como medida de funcionamento familiar) estão associadas a maior intensidade de dor, comportamentos de dor reforçados e maior incapacidade funcional.

Em um trabalho clássico, Romano e colabores (1995) complementa isso com evidências de que respostas comportamentais do cônjuge (como solicitude excessiva) preveem maior incapacidade, especialmente em pacientes deprimidos. Os autores Cano e Romano reforçam isso: respostas negativas ou invalidantes do cônjuge (crítica, punição) correlacionam-se com maior dor, incapacidade e depressão.

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Nos últimos anos, a literatura científica tem reforçado algo que, muitas vezes, passa despercebido na clínica: o suporte...
25/11/2025

Nos últimos anos, a literatura científica tem reforçado algo que, muitas vezes, passa despercebido na clínica: o suporte social e familiar é um modulador importante da dor crônica, incluindo a dor lombar.

Uma revisão sistemática publicada em 2025 mostrou que indivíduos com maior suporte social apresentam menos dor, menor incapacidade e menor interferência da dor nas atividades diárias. Esses efeitos, embora de magnitude pequena a moderada, são consistentes em diferentes populações. Isso significa que o ambiente em que a pessoa vive, o nível de apoio, acolhimento, presença e validação, influencia diretamente como o sistema nervoso processa e mantém a dor.

Outros estudos recentes (2023–2024) reforçam o mesmo padrão: conflitos familiares, isolamento, baixa coesão e sobrecarga emocional estão associados a pior prognóstico, maior risco de cronificação e menor engajamento nas estratégias ativas de reabilitação.

Em contrapartida, familiares que validam, acolhem e incentivam comportamentos funcionais favorecem adesão, reduzem catastrofização e ajudam a quebrar o ciclo dor/medo/evitação.

No consultório, esse contexto se torna um aspecto importante e que influencia diretamente no prognóstico. Compreender o contexto social do paciente, suas relações, seu ambiente familiar, sua qualidade de suporte, auxilia no ajuste do plano terapêutico com mais precisão, realismo e humanidade. A dor nunca é apenas biológica; é também emocional, relacional e contextual.

Ninguém trata dor crônica sozinho. Rede de apoio importa. Relações importam. Pertencimento importa. E, quando a família caminha junto, o tratamento muda de patamar.

Referência: Rinaudo et al., 2025. Systematic Review on Social Support & Chronic Pain.

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A Organização Mundial da Saúde publicou, em 2023, sua primeira diretriz global para o manejo não cirúrgico da dor lombar...
24/11/2025

A Organização Mundial da Saúde publicou, em 2023, sua primeira diretriz global para o manejo não cirúrgico da dor lombar crônica. A mensagem é clara ao enfatizar que o cuidado de alto valor é construído sobre três pilares (exercício, educação e movimento).

Programas estruturados de exercício reduzem dor, melhoram função e diminuem a incapacidade. Educação em dor corrige crenças equivocadas, reduz medo de movimento e fortalece o autocuidado. E manter-se ativo é essencial para evitar o ciclo dor/medo/evitação que cronifica a condição.

A diretriz também alerta para o que não deve ser rotina:

Uso indiscriminado de opioides (benefício modesto e riscos elevados).

Repouso prolongado, que aumenta rigidez, medo e piora o prognóstico.

Exames de imagem sem critério, que elevam ansiedade e raramente mudam a conduta.

Na prática clínica contemporânea, tratar a dor lombar significa adotar um plano ativo, progressivo e baseado em evidências, considerando a biologia, o comportamento e o contexto de cada paciente.

A grande maioria melhora com estratégias conservadoras bem conduzidas, sem necessidade de procedimentos agressivos. Essas estratégias têm como base o incentivo ao movimento e a educação em dor.

🎓Referência: World Health Organization. WHO guideline for non-surgical management of chronic primary low back pain. Geneva: WHO; 2023.

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🧠A maior revisão sistemática de diretrizes internacionais sobre dor lombar, publicada no The Spine Journal (2025), troux...
22/11/2025

🧠A maior revisão sistemática de diretrizes internacionais sobre dor lombar, publicada no The Spine Journal (2025), trouxe um consenso contundente sobre o tratamento moderno da dor lombar.

Quando analisamos todas as diretrizes de alta qualidade (2016–2024), a mensagem é clara e objetiva: as intervenções eficazes são ativas, progressivas e baseadas em neurociência da dor.

Não se trata de “arrumar a coluna”, mas de reorganizar sistemas neurobiológicos envolvidos na persistência da dor.

👍O que mais funciona:

• educação que reduz ameaça,
• exercícios individualizados,
• controle motor,
• fortalecimento progressivo,
• manutenção da atividade física.

👎O que não funciona:

Modalidades passivas, tração, repouso prolongado, cintas, ultrassom, TENS isolado e qualquer abordagem estritamente estrutural.

Essas estratégias têm pouco ou nenhum impacto clínico real a médio e longo prazo.

A reabilitação contemporânea não é sobre corrigir estruturas; é sobre modular sistemas, restaurar confiança e reconstruir padrões de movimento.
É ciência aplicada — e é por isso que muda vidas.

Se você convive com dor lombar ou deseja entender como aplicar esse conhecimento no seu tratamento, estou à disposição para conduzir você com base nas melhores evidências do mundo.

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20/11/2025
19/11/2025

Excelente

18/11/2025

with ⬆️👀🔥

SLIDERS for SCIATICA!

As mentioned, sliders are EASY but it's also EASY TO DO THEM IMPRECISELY. Imprecision can lead to INCONSISTENT RESPONSES.

During the SLUMP TEST in DIAGNOSIS, it's critical that the PELVIS is kept in the SAME POSITION (vertical) between tests so it PRODUCES the SAME RESPONSE for COMPARISON.

SLIDERS - if you ALLOW the SACRUM to MOVE into ANTERIOR or POSTERIOR ROTATION, it will CHANGE the amount of TENSION.

- anterior rotation - higher progression -> more tension
- posterior rotation - lower progression -> less tension.

This can be USEFUL for PROGRESSIONS, as long as the CHOICE is DELIBERATE.

DURING THE MOVEMENTS, it's important to MAKE SURE the patient CONTROLS THEIR PELVIS ROTATION, otherwise they could OVERDOSE the TENSION.

This can be a reason for sliders PROVOKING PAIN when they SHOULDN'T.

There is A LOT MORE to SLIDERS than this but at least it's a snippet.

DM here for info on ONLINE NEURODYNAMICS

17/11/2025

Tração da cervical alta (conceito mulligan)

Outra técnica bem interessante que utilizo em um programa de tratamento em algumas condições de dor cervical e de dor de cabeça.

Técnica muito confortável e com ótimos resultado. O paciente não deve sentir dor e a duração da técnica é em torno de trinta segundos a um minuto.

👉Busquem sempre profissionais qualificados, que estejam atualizados e respaldados nas atuais evidências científicas.

👉Ressalto que essa publicação não substitui a consulta de um profissional especializado.

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📍Instituto Érix - Fisioterapia Especializada.

🌐Google - veja maiores informações, conteúdos e depoimentos: https://g.co/kgs/MoQTJ8

📲 (19) 98124-2727 (WhatsApp).
🌐www.alexandreerix.com.br

Dr. Alexandre Érix
Fisioterapeuta
Crefito-3/136462-F

Dor na coluna não é só um “incômodo nas costas”.Para muita gente, ela significa deixar de trabalhar como gostaria, evita...
17/11/2025

Dor na coluna não é só um “incômodo nas costas”.
Para muita gente, ela significa deixar de trabalhar como gostaria, evitar pegar o filho no colo, ter medo de se movimentar, passar noites mal dormidas e viver em alerta constante, sempre esperando a próxima crise.

Nos últimos anos, a neurociência da dor mostrou que dor persistente não é apenas um problema mecânico do disco, da vértebra ou do músculo. Ela envolve o sistema nervoso, o cérebro, o sono, o estresse, o histórico de experiências, a forma como você entende o próprio corpo e até as mensagens que escuta no consultório.

É exatamente esse tipo de visão que venho aplicando diariamente na clínica, atendendo pessoas com dor lombar, cervical, ciática e dor pós-cirurgia de coluna. E foi a partir dessa experiência prática, somada às evidências científicas atuais, que decidi reorganizar por completo o que publico aqui.

A partir de agora, meu objetivo com este perfil é:

🧠explicar a dor de maneira simples, sem perder o rigor científico;

🧠mostrar por que dor não significa, necessariamente, dano ou desgaste irreversível;

🧠apresentar estratégias conservadoras de tratamento baseadas em evidências;

🧠ajudar você a tomar decisões mais seguras sobre movimento, exercício, descanso e tratamentos.

Isso não é uma “série de posts motivacionais”. É uma proposta de educação em dor, com base em neurociência, fisioterapia moderna e na realidade de quem está sentado na minha frente todos os dias no consultório.

Para que esse conteúdo seja realmente útil, eu preciso entender melhor a sua realidade:

💬Comente nessa publicação qual dessas dores mais atrapalha a sua rotina hoje:

👉LOMBAR/LOMBOSACRA, CERVICAL, CIÁTICA ou PÓS-CIRURGIA.

Vou usar essas respostas para direcionar os próximos conteúdos e construir uma sequência de publicações mais útil, específica e realmente aplicada à sua dor.

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