17/08/2020
Regras ou instruções descrevem contingências: se eu seguir o que me foi pedido, tal coisa acontece. Seguir regras funciona como um atalho na vida comparado com comportamentos aprendidos por tentativa e erro.
Rotina, por exemplo, é uma série de regras que seguimos no cotidiano. Fazer muito daquilo que se gosta, não nos levará, necessariamente, aonde queremos chegar, por isso precisamos das regras.
Se a regra na família for: o uso dos eletrônicos está liberado por até 2 horas por dia, isso significa que, se a criança respeitar a regra, pode continuar jogando nos outros dias. E se jogar por mais tempo? O que deve acontecer?
Regras completas descrevem o que acontece com o SEGUIMENTO e com o NÃO SEGUIMENTO da regra. E isso deve ficar bem claro ao fazer os combinados com as crianças.
O não seguimento pode levar à perda do direto de jogar no dia seguinte, por exemplo. Voltando o combinado a valer no dia subsequente.
As regras devem ser claras, completas e razoáveis. E os pais devem ser contingentes, ou seja, devem se comportar como combinaram. Se cederem às consequências combinadas diante de pedidos insistentes, ou choro, é provável que que criança “aprenda uma nova regra” nas entrelinhas, ou seja que conseguem mudar as regras com insistência e choro. A introdução das regras sempre deve ser gradual. Um adolescente que não seguia regras na infância não passará a segui-las só porque está mais velho.