13/11/2025
Hoje, olhando meu feed, percebi que ele está azul. 💙
Parei para pensar nisso depois de tantos elogios que recebi ontem por causa dessa camisa (e eu amei cada um deles).
Eu tenho uma história com o azul.
Uma história que começou torta.
Porque, por muitos anos, eu detestava essa cor.
Descobri que o azul era a cor favorita da minha mãe no pior momento possível.
Depois que ela se foi, minha avó nos levou ao shopping para escolhermos uma roupa em homenagem a ela.
“Peguem algo azul”, ela disse. “Era a cor preferida da sua mãe.”
Eu lembro da blusa.
Lembro da saia jeans.
O azul, para mim, nunca foi calmaria.
Era ausência. Era um dia difícil. Era dor.
E por isso eu o rejeitei por tanto tempo.
Só que, enquanto eu o evitava, a vida insistia em me mostrar que ele ainda tinha algo a me dizer.
Em processos profundos de meditação, todas as versões mais fortes e mais livres de mim… estavam de azul.
Era como se a cor que eu mais rejeitava fosse justamente a que me convidava a atravessar minhas próprias sombras.
Eu sempre tive fases de cores.
Mas azul? Azul nunca vinha.
Eu sabia, lá no fundo, que aquela versão que eu queria me tornar vestia azul, mas eu não estava pronta para ele.
E também não forcei.
Então, um dia, ele chegou.💙
Em uma peça de roupa aqui, outra ali.
Depois virou presença.
Depois virou parte.
E, quando percebi, o azul não doía mais.🙏
Ele tinha virado marca.
Virado identidade.
O que antes era uma ferida, hoje é cor.
É escolha.
É renovação.🌀
Pode parecer que esse post é sobre estética, sobre branding, sobre fase…
Mas não é.
É sobre uma lembrança, uma dor que deixou de comandar a minha história.
E sobre a liberdade de finalmente escolher quem eu quero ser, como eu quero me mostrar.
🔹E você? Qual cor, símbolo ou história você ainda carrega como dor, mas que já poderia se tornar força?