08/03/2019
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São nos cuidados primários do dia a dia que chega para as crianças as mensagens mais fortes sobre a propriedade de seus corpos. Avisamos nossos filhos que iremos trocar sua fralda, passar pomada, limpá-los, agasalhá-los, etc. Mesmo bebês, eles têm direito de saber o que estamos fazendo com seus corpos.
Se cumprimentar com beijo não deve ser feito forçosamente (e quem tenta, você pode colocar a mão educadamente, impedindo a ação e dizendo "filho, o Sr. X quer dar um beijo em você, tudo bem para você?), o mesmo vale para jogar a criança para o alto, apertar e fazer cócegas porque isso rompe as fronteiras da confiança em um momento da vida muito impressionável.
Troque as cócegas por massagens.
Psicóloga Márcia Tosin
"Por que sentimos cócegas?
Elas estão relacionadas à reação do organismo a situações de medo e pânico. É por isso que as cócegas geralmente se manifestam por meio de risadas desconfortáveis. São provavelmente uma resposta primitiva, com o objetivo de fazer o corpo reagir no caso, por exemplo, de haver algum inseto caminhando sobre ele. A pele de certas partes mais vulneráveis do corpo possui receptores sensíveis chamados de terminações nervosas livres. “Esses receptores nervosos são os mesmos que nos permitem sentir dor, coceira e excessos de calor ou frio – ou seja, estímulos perturbadores que levam o organismo a se afastar deles”, diz o neurologista Benito Pereira Damas, da Unicamp. Quando a pele é acariciada de uma certa maneira, esses receptores transmitem o estímulo até o centro de prazer do cérebro, localizado no hipotálamo." Revista Super Interessante