09/11/2025
Para lesões mandibulares não malignas, mesmo aquelas de crescimento avançado ou com comportamento mais agressivo, nosso compromisso é buscar o tratamento conservador até esgotar todas as possibilidades. Este caso específico revela um vício existente hoje na prática de muitos que advogam competência para fazer este tipo de cirurgia. Recebemos esta paciente em nosso ambulatório do IOU com indicação de hemi-mandibulectomia radical e reconstrução com prótese total de articulação temporomandibular. O medo desproporcional incutido pelo profissional responsável, associado com o desgaste provocado pela busca judicial do pagamento destas próteses caríssimas, trouxe como consequência uma dificuldade enorme para convencer a paciente da real possibilidade de tratá-la com um procedimento conservador que, ao mesmo tempo que asseguraria a manutenção estético funcional do aparelho mastigador, não exigiria nenhum material dispendioso com suas potenciais complicações. Para este tipo de cirurgia é indispensável um estudo virtual detalhado prévio (aqui realizado no OrtogOnBlender); o uso de amplificação visual (lupa ou microscópio); a realização de uma ostectomia periférica meticulosa e o controle endoscópio dos limites da ressecção realizada. A evolução pós operatória foi extremamente tranquila e o maior incômodo foi o trismus associado com a cauterização das áreas onde a erosão mandibular provocava o contato da lesão com a musculatura mastigatória. Os achados anatomopatológicos sugeriram, pasmem, um provável cisto radicular! Evitamos um procedimento radical totalmente desnecessário e ficamos muito felizes por isto. Um resumo em vídeo da cirurgia no meu canal do YouTube,
Para lesões mandibulares não malignas, mesmo aquelas de crescimento avançado ou com comportamento mais agressivo, nosso compromisso é buscar o tratamento con...