20/08/2020
VOCÊ NÃO É SUA RESSONÂNCIA!
É muito comum receber o paciente na primeira sessão/avaliação acompanhado de um mar de exames.
Ressonância, raio-x, ultrassonografia, eletroneuromiografia, com laudos complexos e recheados de termos que são logo procurados no "Dr. Google" e criam a imagem de uma coluna cheia de problemas, de difícil tratamento.
O que não estamos percebendo é que nem sempre o que está escrito tem, de fato, impacto no tratamento ou na condição da sua coluna.
Em uma revisão sistemática conduzida pela revista SPINE, 33 estudos foram analisados. Nele 3.110 participantes SEM DOR LOMBAR ou histórico recente de dor lombar foram analisados pela ressonância magnética. O resultado é impressionante. A grande maioria dos participantes (20 a 80 anos) tinha alguma alteração da coluna. E a quantidade dos achados aumentaram conforme a idade das pessoas, chegando a >50% entre 30-39 anos e próximo à 90% acima dos 60 anos.
Essas alterações, que são facilmente identificadas pelos exames de imagem, são comuns em nosso organismo, e não significam fragilidade ou potencial de dor na região.
Outros pontos negativos em recorrer cedo ao exame de imagem incluem: desconforto do exame, demora para iniciar o tratamento, alto custo do procedimento e aumento da crença de fragilidade que pode induzir ou aumentar a sensação dolorosa.
Mas não devemos criticar a técnica. Há casos que o exame de imagem deve ser requisitado. Estes são facilmente detectados por um fisioterapeuta experiente, que o encaminhará ao médico. São conhecidos como RED FLAGS, e geralmente são indicativos de patologias mais sérias como câncer, fraturas ou doenças neurológicas.
Se você sofre de dor lombar, ou qualquer outra dor músculo-esquelética, procure um fisioterapeuta. E lembre-se que aproximadamente 95% dos casos de dor lombar têm um ótimo prognóstico @ Clinica Geração Saúde