09/11/2025
MOTIVAÇÃO EMPURRA. ENTUSIASMO ELEVA.
por Tom Cau
Durante uma prova de ciclismo, o pequeno Miguel viu seu pai disputando a dianteira da corrida. Desejando apoiar o paizão, já cansado da prova de alta resistência, ele não pensou duas vezes e colocou para fora toda a emoção que sentia:
"Vai pai, eu te amo!" — gritou o menino.
O pai, Júnior Martins, ouviu e imediatamente respondeu à vibração. Aquela simples frase, vinda do coração puro do filho, despertou nele uma força interior que superou o cansaço. Disparou na prova, assumiu o primeiro lugar e, ao final, declarou nas redes sociais:
"Meu maior troféu nessa corrida foi a sua torcida, filho!"
Muitos diriam que o menino motivou o pai. Mas, olhando mais fundo, percebemos que o que realmente aconteceu foi entusiasmo — o Amor em movimento.
Miguel não tentou convencer, nem impulsionar; apenas expressou amor e presença. Esse gesto espontâneo despertou em seu pai a lembrança de quem ele é, dissolvendo o peso do esforço e restaurando a alegria do propósito.
A motivação vem da mente, do desejo de conquistar algo, de corrigir ou de provar valor. Ela é útil por um tempo, mas nasce da crença de que algo está faltando. Por isso, a motivação empurra — e, com o tempo, esgota. Ela depende de resultados e reconhecimento. Move o corpo, mas raramente eleva o espírito.
O entusiasmo, em grego "en theos", significa literalmente "Deus dentro". É o estado natural do Ser quando está em Permissão — sem esforço, sem controle, apenas fluindo. É a vibração do Amor se manifestando em ação.
O entusiasmo não empurra — ele puxa. Ele não exige nada — ele inspira tudo. Quando o pai ouviu "eu te amo", ele não foi empurrado pelo dever de vencer, mas atraído pela vibração do Amor, que o elevou acima do cansaço.
O filho foi o vale de permissão, o espelho do Amor. O pai respirou essa vibração e mudou instantaneamente de realidade. Saiu da frequência do esforço e entrou na frequência da alegria. Naquele momento, o corpo recuperou energia porque o Espírito retomou o comando.