crcalarge

12/09/2025

28/07/2025

Olhos de ternura

Tem dias que é só a Aurora me olhar e pronto. Como se aqueles olhos dissessem: “eu tô aqui, viu?”. E estão mesmo. Estão quando ninguém mais nota. Quando eu mesma me escondo. Ela não fala, mas me lê com ternura.

Tem uma inteligência mansa no jeito que ela me observa. Como quem entende sem precisar perguntar. Às vezes deita do lado, sem fazer alarde, só pra dizer: “descansa um pouco, humana”. E eu, que não sou boba, sigo o conselho. Deito, respiro.

Tem bicho que é gente. Ou talvez gente demais que se esqueceu de ser bicho — desse jeito puro, simples, intenso. Aurora me ensina isso todo dia: que presença é mais do que palavras e que amor bom não grita, só f**a.

Olhar pra ela é lembrar que há silêncio que abraça, e ternura que fala. Que continuar tem a ver com quem nos olha assim — sem pressa, sem julgamento, só com amor. E toda vez que Aurora me olha desse jeito, com seus olhos de mundo calmo… eu volto a acreditar.

25/05/2025

18/05/2025

Silvana, adorei! Parabéns pelo livro — que venham muitos outros! Sucesso sempre. O evento foi um alimento pra alma: cheio de aprendizado e boas companhias. Como você mesma diz, precisamos nos alimentar de momentos assim… que venham muitos mais!

11/05/2025

Olha esse povo aí em cima… não sei como saiu de mim! Lindos, gigantes, cheios de personalidade — e, ainda assim, continuam sendo os meus bebês. Amo demais cada um de vocês, com esse amor meio doido, meio intenso, mas completamente verdadeiro.

Aprendi a ser mãe com vocês. Aos trancos, barrancos e boletos — lá pelos 19 anos, quando tudo era novo, assustador e maravilhoso ao mesmo tempo. Fui errando, acertando, tropeçando e, às vezes, inventando na hora. Mas podem acreditar: cada escolha foi feita com a melhor das intenções. Eu queria (e ainda quero) ser o melhor que posso pra vocês.

Ser mãe, pra mim, foi um experimento diário — desses que não têm manual, mas têm muito coração. Testei fórmulas, repensei regras, reagi no susto, mas nunca deixei de amar com força. Às vezes deu certo, às vezes não. Mas em todas as versões, o amor era o ingrediente principal. Sinto um orgulho imenso de quem vocês estão se tornando. E mesmo com todos os erros no currículo, fiz com muito amor. Amo muito vocês — pra sempre, até quando brigo, tá. Porque ser mãe é isso: continuar sendo, mesmo quando eles já estão grandes demais pro colo… mas nunca pro coração, obrigada por eu ser mãe de vcs❤️.

11/05/2025

Mãe, sinto tantas saudades.
Saudades que vêm de mansinho, mas que f**am.
Saudades, até das coisas que, na hora, eu achava difíceis — as broncas longas, os conselhos repetidos, aquela preocupação que nunca tirava folga.
Sinto falta do seu sorriso largo, das gargalhadas das viagens que viraram histórias de grandes risadas — lembranças que hoje moram fundo em mim.
Hoje, no Dia das Mães, o que eu mais queria era te abraçar sem pressa, como quem tenta parar o tempo só um pouco.
E te agradecer, de verdade, por ter dado o seu melhor por mim.
Te amo.

04/05/2025

Ser ou não ser?
Às vezes, não ser parece mais seguro. Não se envolver, não se mostrar, não se permitir. Porque ser exige presença, e presença assusta. Ser é dizer: “estou aqui, com tudo que sou — e com tudo que ainda não sei ser”.

Mas aí a gente se esconde. Finge distração, m***a um personagem simpático, ou não tão rsss, como uma casca grossa. Melhor isso do que ser de verdade e não ser o suficiente, né? Melhor não sentir do que sentir e não caber no outro, ou em algum lugar. Melhor o controle do que o caos de se entregar.

Só que, ironicamente, nesse esforço de não ser para se proteger, a gente acaba não sendo… nada. E o vazio que era para ser solução vira sintoma. O medo que nos poupava agora nos prende. E viver vai virando só sobreviver — com stories bonitos e uma alma meio ausente.

Ser dá trabalho, claro. Mas não ser cobra caro. A graça talvez esteja em dosar: ser um pouco, aos poucos. Com cuidado, mas com coragem. Com dúvida, mas com presença. E quando der medo, rir de si mesmo. Porque no fundo, ser é isso: dar conta, mesmo quando acha que não dá. CRC