27/11/2025
Em diferentes momentos da história, a ciência tem demonstrado algo que muitas mães sentem na pele muito antes de qualquer pesquisa: o cansaço materno é real, profundo e, em mães atípicas, alcança níveis de estresse comparáveis aos vivenciados por soldados em ambientes de guerra.
Estudos recentes publicados em periódicos como o Journal of Autism and Developmental Disorders e o Journal of Family Psychology revelam que mães de crianças neurodivergentes apresentam índices de cortisol, sobrecarga cognitiva e fadiga emocional semelhantes aos observados em veteranos pós-combate. Pesquisadores como Dr. Brian Boyd, Dr. Connor Kerns e Dr. David Mandell descrevem que a combinação entre vigilância constante, responsabilidade ampliada e ausência de descanso reparador produz um estado de “hiperativação do sistema de estresse” — algo que o corpo humano não foi feito para sustentar por tanto tempo.
Não se trata de dramatização. É ciência. É cuidado. É validar o invisível.
O cotidiano dessas mães envolve decisões difíceis, terapias, preparação emocional, antecipação de riscos, administração de crises e uma carga mental que raramente descansa. Elas amam, se dedicam e lutam — mas também esgotam, adoecem e se silenciam.
Por isso, este post é um lembrete carinhoso:
✨ Você não está sozinha.
✨ Seu cansaço não é fraqueza — é consequência de amar e cuidar em intensidade máxima.
✨ Pedir ajuda é ato de coragem, não de falha.
✨ Seu corpo e sua mente merecem descanso e acolhimento.
Como mostram estudos de Hayes & Hofmann (2020) sobre regulação emocional e carga de estresse, a autocompaixão é um dos mecanismos mais eficazes para reduzir sofrimento psicológico em cuidadores.
E, quando necessário, buscar apoio profissional também é um gesto de amor — com você, com sua saúde e com sua família.
Que você consiga, hoje, respirar com mais suavidade.
E lembrar que existe ciência, empatia e mundo inteiro reconhecendo o gigante que você é. 💛
Psicóloga Jennyffer Mingroni
CRP 14/04944-0
Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC)