Dr. Luís Gustavo Lazzarotto - Psiquiatra

Dr. Luís Gustavo Lazzarotto - Psiquiatra Médico Psiquiatra em Campo Grande, MS. Atendimento a todas as idades.

Mais um “episódio daqueles lamentáveis” numa escola de Campo Grande, daqueles que causam comoção. O que será que está ac...
07/11/2025

Mais um “episódio daqueles lamentáveis” numa escola de Campo Grande, daqueles que causam comoção. O que será que está acontecendo? Alguém tem alguma ideia? Para mim, a resposta é simples.

A causa número 1 do adoecimento na educação é a SOBRECARGA. O gestor pede o impossível ao diretor, que pede ao coordenador, que pede ao professor, que pede ao aluno. O aluno não corresponde às expectativas do professor, que não corresponde às do coordenador… até chegar ao gestor, que vem com novas demandas (isso quando algum dos elementos no meio do caminho não inventa as próprias demandas).

A causa número 2 é o ASSÉDIO MORAL, ou sua versão infanto-juvenil, o BULLYING. Existe uma coragem generalizada para praticá-los. A minha política é de tolerância zero; para mim, são casos de polícia.

A causa número 3 é o FINGIMENTO. São adultos e crianças fingindo que não há nada de errado acontecendo. Que a criança não tem TDAH. Que a escola tem material suficiente. Que um professor dá conta de sala com o dobro de alunos. Que os pais incentivam os filhos a lerem. O fingimento sempre joga o problema no colo da pessoa mais frágil.

Acredito que as três coisas que eu mencionei são 99% das razões para o adoecimento mental no âmbito educacional. Os “episódios lamentáveis” com professores e alunos não vão acabar com palestras e cartazes. Se você concorda ou discorda, comente abaixo.

21/08/2025
Três meses de muito conhecimento aprendido e ensinado! (Os acadêmicos não sabem, mas metade vai virar psiquiatra! É cont...
13/10/2024

Três meses de muito conhecimento aprendido e ensinado! (Os acadêmicos não sabem, mas metade vai virar psiquiatra! É contagioso!)

Às vezes, por mais que os pais tenham boas intenções, alguns valores morais aparentemente positivos passados aos filhos ...
16/09/2023

Às vezes, por mais que os pais tenham boas intenções, alguns valores morais aparentemente positivos passados aos filhos podem evoluir para comportamentos disruptivos na fase adulta. Portanto, mais que falar “frases prontas”, precisamos fazer com que as crianças reflitam sobre sua vida e nossos ensinamentos. Minha dica é criar múltiplos cenários para que a criança escolha o que preferir, ao invés de dar-lhes uma vida perfeita já desenhada, em que nem precisem pensar.

Um sintoma ocasional da doença bipolar, fase maníaca é a hipergrafia: um desejo intenso de escrever. A hipergrafia é a m...
26/07/2023

Um sintoma ocasional da doença bipolar, fase maníaca é a hipergrafia: um desejo intenso de escrever. A hipergrafia é a manifestação concreta do que acontece dentro da cabeça de um bipolar em crise: ele pensa muito, então escreve muito. Nessa foto, achada da internet, nota-se a falta de estrutura do texto e o preenchimento de quase toda a folha. Algumas vezes, o texto faz sentido; noutras, a confusão de ideias é tanta que o material é incompreensível. Atualmente, a hipergrafia pode também ser notada através de longuíssimas mensagens de WhatsApp, que não são habituais à pessoa (porque tem gente que manda textão naturalmente…).

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O autista já nasce com autismo. Seu cérebro se desenvolveu com algum erro no processamento de informações, de modo que a...
13/07/2023

O autista já nasce com autismo. Seu cérebro se desenvolveu com algum erro no processamento de informações, de modo que as múltiplas sensações que chegam dos 5 sentidos não são analisadas ao mesmo tempo. Por isso, o cérebro autista se concentra mais em umas sensações e menos nas outras.

As informações sensoriais priorizadas são intensas, e às vezes, desconfortáveis, como na sensibilidade exagerada a sons e texturas. As outras informações são deixadas em segundo plano, e daí a impressão ocasional de que não ouvem ou não sentem dor. O autista não consegue escolher em qual sensação irá se focar, isso acontece espontaneamente.

Numa conversa, autistas não conseguem entender ao mesmo tempo o conteúdo da fala, o tom da voz, as expressões faciais, as corporais, o contexto, metáforas ou duplo-sentido; costumam focar somente na fala e ignoram o resto. Com o tempo, se aborrecem por não conseguirem compreender o outros ou serem compreendidos. Interagir com pessoas se torna muito desgastante, então se isolam e perdem amigos. O nome autismo vem da impressão de que estão mais voltados para si (auto) do que para os outros.

Os passatempos e atividades do dia-a-dia costumam ser sempre os mesmos. Como as sensações novas podem ser muito boas ou muito ruins, preferem evitá-las, e daí a tendência a ver o autista fazendo sempre as mesmas coisas. Estímulos irrelevantes para a maioria das pessoas podem parecer interessantíssimos para um autista.

O autismo varia de muito leve a muito grave, o dito "espectro autista". Com o tempo, o autista leve aprende formas de contornar suas dificuldades e pode ficar imperceptível, especialmente em mulheres adultas. O tratamento do autismo é com terapia, que serve para ensinar-lhes a se comunicarem melhor, e com medicação, se necessária para reduzir sua sensibilidade exagerada a estímulos.

Esta noite, nosso grande mestre Dr. Luiz Salvador concluiu sua missão na terra e descansou. Professor brilhante, sempre ...
23/12/2022

Esta noite, nosso grande mestre Dr. Luiz Salvador concluiu sua missão na terra e descansou. Professor brilhante, sempre será minha principal referência em psiquiatria. Muito orgulho de ter sido seu aluno e espero poder manter vivo seu legado no meu trabalho. Descanse em paz querido mestre.

Manhã chuvosa, mas o trabalho não para.
18/08/2022

Manhã chuvosa, mas o trabalho não para.

Toda doença dolorosa gera algum tipo de mal estar psíquico, e é muito comum que doenças psiquiátricas se manifestem como...
23/03/2022

Toda doença dolorosa gera algum tipo de mal estar psíquico, e é muito comum que doenças psiquiátricas se manifestem como dor. A doença que melhor representa essa situação é a fibromialgia, doença tratada tanto pelo reumatologista quanto pelo psiquiatra. Sua causa é desconhecida, mas a principal teoria é um desarranjo mental em que sensações físicas comuns passam a ser interpretadas como dor (tecnicamente, disfunção dos sistemas descendentes que inibem a dor: área cinza periaquedutal, locus ceruleus e hipotálamo). Daí a sensação de que “tudo dói”. Assim, não é o órgão dolorido que está doente, mas sim, o que sente de fato a dor (o cérebro), e é por isso que os principais tratamentos para fibromialgia são com antidepressivos (e.g. venlafaxina, duloxetina), anticonvulsivantes do tipo α₂δ (pregabalina, gabapentina) e sedativos (benzodiazepínicos). Os analgésicos comuns e anti-inflamatórios não costumam ter grande efeito.

E como uma doença psiquiátrica pode virar fibromialgia? A minha hipótese é que, além da disfunção da percepção da dor mencionada acima, os ansiosos vivem num constante estado de tensão muscular (uma contração mínima) que, ao longo do tempo, lesiona ou esgota o tecido muscular. Daí a associação com dores relacionadas a contraturas, por exemplo, o bruxismo (músculo masseter) e a cefaleia tensional (músculo frontoccipital). A própria dor faz piorar o estado de tensão, levando a um efeito retroalimentador que só pode ser interrompido com o tratamento medicamentoso.

Portanto, fibromiálgicos: procurem um psiquiatra!

Dificuldades de memória são uma das queixas mais comuns no consultório, e a preocupação principal é: será que é Alzheime...
25/10/2021

Dificuldades de memória são uma das queixas mais comuns no consultório, e a preocupação principal é: será que é Alzheimer? A não ser que você seja idoso, é improvável. Vou dar alguns exemplos de doenças e situações que afetam a memória, sem estarem associadas a essa demência:

Ansiedade: a causa mais comum de falhas de memória, que se manifesta principalmente por lethologica - a sensação de que a palavra está na ponta da língua, mas sumiu. Se deve principalmente à interrupção da linha de raciocínio por outra, geralmente ligada ao medo.

Depressão: causa uma lentificação global das funções cerebrais, incluindo atenção e memória. Funcionando devagar, o cérebro não consegue analisar e armazenar informações na velocidade apropriada, então "deixa passar".

Déficit de atenção do TDAH: se o indivíduo não presta atenção, ele consequentemente não consegue memorizar.

Doença bipolar: o pensamento acelerado da fase maníaca pode impedir que a pessoa analise as informações com cuidado, assim, as memoriza aos "pedaços".

Perda visual ou auditiva: afetam como as informações são percebidas, e assim, são memorizadas incompletas.

Uso de álcool e dr**as: prejudicam o funcionamento cerebral, e portanto, a atenção e memória; além de causar dano direto nas células do hipocampo, parte do cérebro responsável pela memória de eventos. A intoxicação aguda pode, inclusive, bloquear totalmente o armazenamento de informações (blecaute).

Insônia: é durante o sono que as memórias importantes são consolidadas, e as inúteis, esquecidas; isso explica por que trocar sono por estudo não funciona muito bem.

Transtornos da personalidade: são propensos a dissociar, isto é, distanciar-se emocionalmente de eventos estressantes e, com isso, não prestam atenção em coisas que não gostam, consequentemente, não as lembram.

Outras condições: distúrbios tireoidianos, sobrecarga no trabalho ou estudo, insatisfação ou não entendimento do que se estuda, lesões orgânico-cerebrais etc.

Como vocês vêem, a avaliação da perda de memória é muito trabalhosa! Consulte com um psiquiatra para um diagnóstico e tratamento adequados.

Endereço

Rua Drive Michel Scaff, 305, Sala 02, Chácara Cachoeira
Campo Grande, MS

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