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🔈 Silêncio que transformaSilêncio não é vazio — é presença intensa. Na escuta clínica, ele é tempo de elaboração, solo f...
30/07/2025

🔈 Silêncio que transforma

Silêncio não é vazio — é presença intensa. Na escuta clínica, ele é tempo de elaboração, solo fértil onde o sujeito encontra espaço para sentir, pensar, existir.

📌Sustentar o silêncio é sustentar o desejo, permitir que o não-dito ecoe, que as pausas falem o que as palavras ainda não alcançaram. No intervalo entre o que se cala e o que se fala, algo se move. A transformação não grita — ela sussurra.

🗣️ A fala pode vir depois. Mas é no silêncio que o sujeito começa a se escutar."

A Ausência Paterna e a Formação Psíquica FemininaA ausência do pai na vida de uma filha não é apenas física. Ela se infi...
16/07/2025

A Ausência Paterna e a Formação Psíquica Feminina

A ausência do pai na vida de uma filha não é apenas física. Ela se infiltra silenciosamente nas emoções, na forma como ela se relaciona com os outros e até no jeito que se enxerga. Sem um referencial masculino próximo, muitas mulheres aprendem a se construir a partir do que faltou — do que não foi vivido, nem dito.

📚 A analista junguiana Marie-Louise von Franz escreveu: “A função paterna é como uma ponte entre o mundo interior e o mundo exterior — sem ela, pode faltar estrutura para lidar com a realidade.” Essa ausência cria espaços em branco que a mulher precisa preencher sozinha, muitas vezes com força que nem sabia que tinha.

💪 E é aí que surge a coragem. Não a que vem pronta, mas aquela que é cultivada dia após dia. Ser mulher num mundo sem apoio paterno é carregar dores invisíveis e ainda assim levantar — trabalhar, criar filhos, sonhar, amar e, acima de tudo, resistir.

❤️ Este texto é para você que teve que ser forte antes de estar pronta. Que aprendeu a se bastar, mesmo sentindo falta de alguém que deveria ter sido seu porto seguro.

🌱 Que essa ausência não defina quem você é, mas seja solo fértil para sua própria reconstrução.

📚 A Descoberta do Inconsciente – Henri F. EllenbergerMuito antes de Freud, Jung ou Adler, já existia uma longa e fascina...
07/07/2025

📚 A Descoberta do Inconsciente – Henri F. Ellenberger

Muito antes de Freud, Jung ou Adler, já existia uma longa e fascinante jornada em busca dos mistérios da mente. Nesta obra monumental, Ellenberger traça uma linha do tempo envolvente que vai dos exorcistas medievais aos grandes nomes da psicologia moderna.

🧠 O que torna esse livro tão especial?

Ele apresenta uma visão panorâmica e histórica da evolução da psiquiatria dinâmica.

Explora figuras como Mesmer, Charcot, Janet, Freud, Adler e Jung, contextualizando suas ideias no tempo e na cultura.

Mostra como filosofia, arte, medicina e política se entrelaçam na construção do conceito de inconsciente.

✨ É leitura obrigatória para quem deseja compreender não só a psicologia, mas também a história das ideias que moldaram nossa visão da mente humana.


A série Invejosa, da Netflix, transcende a comédia dramática convencional para apresentar uma análise refinada dos confl...
01/07/2025

A série Invejosa, da Netflix, transcende a comédia dramática convencional para apresentar uma análise refinada dos conflitos internos de uma mulher diante do envelhecimento, do fracasso percebido e da busca por pertencimento. A trajetória de Vicky, que se vê às portas dos 40 anos sem ter atingido os marcos sociais que supostamente definiriam sucesso e felicidade, oferece um estudo de caso ficcional sobre crises de identidade e maturação emocional.

🧠 1. Terapia e a resistência à mudança
As sessões de terapia que Vicky frequenta revelam um fenômeno comum: a confusão entre querer se sentir melhor e querer de fato mudar. Sua busca por validação — e não por transformação — reflete um mecanismo de defesa frequente, que adia o enfrentamento de verdades internas.

💬 2. Responsabilidade emocional e a negação da autoria
A constante externalização da culpa demonstra uma dificuldade de se responsabilizar pelas próprias escolhas e consequências. Psicologicamente, esse tipo de negação da autoria impede o crescimento emocional, perpetuando ciclos de frustração e ressentimento.

💔 3. Comparação social como sabotagem identitária
A autocrítica alimentada pela comparação com amigas e conhecidas revela a dependência da validação externa como regulador da autoestima. Isso reduz a percepção de valor próprio a uma métrica ilusória e instável, abrindo espaço para distorções cognitivas como a desvalorização crônica.

👭 4. Dinâmicas ambivalentes nas amizades femininas
As relações entre Vicky e suas amigas oscilam entre suporte afetivo e disputas sutis de status. Essa ambivalência emocional escancara a dificuldade em estabelecer vínculos seguros quando há inseguranças não elaboradas — algo que muitas vezes tem origem em experiências relacionais anteriores.

🔗 5. Dependência emocional disfarçada de autonomia
Um dos aspectos mais ricos da personagem é sua oscilação entre discursos de independência e atitudes marcadas por apego emocional. Vicky frequentemente recorre a vínculos afetivos como âncoras existenciais — não por escolha consciente, mas por medo da própria solidão. Isso configura uma forma de dependência emocional: ela não busca pessoas, mas confirmações.

💡 6. Desejos introjetados vs. desejo autêntico
O conflito entre o que Vicky pensa querer e o que realmente deseja é alimentado por expectativas sociais internalizadas. A série aponta para um ponto central da psicologia contemporânea: muitas crises não vêm da ausência de conquistas, mas da desconexão entre objetivos vividos e desejos genuínos.

🎭 7. Arrogância como blindagem da vulnerabilidade
A forma ríspida com que Vicky lida com os outros não é sinal de força, mas de defesa. O comportamento agressivo surge como barreira protetora contra sua insegurança e medo de ser julgada — um sintoma clássico de baixa autoestima disfarçada.

No fim, Invejosa funciona como um espelho que convida o espectador a refletir sobre suas próprias estratégias de enfrentamento, desejos escondidos e os vínculos que constrói. É uma comédia com tintas de tragédia cotidiana — e talvez por isso mesmo, tão humana.

Se você busca uma leitura profunda sobre o feminino arquetípico, Os Mistérios da Mulher, de M. Esther Harding, é uma obr...
30/06/2025

Se você busca uma leitura profunda sobre o feminino arquetípico, Os Mistérios da Mulher, de M. Esther Harding, é uma obra essencial. Publicado originalmente em 1945, esse clássico da psicologia analítica junguiana mergulha na alma feminina por meio de mitos, lendas, sonhos e símbolos religiosos, revelando como o feminino se manifesta nas camadas mais profundas da psique.

Discípula direta de Jung, Harding propõe que a mulher carrega em si mistérios que transcendem a lógica racional — forças instintivas, cíclicas e espirituais que foram reprimidas por séculos de cultura patriarcal. Ela aborda temas como:

A conexão entre mulher e natureza;

Os ciclos menstruais como expressão simbólica da vida psíquica;

A figura da deusa e o sagrado feminino;

A integração dos opostos internos (anima e animus).

É uma leitura densa, mas profundamente reveladora, que convida à reconexão com aspectos esquecidos da identidade feminina. Ideal para terapeutas, estudiosos da psicologia junguiana ou qualquer pessoa em busca de autoconhecimento.

E como diz a própria autora: “A mulher moderna sofre porque está separada das fontes da vida, das profundezas do seu ser.”

💭A Prática da Psicoterapia — A alquimia do encontro humano“O encontro de duas personalidades é como a mistura de duas su...
26/06/2025

💭A Prática da Psicoterapia — A alquimia do encontro humano

“O encontro de duas personalidades é como a mistura de duas substâncias químicas: no caso de se dar uma reação, ambas se transformam.” — C.G. Jung, A Prática da Psicoterapia, p. 68

Esse pensamento de Jung revela o profundo poder transformador da relação terapêutica. Cada encontro no consultório é um espaço vivo, onde paciente e terapeuta não apenas se encontram, mas se transformam mutuamente. A psicoterapia, assim, deixa de ser apenas técnica — e torna-se experiência viva, relação autêntica e processo de individuação.

Para nós, psicólogos junguianos, essa é a essência do trabalho clínico: um espaço sagrado de escuta, presença e transformação.

💬 Como você vivencia esse processo em sua prática ou em seu caminho pessoal?

A Morte Inventada: Quando o afeto é silenciadoO documentário A Morte Inventada revela a dor da alienação parental, onde ...
24/06/2025

A Morte Inventada: Quando o afeto é silenciado

O documentário A Morte Inventada revela a dor da alienação parental, onde um dos genitores rompe o vínculo entre a criança e o outro.

👶 Para a criança, é como se o pai ou a mãe “morresse” psicologicamente — uma ausência forçada que confunde, marca e dilacera o afeto.

💔 Mas também há outra morte invisível: a daquele que é afastado. O pai ou a mãe alienado(a) sofre o luto de um filho vivo, impedido de amar, educar, conviver. É uma dor sem nome, sem corpo, mas profundamente real.

🔍 Na psicologia, essa experiência pode ser compreendida como uma morte simbólica — um processo psíquico de ruptura.

📽️ O documentário nos convida à empatia: proteger o vínculo da criança com ambos os pais é um direito fundamental. Amor não pode ser manipulado — e quando é, todos perdem.

🧠✨ O inconsciente fala — e a psicoterapia escuta.“As grandes decisões da vida humana estão, em regra, muito mais sujeita...
23/06/2025

🧠✨ O inconsciente fala — e a psicoterapia escuta.

“As grandes decisões da vida humana estão, em regra, muito mais sujeitas aos instintos e a outros misteriosos fatores inconscientes, ao bom-senso, por mais bem intencionados que sejam.

O sapato que serve num pé, aperta no outro, e não existe uma receita de vida válida para todos. Cada qual tem sua forma de vida dentro de si, sua forma irracional, que não pode ser suplantada por outra qualquer.”

🌀 Somos guiados por forças que nem sempre compreendemos. A psicoterapia não busca impor um caminho, mas revelar aquele que já pulsa dentro de nós. Seu caminho é único — e o autoconhecimento é o mapa.

📗 A prática da psicoterapia 16/1 - Carl Gustav Jung

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Luto: Mais do que uma reação à perda 🖤O luto não se limita à morte. Ele se manifesta em qualquer perda significativa: di...
19/05/2025

Luto: Mais do que uma reação à perda 🖤

O luto não se limita à morte. Ele se manifesta em qualquer perda significativa: divórcio, demissão, mudanças inesperadas, término de um ciclo, afastamento de alguém querido… É um processo de transformação.

✨ Renascimento: Após o luto, a psique se reorganiza. Não voltamos a ser quem éramos antes da perda, mas nos reconstruímos com novos significados.

🌑 Permita-se sentir: O luto é uma jornada, e toda jornada traz crescimento. Refletir, acolher suas emoções e integrar essa experiência faz parte do caminho para a cura.

💙 Você não está sozinho! Compartilhe esta mensagem com alguém que precisa desse lembrete.

🌙 O Inconsciente e a Jornada da Psique segundo Marie-Louise von FranzVocê já parou para pensar no poder do inconsciente ...
13/05/2025

🌙 O Inconsciente e a Jornada da Psique segundo Marie-Louise von Franz

Você já parou para pensar no poder do inconsciente na sua vida? 🤯 Segundo Marie-Louise von Franz, o inconsciente não é apenas um depósito de memórias reprimidas, mas um universo criativo e dinâmico que influencia profundamente nossas escolhas, emoções e sonhos.

✨ Nos contos de fadas e mitologias, encontramos símbolos que refletem padrões universais da psique humana.

💭 Quando ignoramos o inconsciente, ele se manifesta de formas inesperadas: nos sonhos, nos impulsos e até nos padrões repetitivos da vida. Mas quando aprendemos a escutá-lo, encontramos respostas para dilemas profundos e abrimos portas para um crescimento genuíno.

🗣️ Quer explorar mais sobre o inconsciente e sua influência na sua jornada? Deixe seu comentário e compartilhe sua experiência! ✨💬

Uma bela passagem a respeito da importância do psicoterapeuta estar atento ao "Zeitgeist". A nossa primeira obrigação co...
14/06/2024

Uma bela passagem a respeito da importância do psicoterapeuta estar atento ao "Zeitgeist".

A nossa primeira obrigação como psicólogos/psicoterapeutas, é entender a situação psíquica do nosso tempo.

Tudo começa, sempre começa pequeno.
Não nos deixemos abater pelo laborioso trabalho executado discreta, mas conscienciosamente, com cada pessoa em particular, embora nos pareça que a meta que buscamos está longe demais para ser atingida.

No entanto, a meta do desenvolvimento e da maturação da personalidade individual está ao nosso alcance.

E, na medida em que estamos convencidos de que o portador de vida é o indivíduo, se conseguirmos que pelo menos uma única árvore dê frutos,
ainda que mil outras permaneçam
estéreis, já teremos prestado um serviço ao sentido da vida.

Mas quem tiver a pretensão de fazer prosperar até o último grau tudo quanto deseja crescer,vai verificar que as ervas daninhas, que sempre vingam melhor, logo lhe crescerão por cima da cabeça.

A meu ver, a tarefa mais nobre da psicoterapia no presente momento é continuar firmemente a serviço do desenvolvimento do indivíduo.

Procedendo desta forma, o nosso
esforço estará acompanhando a
tendência da natureza, isto é,estaremos fazendo com que desabroche em cada indivíduo a vida na maior plenitude possível, pois o sentido da vida só se cumpre no indivíduo, não no pássaro empoleirado dentro de uma gaiola
dourada".

C. G. Jung
A prática da psicoterapia, 229.

10/06/2024

Endereço

Campo Largo, PR

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