Espaço Ethos

03/02/2024

Olá, tudo bem com você?

Socialmente falando é esperado que você me responda: tudo bem e você? E eu, no auto da minha educação complete a saudação dizendo que está tudo bem, graças ao bom Deus.

Por se tratar apenas de uma saudação, talvez não possibilite que sentimentos mais profundos aflorem diante da pergunta inicial, e também porque questões profundas de intimidade não são facilmente colocadas para fora no contato com pessoas comuns no dia a dia. Aliás, já ouvi falar aos quatro ventos, que pessoas chatas são aquelas que, quando você pergunta "como está você?", ela responde.

O social é uma convivência mútua e dinâmica, que promove interação de comportamentos, criando padrões que reforçam o ego. Mas, cada um abriga dentro de si um "ser", um "alguem", que por muitas vezes é escondido por medo de ser massacrado, ostilizado ou simplesmente deixado de lado. Isso pode promover uma ação equivocada, onde a pessoa, acaba sendo levada a produzir apenas projeções externas, que agradem aos outros enquanto negam a si mesmo.

Vestir a melhor roupa, andar no melhor carro, frequentar os melhores lugares... pode ser satisfatório. Estar satisfeito com a vida que tem, o casamento, os filhos, casa, amigos, emprego.. também. Tudo faz parte de uma balança chamada "bem-estar", porém, se algo não vai bem, esta balança se desequilibra, e caso este assunto não seja trabalhado, a situação piora fazendo com que a pessoa busque estratégias em tentar esconder algo que vem crescendo dentro de si, ao ponto de se tornar algo tão angustiante que poderá leva-la ao desenvolvimento de um problema maior.

Você é um ser, você é alguém e a pessoa mais importante está abrigada na essência de quem você é.

Pense nisto.

14/10/2019

A RELIGIÃO E A POLITICA

Religião e política não se discute. Desde muito cedo ouço esta expressão na tv e ao vivo mesmo. De fato estes dois assuntos dão pano para a manga, sim, muitas discussões descontroladas que se ainda resolvessem o problema, estaria bem, mas o resultado normalmente se norteia em inimizades, afastamentos e resistências que vão contra a essência das duas palavras.

A política é nada mais que uma filosofia de visões diferentes, logicamente que não estou entrando no mérito partidário de A, B ou C. A política da educação, a política da saúde, segurança pública e etc., por exemplo, são visões diferentes que estimulam o pensamento a trabalhar em direções que visam a melhoria da coletividade, é algo contínuo, seja qual for o governo. Isto é algo sadio.

Religião, em sua etimologia, está ligado a "religar", pode ser uma filosofia também, pois presa a essência de uma interpretação, e assim, podemos visualizar uma diversidade de pensamentos. Esses pensamentos estão entrando em conflitos continuamente, em muitos casos há uma consonância entre eles, o que é chamado de ecumenismo, mas há também o radicalismo que chega a matar.

Qual postura adotar? Se pudesse lhe dar um conselho, lhe diria para refletir, isso mesmo, refletir e analisar o impacto que tudo isto promove dentro de você. É como se os ingredientes da comida fossem preparados, cozidos e ao fim, servidos a mesa. Não aceite gato por lebre, não embarque em Canoas desconhecidas, não perca seu direito de pensar e viver.

Grande abraço.
Alex Ferreira

09/08/2019

O trabalho de psicologia clínica com crianças se diferencia dos adultos, pois a infância é justamente o período no qual o p...

09/08/2019

A adolescência é uma resposta a puberdade, percurso correspondente do desenvolvimento orgânico, ou seja, a adolescência é um ...

02/06/2019

Você já ouviu falar que são as escolhas que nos escolhem? Isso parece um tanto confuso, mas vamos tentar entender?

Qual a motivação que nos faz escolher o que geralmente escolhemos? Nossas escolhas normalmente estão relacionadas a SOBREVIVÊNCIA, que em grande parte é capitalista, fazendo com que o assunto se resuma em dinheiro ou algo que esteja relacionado a ele.

Assim, sem se dar conta, acabamos vivendo uma vida de escravidão para garantir a nossa sobrevivência.

Há possibilidade disso acontecer de uma forma diferente? A resposta é sim! Basta apenas você descobrir o que gosta de fazer e mesmo assim ganhar para isto. Ouço uma voz paterna conservadora dizer:

- Isso não enche barriga!

A grande questão é que a sobrevivência tensiona a mente e a impede de pensar, assim acabamos por ficar condicionados a um limitado campo de visão, não observando todo o universo de possibilidades. Vivemos a tensão diária dos boletos, da lista do supermercado, do financiamento, da dura jornada de trabalho, do medo em ser demitido, da angústia em encontrar um novo trabalho e etc.

Posso mencionar minha querida professora de música Priscila Baldassarre, que dizia: "Ao buscar uma nota alta, você não pode nutrir a sensação de que está tentando alcança-la nas alturas e sim de que você está no alto buscando puxa-la para cima".

Este texto é um convite para ir além daquilo que pode-se enxergar, muitos fazem isso e alcançar aquilo que realmente gostaria de alcançar, vivem a vida que gostariam de viver, ou sejam, alcançam felicidade, alegria plena. Parafraseando a Priscila, digo que o segredo não é correr atrás das notas, entendendo que elas correspondem os verdadeiros valores da vida, e sim, entender que você está puxando a vida para si, construindo referências, conquistando seu espaço e alcançando o que outrora parecia ser impossível.

Se você quiser saber mais sobre o assunto, aí vai uma indicação de filmes:

A procura da felicidade com Will Smith
Duas vidas com Bruce Willis
Poder além da vida

Grande abraço e felicidade plena para você.

Alex Ferreira

15/10/2018

Em 1946, Nise da Silveira criou, no Centro Psiquiátrico Nacional do Rio de Janeiro, a seção de terapêutica ocupacional. O fruto das produções realizadas pelos pacientes se destacaram como meio de acesso ao mundo interno dos mesmo e em 1952 estas produções fizeram nascer o Museu de Imagens do Inconsciente, que se tornou um centro de estudo e pesquisa sobre as imagens!
A psicóloga Thais Thaís Serafim Dos Santos esteve com os alunos de psicologia no museu para prestigiar estas artes e produções tão importante para os estudos da psiquiatria atual!

01/10/2018

Você já ficou com vontade de fugir para outro lugar? Eu já, principalmente ao ver paisagens lindas ao redor do mundo, que me da uma sensação de paz, lugar onde a minha vida, minhas responsabilidades possam ser esquecidas, pelo menos por alguns momentos. Sim, só por alguns momentos, pois se passar mais tempo, aquele lugar de fuga, logo se tornará uma nova realidade, com novos problemas e desafios, e assim, terei que procurar um novo lugar para fugir.
Esse comportamento é muito comum nos pássaros, eles migram constantemente quando o clima não satisfaz as suas necessidades, mas como diz o evangelho de Mateus: Elas não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros. A casa dos pássaros é o mundo.
Muitos vivem igual aos pássaros, dando asas a imaginação, voando pra lá e pra cá, vivendo no vai-e-vem da vida, e chega ao ponto de esquecer que tem uma vida. Sim, elas experimentam um vazio existencial, movendo um sentimento interno de querer voar novamente, pois ao pousar, sempre entrará em contato com alguma realidade a sua volta.
Voar é preciso, saber para onde voltar é necessário. A base que sustenta a vida é consistente de desafios que nos preparam para lutas ainda maiores. É nesta base que encontramos o nosso verdadeiro "eu". A medida que vamos enfrentando desafios internos, nos desenvolvemos e criamos sentido para a nossa existência. Conquistas pessoais, família, filhos, trabalho, casa, amigos, sociedade etc. são fragmentos que constituem a nossa base.
Para terminar, a base não voa, ela é muito pesada, mas sempre que você voar, não vai querer passar muito tempo longe dela.
Se você entendeu este texto, responda para você: Qual é a sua base? Como ela se constitui?
Forte abraço.
Alex Ferreira

20/09/2018

Nossa equipe!

14/09/2018

Não é difícil perceber que mudanças sociais ocorrem a todo momento, e que de certa maneira, o conceito de infância se inclui nestas questões. Em decorrência do grande avanço tecnológico e da competitividade capitalista, por exemplo, houveram mudanças sociais e consequentemente alterações na vivência infantil, pelo fato da infância ser parte integrante deste convívio. É fácil perceber que muitas (não todas) crianças preferem comprar ao invés de brincar! E comprar de modo compulsivo! Se tornando uma atividade repetitiva, ilusória no sentido de satisfação e plenitude, sem simbolização, onde facilmente aquilo que se compra, perde seu valor, pois rapidamente outro produto melhor e mais atraente já está sendo divulgado nas propagandas e exposto nas prateleiras e vitrines. O que então restou do brincar? Um brincar cada vez mais cristalizado nas ideias prontas vindas do fabricante, ou seja, como há uma grande quantidade de brinquedos, e estes possuem uma definição tão clara de sua serventia, as crianças cada vez menos precisam criar, imaginar e fazer de conta.
Se há a compreensão da importância do brincar para a estruturação de um sujeito, percebe-se consequentemente que esta diminuição da capacidade de simbolização nas brincadeiras infantis não ocorre sem consequência.

Por isso, um trabalho de análise infantil se dá por meio do brincar, pois é por essa via que uma criança poderá produzir possibilidades subjetivas, onde ela pode criar, imaginar, se concentrar e experimentar o mundo.

“Por isso, um tratamento não vai na direção de que a criança simplesmente faça o que dela se espera, mas na de dar lugar para que ela possa criar...” (JERUSALINSKY, J. A criação da criança. P.271, 2014.).

Juliane O. Ribas Mohana

10/09/2018

Nunca se custou tanto viver. Dar conta de um status é um custo muito alto. Viver conforme a maioria pode significar uma renúncia de si mesmo, pois desta forma, você faz o que não gostaria, compra o que não poderia, vive a vida que não é sua.

Por via de regra, a vida começa dentro de você, e sua relação com o mundo externo apenas te ensina a crescer através dos relacionamentos. Aquilo que você é precisa emergir de dentro para fora, mas pode ser que o seu status esteja te bloqueando ou interferindo neste processo.

O que fazer?

Calar um pouco do que está fora e ouvir a voz do que está dentro. São tantas coisas gritando, contas do cartão, prestações, despesas em geral, sonho em comprar um carro, casa, viagem.

A correria do mundo atual é algo que não deixa tempo para pensar em você, que é a base de todo este processo. Isso parece complexo para você? Na verdade é simples, temos a capacidade de nos organizar psicologicamente de forma natural, basta separar um tempo para que nossa estrutura se organize, e para que isso ocorra, basta você NAO FAZER NADA, isso mesmo, separar um tempo para que os pensamentos possam se calar, entrar em contato com o natural, ambiental, pássaros, natureza, vida, contemplando, não aquilo que deseja, mas aquilo que já conquistou. Depois de um tempo, notará o quanto existe de você dentro de você.

Este tempo existe em sua vida? Creio que a simples leitura deste poste já seja um pouco deste tempo.
Não esqueça jamais, você é a força propulsora do seu universo, experimente olhar para dentro de você, e terá uma incrível experiência que solidificará as bases da sua vida.

Pense nisso.

Grande abraço.

Alex Ferreira

01/05/2018

Equipe Ethos passando na sua timeline para registrar um breve recadinho reflexivo:

Feliz dia do trabalhador para quem não esqueceu que o trabalho mais importante de todos é o trabalho interior!

03/04/2018