04/07/2018
A espasticidade é uma desordem motora caracterizada por um aumento dependente da velocidade dos reflexos de estiramento tônico (tônus muscular) com movimentos bruscos exagerados do tendão, resultantes da hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento, como um componente de uma síndrome do neurônio motor superior.
A espasticidade está associada a condições como a paralisia cerebral, a esclerose múltipla, lesões vertebro-medulares e acidentes vasculares cerebrais.
Este tipo de danos no SNC altera a inibição dos nervos periféricos na região afetada. Esta mudança tende a favorecer a excitação e, portanto, aumentar a excitabilidade nervosa. Ao mesmo tempo, estes danos também fazem com que as membranas das células nervosas repousem num estado mais despolarizado.
A combinação da inibição diminuída e aumento do estado despolarizado de membranas aumenta a atividade de estruturas enervadas pelos nervos afetados. Assim, os músculos afetados têm outras potenciais alterações de desempenho em adição à espasticidade, incluindo fraqueza muscular; diminuição do controlo do movimento; clônus; reflexos profundos exagerados; e diminuição da resistência.
Problemas associados que surgem ou se agravam devido à espasticidade são, por exemplo, amplitude de movimento limitada, posturas anormais que podem produzir dor, capacidade funcional diminuída, distúrbios estéticos ou de higiene.
Fisioterapia # Espasticidade
A capacidade de recuperar a funcionalidade muscular, comprometida pela espasticidade, está relacionada a diversos fatores. A fisioterapia é de extrema importância para a reabilitação neurológica, inclusive para a espasticidade. Isto porque, a partir da região cerebral não afetada, os tecidos residuais e suas conexões com a área lesada restauram e reorganizam a rede neural para recuperar a função.