29/10/2025
Me chamo Solange Maria Ilkiu tenho 60 anos, nasci em Capanema e moro ainda no Município. Em 2021, comecei a sentir muita dor no braço e acreditava que fosse por causa do meu trabalho com massagens. A dor era intensa — eu não conseguia levantar o braço, nem mesmo para levar o garfo à boca. Ao mesmo tempo em que pensava se tratar de algo relacionado à profissão, algo dentro de mim dizia que era uma dor diferente.
No início, não procurei ajuda médica. Depois de alguns meses, ao lembrar que há muitos gânglios linfáticos nessa região, resolvi tocar minha mama. Foi então que percebi um caroço na mama direita, exatamente do mesmo lado da dor no braço. Isso aconteceu em uma sexta-feira.
Na segunda-feira seguinte, ao chegar ao trabalho (na Assistência Social), comentei o ocorrido com meus colegas. A Jucieli, prontamente, me levou até a Clínica da Mulher, onde fui atendida pela enfermeira Sheila. Ela me examinou e me encaminhou para realizar uma mamografia.
Cerca de 30 dias depois, recebi a triste notícia: o resultado confirmou um câncer de mama com metástase nas vértebras T6, L1, L4 e também no fêmur. Senti como se tivesse perdido o chão. Fui encaminhada para o CEONC, onde iniciei o tratamento com quimioterapia.
Um ano depois, passei por uma cirurgia na mama, na qual foi retirado um quadrante e também a axila. Em agosto de 2024, recebi mais uma notícia difícil: haviam sido encontrados três tumores na cabeça.
Realizei então um tratamento diferenciado, chamado radioterapia ablativa, uma microcirurgia feita diretamente nos tumores. Fiz cinco sessões, em dias alternados. Uma semana após o término, iniciei nova etapa de quimioterapia.
Desde abril de 2021, meu tratamento nunca parou. A cada 21 dias, faço uso de medicação. Mesmo com todos os desafios, com a graça de Deus e as orações dos amigos, estou muito bem!