30/04/2025
A jornada dos opioides como analgésicos começou há milênios, com os egípcios descobrindo o poder das sementes de papoula no alívio da dor. Esse conhecimento ancestral marcou o início de uma busca incessante por substâncias capazes de controlar o sofrimento físico.
Com o tempo, o desenvolvimento de compostos como o éter e a morfina revolucionou a medicina, permitindo procedimentos cirúrgicos antes impensáveis. Porém, esse avanço trouxe um lado sombrio: durante a Guerra Civil Americana (1861-1865), os casos de dependência de morfina explodiram entre soldados feridos, revelando pela primeira vez o potencial devastador do vício em opioides.
Hoje, esse mesmo problema persiste – em escala global. O que começou como uma solução medicinal transformou-se em uma crise de saúde pública, mostrando que, enquanto a dor é inevitável, o uso indiscriminado de opioides não pode ser a resposta.
A lição que a história nos ensina?
O alívio da dor exige equilíbrio: respeitar o poder dessas substâncias em casos agudos, mas buscar alternativas sustentáveis para o tratamento da dor crônica.
TRATAMENTO NÃO OPIOIDE DA DOR
A dor crônica é uma patologia altamente prevalente e uma das principais causas de incapacidade a nível mundial. A existência de cada vez mais doentes com pouca resposta à terapêutica farmacológica e o reconhecimento atual, através de novos modelos científicos, de que trata-se de uma doença multifatorial com diversas formas de apresentação, podendo tanto ser associada a alterações físicas como surgir sem alterações físicas objetiváveis vêem a reforçar a importância das intervenções não farmacológicas na gestão e tratamento da dor crônica.
O uso desgovernado da medicação analgésica pode causar muitos efeitos colaterais e até mesmo o vício. Os opióides, por exemplo, tem sua importância e precisam ser utilizados em casos específicos, a questão que vemos atualmente é o aumento do uso sem prescrição adequada ou automedicação, provocando uma epidemia de dependência medicamentosa e falha no controle da dor.
Saiba mais em: https://www.angelspilates.com.br/a-historia-dos-opioides-da-antiguidade-a-epidemia-moderna/