27/07/2023
Não é magia, é fisiologia.
Não é fácil fazer um medicamento chegar ao cérebro.
Os vasos sanguíneos que irrigam o sistema nervoso central são revestidos por uma estrutura especial composta por três tipos de célula que, em conjunto, atuam como um filtro muito seletivo. Chamada de barreira hematoencefálica, essa estrutura só permite a passagem de alguns compostos necessários para o funcionamento cerebral adequado, como nutrientes, hormônios e gases.
Essa seletividade protege o sistema nervoso central de moléculas tóxicas encontradas no sangue e também impede que um fármaco consumido por via oral ou injetado na corrente sanguínea atinja o cérebro, mesmo quando isso é necessário.
Porém os óleos essenciais contendo sesquiterpeno, , por serem lipossolúveis e de tamanho molecular pequeno, conseguem atravessar a BHE, chegar no cérebro com certa facilidade e com potencial de trazer benefícios terapêuticos em varias patologias nesse órgão.
Embora os sesquiterpenos tenham sido particularmente estudados, é razoável supor que outros compostos de óleo essencial, especialmente os monoterpenos, que são estruturalmente menores do que os sesquiterpenos, também podem penetrar na barreira hematoencefálica.