17/10/2025
Falar de autocuidado virou algo tão comum que, às vezes, a palavra perde o sentido.
Mas o cuidado de si não é um projeto de produtividade emocional — é um movimento de presença.
É lembrar que o corpo cansa.
Que o silêncio também comunica.
Que a pausa não é ausência, é espaço.
Talvez o mais difícil seja justamente o mais óbvio:
voltar a habitar o próprio ritmo,
escutar o que o corpo diz antes que ele grite,
e permitir-se existir sem precisar justificar o descanso.
No fim, autocuidar-se é só isso:
lembrar de cuidar da existência antes de ser qualquer papel.
Na psicoterapia (e) entre nós, o cuidado também é encontro.
Julia Cabral Mazini
Psicóloga e Mestre em Psicologia