Entre Mães

Entre Mães Considerações sobre psicologia e maternidade.

Vou te confessar uma coisa: eu sei que não dá pra ser a mãe perfeita, mas mesmo assim eu tento. Tento muito.Eu tento, in...
12/03/2021

Vou te confessar uma coisa: eu sei que não dá pra ser a mãe perfeita, mas mesmo assim eu tento. Tento muito.

Eu tento, insisto, me cobro, me frustro. E me culpo um monte por não conseguir e outro tanto por me sentir frustrada.

E me lembro que não dá pra ser perfeita, respiro. Aí me culpo por tentar, por esquecer que a imperfeição é parte da vida, é parte de mim. E me culpo até por me culpar.

Respiro. E busco me perdoar, fazer as pazes comigo e fazer o possível, ser o melhor que dá.

E nessa de querer ser a melhor mãe possível, lá vou eu buscando com todas as forças acertar. E acertar sempre, até quando não tem resposta certa. Querendo prever as consequências de cada pequena decisão. Lá vou eu tentando ser perfeita, insistindo, cobrando, frustando e me culpando.

Pra depois respirar, fazer uma pausa, lembrar que sou humana e me perdoar.

Parece um ciclo sem fim, mas cada vez que me lembro que sou humana e cada vez que busco o melhor de mim aprendo um pouquinho, me perdoo um pouquinho mais e me culpo um pouquinho menos. E de pouco a pouco vou me percebendo nessa dança que é me equilibrar entre o meu melhor e o meu possível no momento.

Acho que viver é mesmo dançar.
dialogoentremaes

Cancela 2020?É, estamos no meio do ano de 2020. Um ano atípico, cheio de surpresas assustadoras, fora do nosso controle ...
04/07/2020

Cancela 2020?

É, estamos no meio do ano de 2020. Um ano atípico, cheio de surpresas assustadoras, fora do nosso controle e difíceis de lidar.

E aí? Dá pra cancelar 2020? Fazer de conta que não aconteceu e pular pra frente? Dá vontade, né! Entrar na onda negacionista, fechar os olhos e seguir em frente...

Mas, preparadas ou não, 2020 está aí, está acontecendo. Não temos opção a não ser lidar com a realidade.

Quando bebês, tampamos nossos olhos e ficamos invisíveis. E o que não vemos deixa de existir. Mas em algum momento crescemos, adquirimos novos conceitos, conhecimentos e habilidades.

Lembra do homem ar**ha? "Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades!" Pois é. Na vida adulta as responsabilidades são muitas, e talvez a maior delas seja a de lidar com a realidade. E ela é como é. As vezes como esperamos, as vezes como queremos, mas nem sempre.

Estamos no meio de 2020. O que aprendemos até aqui? Como estamos lidando com nossa realidade? Como seguiremos por hoje, e amanhã, e depois, dia após dia, um dia de cada vez?

Por Juliana Correia

Já ouviu falar de resguardo?O nome técnico é puerpério. Mas aqui em Goiás, desde os tempos da minha avó a gente fala “re...
02/07/2020

Já ouviu falar de resguardo?

O nome técnico é puerpério. Mas aqui em Goiás, desde os tempos da minha avó a gente fala “resguardo”. Gosto de como essa palavra soa. E me encanta mais ainda o sentido que ela carrega.
No dicionário, resguardar é guardar com cuidado, abrigar, defender, proteger-se.

E o resguardo traz esses sentidos. É momento de guardar com cuidado, de abrigar tanto o bebê que nasceu quanto a mãe recém nascida. Ambos precisam ser cuidados e protegidos nesse momento.

Se você está de resguardo, busque esse abrigo. Silenciar um pouco do mundo exterior, se fechar em torno de si e do bebê em busca de proteção é um movimento muito saudável nesse momento. É tempo de olhar, de sentir, de intuir. De aceitar a falta de controle e ir se (re)descobrindo mãe e mulher.

Se você é próxima a uma mulher no resguardo, proteja-a. Cuide no que for possível para que o mundo exterior não a invada nesse espaço sagrado de recém mãe. Seja escudo, filtro, colo e ouvido.

É um período sem tempo pré-determinado de duração. Se fisicamente a mulher pode (não necessariamente) estar pronta pra sair do resguardo em cerca de 45 dias, como diziam os antigos, psicologicamente não há tempo fixo, e também não há a retomada de tudo de uma vez.
Pouquinho a pouquinho vamos sentido que podemos nos abrir, baixar a guarda e reencontrar com o mundo a partir de um novo lugar.

Por Juliana Correia

  • • • • • •Nossa maratona de LIVES continua na SEGUNDA, às 15h, com a participação da psicóloga perinatal Juliana Corr...
28/06/2020


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Nossa maratona de LIVES continua na SEGUNDA, às 15h, com a participação da psicóloga perinatal Juliana Correia - , aluna da EPP. Juntas vamos conversar sobre o autocuidado materno. Te esperamos por aqui! 😉

Por vezes me pego cantarolando pro meu filho as canções que meus pais cantavam pra mim e meus irmãos na infância. Ao nos...
22/06/2020

Por vezes me pego cantarolando pro meu filho as canções que meus pais cantavam pra mim e meus irmãos na infância. Ao nos tornamos mães - e pais - é comum revisitar nossa própria infância.

Fico pensando nos meus pais, em como criaram a mim e meus irmãos. E sinto que preciso me desculpar com eles. Não por ter dado trabalho ou por ter sido criança. Mas porque já fui dessas pessoas que diz orgulhosa "se hoje sou quem eu sou é graças as varadas que tomei".
Desculpa, mãe. Desculpa, pai. Quando eu falava isso, não percebia o erro que estava cometendo!

Depois de muita reflexão, aprendizado e autoconhecimento eu sei, se hoje me tornei quem sou, foi graças as histórias contadas debaixo das árvores ou à beira da cama. Graças aos colos e abraços, as brincadeiras inventadas, aos cuidados, orientações e a todas as canções que cantaram.
Houveram varadas também, eu me lembro. Mas houve muito mais! Houve muito amor, acolhimento e exemplo. Ah, o exemplo! Ele arrebata, né.

Me pego cantando as canções e agradeço. Vocês fizeram o melhor que puderam, e eu, sendo quem sou, continuarei fazendo o melhor que puder.

Por Juliana Correia Silvério

Ainda não consegui silenciar o barulho aqui dentro e escrever sobre o que aconteceu.Compartiho a reflexão da Gi Bauxita,...
06/06/2020

Ainda não consegui silenciar o barulho aqui dentro e escrever sobre o que aconteceu.
Compartiho a reflexão da Gi Bauxita, que traduziu o que venho sentindo e pensando esses dias.

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Respirei um dia a mais e cá estou. Eu não consigo mensurar a dor da perda dessa mãe preta, pobre, sem opção de dizer “não vou trabalhar porque não tenho com quem deixar meu filho.”

Mas mais do que isso, eu quero trazer aqui o QUANTO essa sociedade é ra***ta, pedófoba, machista e desprovida de empatia. .
Eu mesma já repliquei frases e piadas de intolerância. Era “engraçado”, né?

Nunca foi engraçado para para os alvos dos comentários. Essa sinhazinha não conseguiu ter empatia por uma CRIANÇA CHORANDO, sabe por que? Porque muitos dos que se dizem estupefatos com esse evento horrendo são os mesmos que não toleram choro de criança nos voos, nos restaurantes, no apartamento do vizinho. São os mesmos que dizem que “quem pariu Mateus que embale” e que mandam um “se vire” quando o mercado de trabalho não absorve ou expulsa essa mãe.

“Devia ter pensado antes de engravidar.” Esse é o atenuante de alguns comentários sobre o crime cometido. Porque minhas caras amigas, a culpa sempre será da mãe.

Eu me pego pensando na aflição dessa criança sozinha e perdida num lugar desconhecido procurando pela mãe e dando de cara com esse retrato escrachado e cuspido de ser humano branco e privilegiado. Classe média na qual me incluo e cujo discurso tanto me envergonho.

Cheios de moral, bons costumes e MUITA hipocrisia. Miguel não vai voltar, essa mãe perdeu seu filho. .
Mais uma criança preta e pobre que perde sua vida por causa dos mesmos privilégios que sustentam a intolerância à cor da pele, o machismo estrutural e a aversão à infância.

Repensem o que dizem sobre as grávidas, sobre as mães, sobre as discrepâncias sociais, sobre o racismo e sobre as crianças. .
Repense suas atitudes ao se dirigir a uma criança e repense sua postura ao falar em privilégios. A consciência é o primeiro passo essencial para que esse tipo de crime não mais ocorra.

Miguel não vai voltar e o meu "sinto muito" não faz a menor diferença à dor dessa mãe. Eu realmente sinto muito.

Hoje o dia amanheceu diferente!Não... Na verdade, são meus olhos que o vêem de um jeito especial.Hoje é o dia seu, esse ...
29/05/2020

Hoje o dia amanheceu diferente!
Não... Na verdade, são meus olhos que o vêem de um jeito especial.

Hoje é o dia seu, esse dia que é tão meu. Afinal, aniversário de filho é aniversário de mãe também. Quando você nasceu, nasci também.

E juntos vamos crescendo. Desafiando nossas certezas e nossos medos. Aprendendo. Sendo família recheada de amor. Felicidade pra nós!

Repost de Adoro essa ilustração! Muita gente acha que autocuidado se resume a aparências e superfícies. Erro grave. Auto...
27/05/2020

Repost de

Adoro essa ilustração! Muita gente acha que autocuidado se resume a aparências e superfícies. Erro grave. Autocuidado são todas as práticas que a gente realiza e que têm como objetivo NOS PRIORIZARMOS: corpo, mente, espírito. E já passou da hora de entendermos que cuidar de si mesmo não pode ser luxo, é essencial. Por muito tempo, nós, mulheres, fomos convencidas de que precisávamos colocar tudo antes de nós mesmas: família, marido, filho, carreira, os outros. Nada mais patriarcal que isso... E enquanto éramos vistas como seres a serviço dos outros, colocávamos a nós mesmas no último lugar da fila. Resultado? Depressão, exaustão, sentimento de abandono, baixa autoestima. Que nos mantêm presas a relacionamentos abusivos: com parceiros, com amigos, com relações de trabalho. Não dá para lutar pelo mundo quando não lutamos por nós. Não dá pra educar crianças sem violência para que também rejeitem a violência se não cuidamos de nós. Não dá pra colocar a máscara de oxigênio em todo mundo e nos deixar por último, porque quando chegar nossa hora, já estaremos sem conseguir respirar.
Escolha uma prática de autocuidado por dia. Nem que seja por 15 minutos. Priorize a si mesma. Deixe de fazer uma das coisas, que seja, pelos outros e faça por si. Somos a linha de frente. Sem nós, não há sociedade. Conscientize-se disso e use a seu favor.

Não permita que o seu bem estar seja o último da fila. Manter-nos em um estado de apatia e sobrecarga constante é uma estratégia poderosa para nos manter dependentes e vulneráveis. Rejeite isso. Primeiro nós. Depois quem amamos. Inclusive para que esse amor tenha uma qualidade e uma maturidade maior.

E se precisar de ajuda para repriorizar as coisas da sua vida, me chama!
Texto de Lígia Moreiras,

Arte de

Repost de Adoro essa ilustração! Muita gente acha que autocuidado se resume a aparências e superfícies. Erro grave. Auto...
27/05/2020

Repost de

Adoro essa ilustração! Muita gente acha que autocuidado se resume a aparências e superfícies. Erro grave. Autocuidado são todas as práticas que a gente realiza e que têm como objetivo NOS PRIORIZARMOS: corpo, mente, espírito. E já passou da hora de entendermos que cuidar de si mesmo não pode ser luxo, é essencial. Por muito tempo, nós, mulheres, fomos convencidas de que precisávamos colocar tudo antes de nós mesmas: família, marido, filho, carreira, os outros. Nada mais patriarcal que isso... E enquanto éramos vistas como seres a serviço dos outros, colocávamos a nós mesmas no último lugar da fila. Resultado? Depressão, exaustão, sentimento de abandono, baixa autoestima. Que nos mantêm presas a relacionamentos abusivos: com parceiros, com amigos, com relações de trabalho. Não dá para lutar pelo mundo quando não lutamos por nós. Não dá pra educar crianças sem violência para que também rejeitem a violência se não cuidamos de nós. Não dá pra colocar a máscara de oxigênio em todo mundo e nos deixar por último, porque quando chegar nossa hora, já estaremos sem conseguir respirar.
Escolha uma prática de autocuidado por dia. Nem que seja por 15 minutos. Priorize a si mesma. Deixe de fazer uma das coisas, que seja, pelos outros e faça por si. Somos a linha de frente. Sem nós, não há sociedade. Conscientize-se disso e use a seu favor.

Não permita que o seu bem estar seja o último da fila. Manter-nos em um estado de apatia e sobrecarga constante é uma estratégia poderosa para nos manter dependentes e vulneráveis. Rejeite isso. Primeiro nós. Depois quem amamos. Inclusive para que esse amor tenha uma qualidade e uma maturidade maior.

E se precisar de ajuda para repriorizar as coisas da sua vida, me chama!

Texto de Lígia Moreiras,

Arte de

A Amanda Moura me convidou e eu topei!Hoje às 18:30 tem Live no perfil dela no Instagram, .Vamos falar sobre maternar e ...
25/05/2020

A Amanda Moura me convidou e eu topei!
Hoje às 18:30 tem Live no perfil dela no Instagram, .
Vamos falar sobre maternar e trabalhar em tempos de pandemia.
Espero você lá!

Ah, e se você ainda não me acompanha no Instagram, aproveita e me segue, no falo sobre a maternidade possível, trazendo contribuições da psicologia pra que nossa vida de mães seja mais leve.

Hoje eu não estou bem.Já amanheci assim, meio atravessada, meio com "a pá virada". E assim o dia seguiu, pesado, irritaç...
22/05/2020

Hoje eu não estou bem.

Já amanheci assim, meio atravessada, meio com "a pá virada". E assim o dia seguiu, pesado, irritação batendo forte.

Aí, como era de se imaginar, o cenário tava pronto pro caos se desenrolar. A troca de fralda virou campo de batalha, as estratégias que sempre façam certo dessa vez não chegaram nem perto, a negociação ficou impossível (pelo menos pra mim naquela hora).

Explodi. Explodi feio. Tinha outro jeito? Tinha, eu sei que tinha. Mas na hora não deu. Explodi.

Depois que explodi, me forcei a tirar um tempo, catei meus caquinhos espalhados (explodi, lembra?). E por cima de tudo, a bendita culpa pra coroar "Você podia ter feito de outro jeito, você sabe que tinha outro jeito".

Hoje precisei ouvir de outra pessoa: "Você é humana, lembra! Dá um jeito de se perdoar." Obrigada! Precisava me lembrar.

Aí vem o pequeno sorrindo com carinha de sapeca, como se nada tivesse acontecido mais cedo. A resiliência das crianças é algo encantador. E capacidade de perdoar também.

Respiro fundo. Ainda não posso dizer que estou bem, mas o caos já passou e sei que tudo vai se ajeitar aqui dentro.

Nem todos os dias são leves. E tá tudo bem. Somos resilientes e sempre podemos recomeçar.

Por Juliana Correia

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Catalao, GO

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