Helenara Sironi de Moraes- Psicóloga e Psicanalista

Helenara Sironi de Moraes- Psicóloga e Psicanalista Psicóloga, psicanalista e mestra em educação. Atendimento presencial e online. Me chamo Helenara, sou psicóloga, psicanalista e mestra em educação.

E acredito que estas três áreas do conhecimento são grandes potências transformadoras!

Divido com vocês um dos meus poetas favoritos e fico pensando:  Vale a pena buscar verdades universais? Ou a relatividad...
12/04/2023

Divido com vocês um dos meus poetas favoritos e fico pensando: Vale a pena buscar verdades universais? Ou a relatividade das coisas tá aí justamente pra gente pensar no um-de-cada-um?

" Um fotógrafo-artista me disse outra vez: veja que pingo de sol no couro de um lagarto é para nós mais importante do que o sol inteiro no corpo do mar. Falou mais: que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem com barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós. Assim um passarinho nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que a Cordilheira dos Andes. Que um osso é mais importante para o cachorro do que uma pedra de diamante. E um dente de macaco da era terciária é mais importante para os arqueólogos do que a Torre Eifel. (Veja que só um dente de macaco!) Que uma boneca de trapos que abre e fecha os olhinhos azuis nas mãos de uma criança é mais importante para ela do que o Empire State Building."
Manoel de Barros

" Ela parte do princípio de que todo o ser humano tem algum mal-estar, sente e faz coisas estranhas. Por essa razão, pos...
10/04/2023

" Ela parte do princípio de que todo o ser humano tem algum mal-estar, sente e faz coisas estranhas. Por essa razão, postula que o caminho para tratar destas 'esquisitices' é pautar-se em algo específico que não se encaixa em modelos de tratamento e privilegia o que há de mais próprio aquele que demanda o tratamento: o inconsciente." Liége Lise

A experiência analítica nos mostra que alguns sujeitos tem especial dificuldade em dar nome aos seus estados afetivos.Nã...
05/03/2023

A experiência analítica nos mostra que alguns sujeitos tem especial dificuldade em dar nome aos seus estados afetivos.
Não conseguem distinguir, por exemplo, o medo da irritação, a angústia da depressão e assim por diante.
Parece haver uma certa recusa em relacionar uma dor com algum acontecimento "causa-dor".
São discursos que na maioria das vezes apresentam um certo vazio, ou um relato de alguém que está estranho ( estrangeiro de si mesmo) em determinada situação: Narrativas carregadas de automatismo, com pouca representação em palavras, onde modos de pensar "deslibidinizados" são escutados com frequência na clínica.
Observa-se em alguma medida, comportamentos psicossomáticos (que transformam em doenças do corpo experiências que excedem nossa capacidade de simbolizar), em qualquer pessoa em algum determinado momento de vida.
Porém alguns sujeitos em especial, parecem ter como escolha principal diante de situações de angústia, o desenvolvimento de uma doença psicossomática.
Em ambos os casos, o que faz eclodir a questão dos fenômenos psicossomáticos são os acontecimentos que extrapolam a capacidade de tolerância habitual de um sujeito.
Com estes pacientes, precisamos fazer um caminho de dar nome aos afetos que costumeiramente f**am desligados e que acabam por se tornar doenças do corpo.


"A aventura psicanalítica é empreendida por aqueles que desejam delimitar os continentes desconhecidos, as terrae incogn...
29/01/2023

"A aventura psicanalítica é empreendida por aqueles que desejam delimitar os continentes desconhecidos, as terrae incognitae de sua mente. Os indivíduos que embarcam em tal expedição fazem-no com a esperança de que suas descobertas lhes permitirão tirar proveito da aventura da vida e enfrentar melhor as tempestades e infortúnios que cada um inevitavelmente conhece."

⛵⛵⛵

Joyce McDougall em Teatros do corpo: O Psicossoma em Psicanálise.

O ser humano é, ao nascer, completamente dependente do Outro. Ele necessita que alguém satisfaça as suas necessidades bá...
23/09/2022

O ser humano é, ao nascer, completamente dependente do Outro. Ele necessita que alguém satisfaça as suas necessidades básicas e que consiga traduzir o seu choro em demanda.
Vocês já devem ter se perguntado, ao observar uma mãe e um bebê onde, diante do choro da criança, a mãe comenta: "esse é um choro de cólica, este é porque ela está enjoadinha pois dormiu pouco." Para quem vê de fora, isso parece loucura e de fato é! Tanto que Winnicott tem uma expressão chamada de "loucura necessária das mães", justamente essa capacidade de dar sentido ao choro de um bebê, fome, frio, sono, enjôo, dor de barriga... A mãe faz uma suposição de que seu bebê chora porque demanda algo que ela pode dar. Dito de outra forma, essa loucura materna é o que possibilita a uma mãe atribuir algum sentido ao choro de um bebê.
Por isso a mãe é o lugar da linguagem para o pequeno ser. Tesouro dos signif**antes como aponta Lacan, nosso grande Outro.
Conta-se sobre o experimento de um imperador que viveu em XIII d.C, Frederico II. Ele queria saber qual era a língua das crianças recém nascidas e para tanto colocou um grupo de bebês em isolamento. A intenção dele era descobrir qual língua as crianças submetidas a isolamento, somente recebendo os cuidados do corpo como alimentação e higiene aprenderiam a falar. Os cuidadores entravam no ambiente e não falavam com os bebês, não emitiam sinal algum. Apenas alimentavam e limpavam as crianças em silêncio.
O resultado deste experimento foi a morte das crianças.
Com isso, evidencia-se o fato de que a satisfação das necessidades básicas de um pequeno ser não são suficientes para mantê-lo em vida! É preciso mais.
É preciso que o Outro primordial, expressão cunhada por Lacan para enfatizar a necessidade de que a mãe ou quem seja responsável por fazer essa função, ofereça suporte de linguagem a criança.
É dizer a um bebê que "nada entende" que quando ele chora f**a com o beiço igual do pai, ou que a maneira com que ele coloca suas mãozinhas em baixo da cabeça pra dormir faz lembrar de sua avó.
Emprestar palavras é inscrever o bebê no campo da linguagem, porém esse que empresta seus signif**antes não se reduz a figura materna (continua nos coment)

A criança reproduz na sua forma de br**car a própria vida. Por isso é comum que os personagens sejam em grande parte uma...
18/08/2022

A criança reproduz na sua forma de br**car a própria vida. Por isso é comum que os personagens sejam em grande parte uma imitação de si e/ou de figuras parentais importantes. Ela imita aspectos de seu dia a dia, as suas vivências e da família, pois é através desta reprodução, que ela faz tentativas de assimilar pessoas e acontecimentos que estão presentes em seu cotidiano.
Fazendo uso deste mecanismo projetivo, ou seja, de colocar pra fora os medos, as angústias e as inseguranças que estão do lado de dentro, a criança procura recursos para ajudá-la a lidar com a realidade externa que por vezes pode ser percebida como algo desagradável.
Além destas figuras parentais, encontramos no br**car combinações com seres imaginários como os monstros, zumbis, bruxas e muitos outros. Aqui também observamos os recursos da criança para dar vazão aos seus medos inconscientes que podem ser inclusive fruto de fantasmas da história familiar!
Por isso a dica é sempre levar muito a sério a br**cadeira infantil, pois ela é a maneira pela qual a criança comunica as suas angústias para os adultos.
Favoreça espaços criativos para as br**cadeiras, sem se preocupar tanto com a quantidade de brinquedos.
Lembre-se que o faz de conta dá mais espaço para a criação e também para a experimentação!

É comum escutar no consultório, durante as entrevistas preliminares, pais que relatam não saber como br**car com seus fi...
17/08/2022

É comum escutar no consultório, durante as entrevistas preliminares, pais que relatam não saber como br**car com seus filhos.
Eu sei que isso pode soar estranho, porque o br**car parece algo instintivo, mas não é.
Para sentar com uma criança e se conectar com ela através do brinquedo, é preciso que lhe seja dado um espaço e condições para que ela possa agir livremente, ser criativa e neste movimento poder representar pela br**cadeira a riqueza de sua realidade psíquica.
A criança faz uso do brinquedo como forma de ir de encontro ao outro, mas para que este encontro aconteça, é preciso que aquele que br**ca, esteja inteiramente conectado e disposto para aquele momento.
Uma dica valiosa é se desconectar um pouco das mídias e dos aparelhos que produzem distração e topar o convite da criança para br**car! Escute o que ela propõe, pergunte quem ela quer que você seja durante a br**cadeira e dê espaço para sua imaginação, sem medo de parecer bobo ou de perder sua autoridade paternal!
Com as crianças maiores e pré adolescentes, os jogos de tabuleiro podem ser um bom momento de integração entre pais e filhos.
Não se preocupe com a questão de ter muito tempo disponível para a br**cadeira, não é disso que se trata o encontro com o outro, a criança, através do br**car! Fique atento a sua disponibilidade psíquica para o momento, pois ela facilita a sua entrada na br**cadeira.
Além disso, por vezes se faz necessário que os pais também entrem em análise, para compreender de forma mais profunda as raízes de suas dificuldades em relação ao br**car.
Acredite, seu filho tem muito a lhe contar se você conseguir escutá-lo br**cando!

As crianças produzem suas próprias teorias sobre a sexualidade. Criam especulações que dizem respeito a uma curiosidade ...
12/08/2022

As crianças produzem suas próprias teorias sobre a sexualidade. Criam especulações que dizem respeito a uma curiosidade natural e que expressam através da temida pergunta: De onde vêm os bebês?
Freud nos ensina que diante da curiosidade das crianças sobre o sexual, não devemos adotar uma postura de segredos ou de falsas informações.
Tais questões, devem ser tratadas com a criança da mesma forma com que se trata de outros assuntos de grande relevância.
Por vezes, a dificuldade dos pais em lidar com o tema, diz respeito a questões não bem resolvidas em relação a sua própria sexualidade
Daí a importância das escolas, por exemplo, tratarem com clareza a temática, abrindo espaço para discussão, favorecendo o conhecimento da criança e diminuindo a criação de teorias absurdas e infundadas que irão prejudicar o seu desenvolvimento.
Lembrando que a comunicação com uma criança precisa ser pensada para sua faixa etária, com linguagem própria mas sempre com a intenção do esclarecimento e do compromisso com a verdade das coisas.
Para saber mais: Freud 👉 Sobre teorias se***is infantis (1908).

"Muitos pais usam inconsciente os distúrbios do filho para se decidirem a ir eles próprios procurar um psicanalista. De ...
14/07/2022

"Muitos pais usam inconsciente os distúrbios do filho para se decidirem a ir eles próprios procurar um psicanalista. De fato, eles vêm e trabalham, sem se dar conta, com o terapeuta, o que ficou bloqueado em seu próprio desenvolvimento e nas suas relações com os próprios pais. Torna-se perceptível que a chegada de uma criança reatualizou conflitos ocultos, não resolvidos, que eles conheceram na mesma idade com os próprios pais. Revivem então, através do filho, uma relação puramente imaginária que não concerne absolutamente a ele."
Dolto, Françoise. Seminário de psicanálise de crianças. p.12

Compartilho dessa idéia inspirada nos escritos de Françoise Dolto sobre um clínica construída a partir de um saber concr...
14/07/2022

Compartilho dessa idéia inspirada nos escritos de Françoise Dolto sobre um clínica construída a partir de um saber concreto, fruto da escuta e da experiência. Do contrário, teríamos apenas uma teoria sendo forçada a se enquadrar em um fazer que por vezes coloca inclusive a própria teoria em questão.
Isso não quer dizer que não precisamos das teorias. Elas sustentam um técnica e amparam nossa escuta. Mas é preciso experimentar o conhecimento, fazer outra coisa com ele, pois é essa experimentação que permite um escuta desacomodada.

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Rua Garibaldi, 789 Sala 87
Caxias Do Sul, RS
95080-190

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