17/12/2024
As vésperas de mais um recesso, fazendo fechamentos do ano e de vários processos terapêuticos, fiquei pensando sobre o que dividir aqui sobre esse ano que passou.
Me lembrei então, desses semanas recentes, em que primeiro eu “rancei” com a trend de “como vou ser triste”, depois eu “rancei” com a trend de falar da trend - “está tudo bem ser triste também” esta segunda, em resposta a primeira.
Acho que somos tão mais complexos do que “alegria e tristeza”, que dá uma gastura ver o quanto a saúde mental, embora em voga como muito desejado por nós profissionais da área, tem se tornado algo raso e inserida na logica mercadológica de uma maneira cada vez mais adaptada a demanda de venda das redes sociais (mas esse buraco é bem mais embaixo...então deixa pro ano que vem rsrsrs).
OK: a verdade é que a segunda trend faz sentido, de fato. Acho mesmo que quem viveu 2024 e foi feliz o tempo inteiro, não tá legal não. Bom, isso não vale só para o ano...Vale pra toda a vida mesmo: se estamos agarrados em um desses polos, como se as coisas fossem assim, dicotômicas, só felizes ou só tristes, o que estamos, é muito desconectados.
Acho também muito valido fazermos balanços de períodos da vida. A troca de ano oportuniza essa reflexão e ajuda a olharmos pra tudo que deu certo, já que a tendencia é, invariavelmente, o olhar exigente e negativo para os nossos feitos, se não estivermos atentos ao que sobrevivemos e realizamos de bom. Então, parar para refletir sobre o crescimento do período e o tanto de conta que a gente deu, faz realmente muito bem.
Porque é isso: sorrindo ou chorando, se vive emoções, se atravessa situações, se celebra conquistas.
Pessoalmente, por aqui, 2024 foi bem desafiador. Ter um novo papel pra desempenhar, retomar a vida profissional em meio a privação de sono nunca vista, ressignificar uma série de visões, de desejos, de relações. Ver sonhos virarem reais e se assustar com muitos medos também concretos. Enfim, um ano bem vivido e realizado.
(Continua nos comentários)