05/02/2021
“Quando a educação não é libertadora o sonho do oprimido é ser o opressor”.
Essa frase de Paulo Freire nos mostra o quão resistente é essa passagem de geração que alimenta uma cultura autoritária e punitiva. Temos o exemplo dessa participante do bbb que está sendo criticada e cancelada por todo o brasil, mas que infelizmente não é a única com essa linhagem de pensamento sobre a educação. Sempre tenho dito em minhas palestras que a criança reproduz o comportamento que vivenciou, que observou e aprendeu, ela não é capaz de dar aquilo que não recebeu, que nem sequer conheceu. Ela aprende a aceitar qualquer migalha de amor, porque não o foi dado o amor respeitoso que toda criança carece.
Esse é o resultado da sociedade que acredita que para que uma criança seja melhor eu preciso fazer com que ela se sinta pior, uma sociedade que acha normal o castigo, a punição, a agressão e que acha que ignorar a criança vai fazer dela uma pessoa melhor no futuro. Essas crianças no futuro irão simplesmente reproduzir esse comportamento, visto que consideravam esse mal tratamento como algo normal afinal de contas, aquele que eu tinha como figura de exemplo e autoridade na minha casa foi quem me tratou assim, e achando que é certo e que se beneficiou dessa “disciplina” em algum momento da vida seguem passando seus conhecimentos de geração para geração.
É necessário refletir sobre esse exemplo da Karol conká e pensarmos a respeito do que estamos fazendo com o que fizeram conosco? E o quanto os reflexos da nossa educação podem servir para fazermos o bem ao próximo ou o mal.
