26/08/2021
Um ano e meio da pandemia de coronavírus e o mundo não se tornou melhor, nem tampouco as pessoas mais solidárias.
Há muitas, inclusive, que sequer foram "tocadas" de alguma forma. Continuam "protegidas" em sua alienação.
Ver as pessoas finalmente recebendo a vacina, o dia a dia voltando a ter algum movimento, o medo mais diluído… aquece um pouco a esperança, todavia.
Mas esse tempo mais rígido já deixa marcas, sejam elas perceptíveis (no corpo mais tenso, sedentário); ou ocultas aos olhos, mas vívidas nos afetos (confusão, euforia, desânimo, procrastinação, tédio, ansiedade, tristeza, urgências, vazio, saudade).
Não que tudo isso seja privilégio desse período pandêmico; mas fazem parte da vida, agora potencializados.
O mundo aparece cada vez mais ambivalente, com sua beleza e crueldade.
Nossa efêmera condição, escancarada como luz intensa, que ofusca, quase cega!
A fragilidade da vida, porém, não deveria ser suficiente para diminuir seu valor.
O fato é que nossa capacidade de sentir parece sofrer constantes ataques: se anestesie, não sinta, não reaja…
O que nos tira, então, a possibilidade não apenas de sofrer, mas também de amar, de mudar, de crescer.
Diante tantos apelos ao não sentir, a angústia, vista como indesejada, intrusa... talvez faça parte da nossa saúde mental.
Espaços para cuidar dessa nossa capacidade de sentir são cada vez mais necessários.
Não hesite em procurar ajuda qualificada e profissional!
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