17/11/2025
Não existe comportamento "aleatório", todos têm uma função.
Logo, podemos afirmar que todos são funcionais? Sim, sob a ótica da ABA, os comportamentos podem ter 4 principais funções: obter atenção, acessar algo tangível (seja um brinquedo, TV, alimento e etc), esquivar-se ou fugir de demandas ou uma função chamada de “automática” (quando o próprio comportamento produz consequências, como sensações físicas, por exemplo, que o mantém).
No entanto, é importante destacar que, cotidianamente, no senso comum, o termo “funcional” é utilizado para classif**ar comportamentos que são mais comuns, esperados e socialmente compreensíveis por todos.
Por exemplo, quando uma criança chora porque “quer” obter atenção dos pais; para a ABA, este comportamento é funcional pois há uma função.
No entanto, no senso comum, ele pode ser visto como “disfuncional” ou “inapropriado” pois, não seria compreendido por todos que convivem com a criança e existem outras formas de obter atenção que são mais compreensíveis pela comunidade (como, por exemplo, solicitar carinho, dizer que quer brincar e etc).
Portanto, atualmente, os profissionais analistas do comportamento costumam classif**ar estes comportamentos como “comportamentos interferentes” pois, eles interferem no desenvolvimento (comunicação, qualidade de vida, autonomia e convívio em comunidade) da pessoa com autismo.
Analisar e compreender qual é a função mantenedora do comportamento interferente é o primeiro passo para ensinar novas formas de agir.
Por isso, ao observar um aprendiz, o mais importante não é julgar o que ele faz, e sim entender o porquê. É nesse ponto que o trabalho começa e as mudanças acontecem.
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