18/10/2025
Miasmas, Formas de Pensamento e Outras Energias Sutis
Por Sthan Xanniã Tehuantepeltl
Saúdo a tod@s.
Falo aqui não de teorias, mas de presenças que se tocam quando se aprende a ver com os olhos do coração.
O mundo visível é apenas uma camada do grande corpo do espírito. Por trás da carne, das palavras e dos gestos, existe uma rede de vibrações que tudo sustenta, onde pensamentos, emoções e intenções ganham forma, densidade e direção. É nesse território sutil que nascem os "miasmas" e as "formas de pensamento" — energias que habitam entre mundos, alimentadas pela força que lhes damos, conscientes ou não.
Miasmas são resíduos energéticos de experiências densas — dores não digeridas, mágoas, raivas, culpas, medos, traumas e tudo aquilo que foi sentido com força, mas nunca purif**ado. São fragmentos do passado que permanecem vivos, circulando pelo corpo energético como névoas que turvam a luz. Podem nascer de nós, das nossas emoções, ou chegar até nós por meio de ambientes, relações, heranças familiares, ancestralidade, memórias coletivas. São como poeira espiritual: se não cuidamos do campo, vão se acumulando, obscurecendo a clareza, drenando vitalidade, desorganizando o fluxo.
Já as formas de pensamento são criações diretas da mente e do sentimento. Todo pensamento carregado de emoção e crença molda a energia ao seu redor, gerando uma forma sutil que vive enquanto for alimentada. Pensamentos repetidos, impregnados de medo, julgamento, ciúme ou crítica, tornam-se campos vivos, capazes de influenciar não apenas a quem os emite, mas também o espaço e as pessoas próximas. É assim que casas se tornam pesadas, ambientes se enchem de ruído invisível, e pessoas, sem saber por quê, sentem-se exaustas, tristes ou sem foco.
A energia que emitimos é criativa.
Ela constrói e destrói.
Quando cultivamos pensamentos luminosos — de amor, gratidão, presença e confiança — geramos formas vibracionais leves que se expandem e fortalecem o campo, abrindo espaço para a fluidez. Quando insistimos em pensamentos densos, geramos ecos que nos aprisionam em círculos repetitivos de autossabotagem e sofrimento. Por isso, o primeiro passo na cura dos miasmas e das formas de pensamento é o "reconhecimento consciente": perceber o que estamos alimentando.
Essas energias sutis atuam diretamente sobre nossos corpos energéticos — a aura e os chakras. O campo aurico é como uma teia viva que registra tudo o que vivemos, sentimos e pensamos. Quando há miasmas, o campo se contrai, perde brilho e deixa de respirar. Quando há formas de pensamento densas, os chakras se desequilibram, cada um vibrando em descompasso com os demais. O chakra básico perde força, gerando insegurança; o cardíaco se fecha, dificultando o amor; o laríngeo bloqueia a expressão; o frontal se enche de névoa e o coronário se desconecta do fluxo superior. E, com o tempo, o corpo físico traduz essa desordem em sintomas, tensões, doenças psicossomáticas.
No plano mental, essas energias criam padrões automáticos de repetição. Um miasma de medo, por exemplo, gera pensamentos que reforçam o próprio medo; e esses pensamentos, por sua vez, alimentam o miasma. É um ciclo. O mesmo ocorre com a culpa, a vergonha, o ressentimento. Por isso, a cura começa pelo "rompimento do ciclo vibracional" — trazer consciência, amor e presença ao que antes era sombra.
Nos rituais e terapias, costumo dizer que tudo vibra, tudo canta. E que o som é uma das formas mais antigas de purif**ação. O tambor é uma medicina essencial nesse processo, porque ele reorganiza campos e realinha frequências. Seu pulso alcança o sistema nervoso, sincroniza o ritmo cardíaco, ajusta as ondas cerebrais e cria um estado expandido de consciência. No nível físico, o ritmo constante induz o cérebro a ondas alfa e teta — estados de relaxamento profundo e introspecção — nos quais é possível dissolver padrões emocionais cristalizados. No nível sutil, o som atravessa os corpos energéticos, limpando, expandindo e harmonizando.
Muitos terapeutas vibracionais observam que o tambor, os cantos e as vibrações harmônicas atuam diretamente nos meridianos e chakras, abrindo caminhos por onde a energia volta a circular. É uma medicina que não impõe, apenas recorda o ritmo natural. Quando tocamos com intenção e presença, o tambor fala com o espírito, chamando de volta as partes de nós que estavam dispersas.
Mas há também práticas simples, diárias, que ajudam a manter o campo limpo e vitalizado. Respirar conscientemente, aterrar os pés no chão, tomar banhos de ervas, caminhar em silêncio, entoar um canto de agradecimento ao amanhecer — tudo isso movimenta energia. O corpo é o altar. A atenção é o fogo. A intenção é o comando. Quando a consciência se faz presente, a energia obedece.
Outro cuidado essencial é com os pensamentos repetitivos e as emoções aprisionadas. Elas criam ligações energéticas — cordões e laços que nos prendem a situações, pessoas ou memórias. A arte é aprender a soltar sem negar. Acolher, compreender e transmutar. O perdão, quando verdadeiro, é o fogo que dissolve essas amarras.
Em certos casos, há miasmas que não nasceram nesta vida. São heranças da linhagem, memórias dos ancestrais que ainda vibram em nós. É por isso que, muitas vezes, repetimos padrões sem entender o porquê. A cura dessas heranças não se faz apenas com a mente, mas com o coração e o corpo. Quando um descendente escolhe curar, cura também parte de sua ancestralidade.
O trabalho com energias sutis não é domínio do místico, é exercício de presença. Não se trata de afastar o mal, mas de compreender o desequilíbrio e devolver-lhe harmonia. Toda energia tem um propósito — até a mais densa. Ela carrega uma mensagem, um aprendizado. Quando escutada com humildade, se transforma em força e sabedoria.
Por isso, é importante lembrar: limpeza não é guerra. É reconciliação. É trazer de volta a luz onde antes havia sombra. É compreender que o campo energético responde à consciência, e que o verdadeiro poder está em permanecer centrado, vibrando em amor e clareza, mesmo diante do caos.
No meu caminho como homem medicina, percebo que o tambor, o canto, banhos, defumações, a respiração e o silêncio são portais diretos para essa alquimia. O som do tambor é como o coração da Terra chamando o nosso de volta. Ele limpa, equilibra, desperta e protege. Em suas ondas, os miasmas se dissolvem, as formas de pensamento perdem força, e o ser retorna ao seu eixo.
Cuidar da energia é cuidar da alma. É entender que não somos vítimas do invisível, mas cocriadores dele. A mente é uma ferramenta sagrada; quando alinhada ao coração, ela se torna instrumento de cura. Quando desconectada, torna-se fonte de confusão. Assim, aprender a pensar com amor e sentir com consciência é a verdadeira arte.
Em tempos em que o mundo vibra acelerado, manter o campo limpo é essencial. Purif**ar-se não é um luxo espiritual — é uma necessidade vital. É o que nos permite continuar vibrando com clareza, vitalidade e propósito.
Então, se algo te pesa, se o corpo dói, se a mente repete histórias antigas, respira fundo. Fecha os olhos. Sente o pulsar do coração. Imagina o tambor batendo dentro do peito, dissolvendo as sombras, abrindo espaço para o novo.
A energia segue o comando da consciência.
E a consciência floresce quando o coração se aquieta.
Com respeito, presença e verdade,
Sthan Xannia Tehuantepelt