02/04/2025
Essa sou eu e meu primeiro filho na sua (e minha) primeira consulta com o pediatra. Lembro exatamente da expectativa e do nervosismo que senti nesse dia, como se o consultório do pediatra fosse um tribunal e o juiz fosse a balança.
Meu filho tinha 9 dias de vida, e lembro exatamente da cara de espanto e do riso do doutor quando ele viu que, nessa primeira consulta, ele já havia adquirido peso. Fiquei surpresa e muito aliviada com a reação dele!
O doutor, muito simpático e alegre, me explicou que não é esperado que o bebê ganhe peso nos primeiros dias de vida. O mais comum é perder em torno de 10% do peso, que deve ser recuperado e ultrapassado dentro do primeiro mês. Não tínhamos o peso da alta, mas ele nasceu com 3,585 kg e já havia recuperado e ultrapassado o peso do nascimento.
Me senti aliviada, como se fosse a Mulher Maravilha! A partir desse dia, nunca mais duvidei da minha capacidade de nutrir e suprir todas as necessidades do meu filho.
Hoje, trabalhando exclusivamente com amamentação, percebo que minha história teria sido bem diferente se, nessa primeira consulta, eu não tivesse essa aprovação inesperada. Infelizmente, esse é o caso da maioria das minhas clientes. Consultas com o pediatra aos 5, 6, 7 dias de vida e expectativas irreais de ganho de peso na primeira semana atormentam e destroem diariamente a trajetória da amamentação, que, com certeza, seria de muito sucesso se a balança não fosse o juiz.
Após essa primeira experiência, me dediquei a estudar e me aprofundar diariamente nos desafios da amamentação. Hoje, posso dizer com muita propriedade que mais de 50% do sucesso na complexidade que é amamentar parte da segurança e confiança da mulher em sua capacidade de nutrir, frequentemente colocada em dúvida. Primeiro no consultório do pediatra e depois pelas crenças antigas e limitantes das pessoas que deveriam apoiar e dar suporte à mulher. Às vezes, um comentário sem intenção, um olhar de reprovação, são suficientes para que o reflexo de ejeção desapareça e tudo vire um caos! Mas isso é assunto para outro dia…
E você, como foi sua primeira consulta com o pediatra? Me conta nos comentários!